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·16 novembre 2025

130 anos de Flamengo: o principal título de cada década

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130 anos de Flamengo: 14 conquistas históricas. Os títulos rubro-negros são variados, e em tanto tempo de conquistas, o Mais Querido do Mundo construiu seu legado de vitória em um DNA flamenguista que se moldou década por década.

Pensando nisso, e nas comemorações de 130 anos de Clube de Regatas do Flamengo, o MundoBola Flamengo traz uma conquista por década, incluindo a atual, rememorando os primórdios nos mares até a Era recente de vitórias no futebol, que se tornou paixão nacional ao longo da história.


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Jovens remadores: a primeira medalha rubro-negra nos anos 1890

O Flamengo foi fundado por seis jovens remadores em 1895, e na primeira década, levou exatamente um ano para que a primeira conquista oficial viesse.

Foi no dia 15 de novembro de 1896, quando o Flamengo completou seu primeiro ano de história, que o legado vencedor se iniciou. Com um ano dos 130 que o clube completa agora, os remadores participaram da regata em homenagem a São Roque.

A canoa utilizada foi de quatro remos, e os remadores que conquistaram a primeira medalha rubro-negra foram Cecy, Maurício Rodrigues Pereira, Mário Spínola, Nestor de Barros, Felisberto Laport e José Augusto Chalréo.

Os seis jovens remadores ficaram com a medalha de bronze, que na época, correspondiam ao segundo lugar.

O primeiro lugar pode não ter vindo na ocasião, mas a data e as circunstâncias tornam a conquista a mais especial da década. Até porque foi a última vez que o Flamengo utilizou o uniforme azul e dourado, que foram substituídos pelo tradicional vermelho e preto tão aclamado atualmente.

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A conquista mais importante dos anos 1900

O remo seguiu consolidando o Flamengo no cenário esportivo do Rio de Janeiro na década seguinte. Entre diversas conquistas, a Taça Sul-América, de 1905, se destaca.

Foi o primeiro grande título de prestígio conquistado pelo Flamengo, tendo grande repercussão no Rio de Janeiro, envolvendo os principais clubes de remo da época, como Vasco, Botafogo e São Cristóvão.

Com a conquista oficial, o Rubro-Negro se consolidou como potência antes mesmo da chegada do futebol. Outras conquistas vieram para o remo na década, mas com caráter pontual ou comemorativo, incluindo regatas municipais, por exemplo.

Mas a Taça Sul-América era de grande porte, considerado um torneio de elite do remo carioca.

O primeiro Carioca na década de 1910: jogo limpo em 1914

O Campeonato Carioca já foi muito valorizado, e o primeiro título expressivo do Mengão no futebol também veio em aniversário: o Mengão comemorava 19 anos no dia 15 de novembro de 1914, quando venceu o Fluminense por 2 a 1 em General Severiano, no campo do Botafogo.

O jogo também foi histórico por um fato inusitado. Com gol de Borgerth, o Flamengo vencia por 1 a 0, e Riemer ainda marcou um gol em que a bola bateu no braço.

A arbitragem validou o tento, mas o próprio Riemer, além de Borgerth, avisaram ao juiz que a bola havia batido no braço.

O gol, portanto, foi anulado em uma demonstração incrível de fair play. Isso não impediu que o Flamengo fosse campeão jogando bola, inflando seu DNA vencedor e contrariando antis que tentam desmerecer conquistas rubro-negras.

O próprio Riemer marcou um golaço em chute de pé esquerdo, sacramentando a vitória por 2 a 1 com jogo limpo e honestidade, mas acima de tudo, com futebol jogado dentro de campo, lição que perdura na história do Flamengo.

A campanha de 1914 contou com oito vitórias, três empates e uma derrota, com craques como Baena, Píndaro, Nery, Ângelo, Miguel, Glo, Arnaldo, Borgerth, Baiano, Riemer e Raul.

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Campeão na raça na década de 1920

Outro Carioca marcou a década de 1920, mas muito pela forma como aconteceu. Em 1927 o Flamengo chegou a ser suspenso da competição por emprestar o campo da Rua Paysandu ao Paulista, que estava expulso da Associação Paulista de Sports Athleticos.

Os clubes e a imprensa pressionaram para revogar a suspensão e conseguiram o feito, mas muitos jogadores do Flamengo já haviam deixado o clube ou se aposentado. A equipe precisou ser reconstruída do zero, e mesmo com poucos atletas, o time teve raça durante toda a campanha.

O Fluminense, por exemplo, venceu cinco seguidas, mas perdeu para o Flamengo no dia 12 de junho. O Vasco também sofreu, sendo arrasado por Vadinho, atacante flamenguista, que marcou hat-trick na vitória por 3 a 0.

Moderato também marcou a campanha, deixando o campo naquela partida para fazer uma cirurgia de uma apendicite supurada que quase o levou à morte.

Logicamente, era esperado que Moderato não jogasse mais, mas ele voltou para jogar a grande final contra o América, atuando com uma cinta segurando os pontos de cicatrização.

Com muita raça, ele deu o cruzamento para o gol do zagueiro Penaforte, ajudando o time a ser campeão em uma campanha de raça, amor e paixão.

Anos 1930: o ápice inicial do FlaBasquete

O FlaBasquete viveu seus primeiros títulos na década de 1930, e um tetracampeonato consecutivo pode ser apontado entre 1932 e 1935.

Em 32, foi o primeiro título da história do FlaBasquete, que perdurou pelos próximos três anos. Foram quatro Cariocas seguidos, sacramentados em 1935.

Waldemar Gonçalves, conhecido como Coroa, e Pedro Martinez, foram os destaques daquele time histórico. Aquela foi a base da seleção de distrito, que venceu diversos Brasileiros de Seleções no período.

O quarto título, em 1935, foi consumado em vitória por 42 a 26 contra o Tijuca, em 2 de outubro. Era o início de uma história vencedora na modalidade.

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A década do vôlei: Flamengo campeão em 1949

Outro esporte olímpico do Flamengo que estourou na década seguinte foi o vôlei. O Mengão fez parte da criação da Liga de Volley-Ball do Rio de Janeiro em 1938, e dois anos depois, venceu a segunda divisão, que era a liga para aspirantes. Assim, passando a disputar a elite desde então.

Foi no fim da década, em 1949, que o Flamengo se consolidou, sendo campeão carioca de vôlei. O técnico Zoulo Rabelo liderou Gabriel Lúcio, Paulinho, Corrente, Isnaldo, Lito, Perácio, John O'Shea e Passarinho até o título inédito que marcou época para os esportes olímpicos do Mengão.

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Chegou São Judas Tadeu: o Tri Carioca nos anos 50

Na década de 50, São Judas Tadeu passou a ser atrelado ao Flamengo como padroeiro do clube. Isso porque o Rubro-Negro passou nove anos na seca, sem vencer o Campeonato Carioca. O último havia sido em 1944.

Padre Góes, do Santuário São Judas Tadeu, era rubro-negro, e teve a ideia de convidar os diretores do clube para uma missa em Cosme Velho. Dito e feito.

Mas o pároco também foi até a Gávea para rezar pelos jogadores do Flamengo, proferindo que eles seriam campeões se acreditassem nisso.

O Flamengo não só voltou a vencer o Carioca em 1953, como também em 1954 e 1955, conquistando um tricampeonato consecutivo.

Desde então, o Santo das causas impossíveis se tornou símbolo de fé flamenguista, sendo comemorado até hoje pela Nação no Dia do Flamenguista, que cai no mesmo Dia de São Judas Tadeu.

A mesma paróquia em Cosme Velho, que passou a ser frequentada por pessoas do clube, segue recebendo torcedores do Flamengo até hoje, principalmente na data festiva e em momentos decisivos do clube na temporada.

Remo volta ao topo com Buck nos anos 60

Os anos 60 marcaram um recomeço para o remo do Flamengo. O esporte fundador não conquistava um título desde 1942.

A Era Buck, técnico histórico do remo flamenguista, se iniciou no final de 1961, com o trabalho começando efetivamente em 1962.

Ele venceu simplesmente 31 dos 35 Cariocas disputados, além de nove títulos do Troféu Brasil. Nomes como Harri Klein, Raul Bagattini e Wandir Kuntze foram treinador por ele. Foi em outubro de 1963 que ele ajudou a colocar o Flamengo de volta ao topo do remo.

O time foi campeão com recorde na Lagoa Rodrigo de Freitas, com tempo de 6m29 em 2 mil metros. Buck recebeu ofertas para deixar o Flamengo durante a campanha, mas o amo pelo clube falou mais alto: ele quis construir uma Era de conquistas no Rubro-Negro.

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Grande momento dos anos 70: Rondinelli salva geração de ouro

O golaço de cabeça de Rondinelli em 1978, sobre o Vasco, foi importantíssimo. Zico levanta a bola e o Deus da Raça acertou o canto direito do goleiro Leão, em um momento eternizado na história do clube.

O gol, aos 42 minutos do segundo tempo, de o título Carioca ao Mengão. Mas o tento teve importância histórica para que a geração vitoriosa nos anos 80 tivesse sua base mantida.

Apesar do reconhecimento de uma geração talentosa que surgia na década de 70, a falta de títulos nos anos anteriores deixou a equipe em xeque.

Se o ano fosse perdido mais uma vez, o Flamengo poderia fazer uma reformulação no elenco estrelado.

Dessa forma, a Era de conquistas incríveis poderia não ter existido, mas o título deu um alento aos rubro-negros, que mantiveram a base da equipe e viram esses jogadores vencerem tudo com o Manto Sagrado.

Campeão Mundial em 1981

Os anos 80 foram a Era dourada do Flamengo, com diversos títulos expressivos no futebol. O time foi campeão da Libertadores, além dos Brasileiros.

Mas é impossível listar qualquer título da década de 1980 que não seja o Mundial de 1981.

O título é lembrado com muito carinho pela Nação até hoje, que vibra por torcer para uma equipe campeã mundial.

Com Zico, Nunes, Júnior, Andrade, Adílio e outros ídolos, o Flamengo bateu o Liverpool por 3 a 0, com os três gols marcados ainda no primeiro tempo. No Rio, até hoje, não tem outro igual.

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O Penta com Maestro Júnior

Foram 17 anos até o hexacampeonato, em 2009, se consumar. Por muito tempo, rubro-negros cresceram com o time pentacampeão brasileiro, e isso aconteceu pelo título de 1992, principal da década de 1990.

Já sem Zico, a grande estrela foi Júnior, que se tornou ainda mais ídolo do Mengão ao liderar aquela equipe.

O Flamengo passou por oscilação na fase inicial, mas se classificou entre os oito principais clubes, vencendo São Paulo, Santos e Vasco em quadricular e fazendo o rival Botafogo sucumbir na grande final. Júnior marcou um dos gols, assim como Gaúcho e Nélio, então camisa 10 da Gávea.

3 a 0 no primeiro jogo. Júnior voltou a marcar golaço, dessa vez, de falta, no segundo jogo, quando o Flamengo empatou por 2 a 2 com o Botafogo. Foi o suficiente para se sagrar pentacampeão brasileiro.

Anos 2000: Hexa na Raça

Menções honrosas devem ser feitas, como o primeiro título do NBB para o FlaBasquete. Mas o título que marcou a alma dos rubro-negros, principalmente dos mais jovens, que ainda não tinham visto o time ser campeão brasileiro, foi o Brasileirão 2009.

O time repleto de ídolos, como Petkovic e Adriano Imperador, que voltaram para ser campeões pelo Flamengo, fez história.

Principalmente pela arrancada para a conquista depois de 17 anos, que deixou o roteiro ainda mais especial. Os golaços olímpicos de Pet também deixam a conquista mais especial.

Até hoje, os 69 pontos feitos pelo Flamengo deram o título com pontuação mais baixa a um time na história dos pontos corridos. Mas isso não é demérito, e sim, demonstração da raça que é marca registrada na Gávea.

Foi Ronaldo Angelim, contra o Grêmio, que cabeceou para dar o título brasileiro ao Flamengo na vitória por 2 a 1 com Maracanã lotado.

Libertadores, Brasileiro e Carioca: o mágico 2019

Dez anos depois, uma temporada mágica. Com Jorge Jesus, 2019 foi o ano mais especial da década de 2010.

Após 38 anos do título de 1981, o Flamengo voltou a ser campeão da Libertadores. A campanha histórica teve virada inacreditável sobre o River Plate, com dois gols de Gabigol em três minutos.

Na mesma temporada, Brasileiro e Carioca complementaram uma tríplice coroa impressionante, mas o destaque é a Libertadores tão esperada pela Nação.

A última Glória Eterna

Por fim, a década atual ainda não se encerrou, e a Nação espera que isso possa ser atualizado. O Flamengo, afinal, joga a final da Libertadores 2025 no dia 29 de novembro e ainda pode ser campeão brasileiro. Um novo Mundial também é esperado e pode pesar na balança.

O certo é que a Libertadores 2022 foi mais um título marcante, sendo o mais especial até aqui. A temporada com Dorival Jr contou ainda com a Copa do Brasil em mais uma dobradinha importante.

Na final, o Mengão venceu o Athletico, em Guayaquil, no Equador, novamente com gol de Gabigol, se consolidando como grande ídolo geracional do Flamengo.

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