Bahia x Flamengo: duelo de estilos de jogo parecidos na Arena Fonte Nova | OneFootball

Neste domingo (5), o Flamengo tem um desafio importante na luta pelo título do Campeonato Brasileiro. O Mais Querido encara o Bahia, na Arena Fonte Nova, pela 27ª rodada da competição. E embora o adversário seja o terceiro melhor mandante do campeonato, o retrospecto histórico e a análise tática do confronto revelam caminhos promissores para o time de Filipe Luís sair com os três pontos.

A Nação Rubro-Negra pode se apoiar em um histórico amplamente favorável. Jogar na Fonte Nova não tem sido um problema para o Flamengo. Desde 2006, em 11 partidas com mando do Bahia, o Mengão saiu vitorioso em seis oportunidades (55%), contra apenas três triunfos do time da casa e dois empates.

O domínio recente é ainda mais expressivo. Nos últimos sete confrontos diretos, foram cinco vitórias do Flamengo, um empate e apenas uma derrota.

Bahia e Flamengo têm estilos de jogo parecidos

A principal força ofensiva do Bahia reside na troca de passes rasteiros. Nada menos que 16 dos seus últimos 20 gols (e 21 de 29 no total do campeonato) nasceram de jogadas com a bola no chão.

Este é um ponto de atenção crucial para a defesa rubro-negra, que tem mostrado certa fragilidade nesse tipo de lance, tendo sofrido sete dos seus últimos dez gols exatamente dessa maneira. A compactação defensiva e a pressão na saída de bola do adversário serão fundamentais para neutralizar a principal arma do Bahia.

Por outro lado, o caminho para o gol do Flamengo parece estar pelo alto. Enquanto o ataque do Mengão também tem preferência pelo jogo rasteiro (responsável por 9 dos últimos 15 gols), a grande fraqueza do Bahia está na defesa de jogadas aéreas.

O time de Rogério Ceni sofreu 14 dos seus últimos 20 gols em bolas alçadas na área (18 de 27 no total). Esta é uma brecha clara a ser explorada, seja em cobranças de falta, escanteios ou cruzamentos com a bola rolando, acionando a força de jogadores como Pedro, Bruno Henrique e a presença dos zagueiros na área adversária.

Ataques em declínio

Analisando o momento das equipes, os números de expectativa de gol (xG), segundo o "ge", mostram um Flamengo que precisa reencontrar sua melhor forma ofensiva. Após a goleada histórica sobre o Vitória, o nível de ameaça do ataque rubro-negro sofreu uma queda considerável.

Nos últimos cinco jogos no Brasileirão, a equipe produziu chances para marcar uma média de 1,42 gol por partida, mas converteu apenas 1,2 em média. Isso indica uma ligeira queda de eficiência, com o time sendo menos letal do que o potencial de suas finalizações sugere.

Já o Bahia vive uma situação ofensiva mais delicada. No segundo turno, a equipe tem criado muito pouco, com finalizações que geram uma expectativa de apenas 0,93 gol por jogo, número que caiu para 0,83 nas últimas cinco partidas.

O time tem feito exatamente os gols que se espera de sua baixa produção (média de 0,8 gol por jogo), o que aponta para um ataque com pouca capacidade de surpreender. Apesar da recente e importante vitória contra o Palmeiras, o retrospecto de quatro derrotas nos últimos seis jogos evidencia essa dificuldade.

Em resumo, o Flamengo entra em campo com favoritismo, amparado pelo histórico e pela superioridade técnica. No entanto, a vitória na Fonte Nova passará por uma execução tática inteligente.

Anular o perigoso jogo de passes curtos do Bahia, um ponto fraco recente da defesa rubro-negra, e explorar de forma incisiva a principal deficiência do adversário: a bola aérea. Ajustar a pontaria para converter as chances criadas será o toque final para garantir mais três pontos e seguir firme na liderança do Brasileirão.

A bola rola para Bahia x Flamengo, às 18h30 (horário de Brasília), na Arena Fonte Nova.