André Villas-Boas: “Jorge Costa veio sem arrependimentos e de corpo e alma” | OneFootball

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·13 agosto 2025

André Villas-Boas: “Jorge Costa veio sem arrependimentos e de corpo e alma”

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O editorial de André Villas-Boas na mais recente edição da revista Dragões presta homenagem a Jorge Costa.

“Partiu Jorge Costa. O nosso Bicho. Foi um dos nossos mais queridos jogadores, alguém que vivia o Clube e o Portismo como poucos. Era único na sua forma de ser e de se relacionar connosco e com as nossas cores. Ele personificava tudo o que é e que queremos que seja sempre o FC Porto: uma forma vertical de lutar pelas vitórias, um espírito de conquista sem limites, uma entrega sem concessões ao Clube que amamos. A liderança que carregava às costas, com o seu mítico número 2, marcou a História do FC Porto com conquistas nacionais e internacionais. Jorge Costa marcou-nos a todos pela sua dedicação, pelo seu exemplo, por tudo o que nos deu até ao fim. Qualquer livro que conte a belíssima e longa História do nosso Clube o retratará como um dos atletas mais importantes da nossa História, uma lenda. Assim, como todos os Portistas, o recordarei”, pode ler-se.


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“Tive nele sempre um amigo e nele sempre vi uma fonte de força e de inspiração na entrega que somos obrigados a colocar em prol do nosso Clube. Um amigo exigente que, quando sentia que alguém esmorecia, logo vinha com uma mensagem de força e de foco. Ainda há pouco tempo me escreveu estas palavras: ‘André, quero que saibas que estarei sempre ao teu lado, pelo nosso FC Porto’. Ele diria estas palavras a qualquer Portista. O Jorge era assim: metia o corpo, ralhava, levava-nos para a luta e só largava quando nos visse unidos, outra vez a festejar uma vitória. Recordo apenas alguns episódios que revelam o muito que nos deu: muitos de nós recordam o quanto sofreu quando teve de nos deixar para representar outro clube fora de Portugal. E sobretudo recordamos a sua rasgada alegria quando regressou e vestiu de novo a camisola azul e branca. E o que fez a seguir? Ganhou tudo. Também não esquecemos que, quando triunfava como treinador, decidiu abandonar a sua carreira porque acreditava que poderia ser de novo útil ao seu Clube, desta vez num cargo diretivo. Veio sem arrependimentos e entregou-se de corpo e alma às suas novas funções de Diretor do Futebol Profissional. E foi assim que se despediu de nós: a trabalhar para o sucesso do FC Porto, depois de uma reunião técnica e de uma entrevista em que falou sobre o próximo jogo. Falou com o espírito de sempre, mostrando uma vontade férrea de ganhar sempre o próximo jogo e todos que lhe seguissem. O Jorge Costa nunca desistia. Mas, mesmo sabendo o quanto era importante para todos nós, nunca reclamou uma vitória para si. As vitórias eram sempre do FC Porto. O legado de Jorge Costa permanecerá para sempre vivo na memória de todos nós e cumpre-nos honrá-la, diariamente, sem nunca esmorecer. Jorge, vais deixar uma enorme saudade, mas não duvides que lutaremos por ti como tu lutaste por nós e pelo FC Porto. Nunca serás esquecido, Capitão”, acrescentou.

Jorge Costa, com 53 anos, sofreu uma paragem cardiorrespiratória na sala de urgências do Hospital de São João, para onde foi transportado a 5 de agosto depois de se sentir mal no centro de estágios do clube, no Olival, em Vila Nova de Gaia.

Ao serviço do FC Porto disputou 383 encontros oficiais e capitaneou o emblema durante várias épocas, obtendo um título da Liga dos Campeões, uma Taça UEFA, uma Taça Intercontinental, oito campeonatos nacionais, cinco Taças de Portugal e cinco Supertaças.

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