Clayton Silva, o melhor marcador de agosto em Portugal: «Já combinei pagar um almoço ao André Luiz» | OneFootball

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Zerozero

·10 settembre 2025

Clayton Silva, o melhor marcador de agosto em Portugal: «Já combinei pagar um almoço ao André Luiz»

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Agosto trouxe o regresso do futebol pelas várias divisões nacionais e, com isso, muitos golos. Trouxe também de volta a habitual rubrica do zerozero, que procura falar com o melhor marcador do mês a nível nacional.

No passado mês, esse foi Clayton Silva, do Rio Ave, que faturou cinco golos em três jogos e acabou premiado como melhor avançado de agosto na Primeira Liga e melhor jogador do mês no clube.


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O goleador brasileiro aceitou o convite e esteve à conversa com o nosso portal nesta paragem para os compromissos internacionais. Abordou esse momento de forma, a nova era no clube de Vila do Conde sob a batuta de Sotiris Sylaidopoulos, e ainda de todos os rumores de mercado de verão em seu torno.

«Ele compreende as nossas ideias e está aberto à conversa»

Zerozero (ZZ): Teve um grande arranque de época e foi o melhor do mês a nível nacional, mesmo lutando contra todos os que atuam nas distritais. Qual o segredo?

Clayton Silva (CS): Estou muito feliz de ter começado tão bem, com muitos golos. É um prémio individual, mas não só é só por mim, é também pela minha equipa, que me tem ajudado muito, com assistências. O resultado disso vem daí, vem do trabalho de toda a minha equipa.

ZZ: Sente que a chegada do novo treinador, o Sotiris Sylaidopoulos, teve algum impacto?

CS: Sim, com certeza. Tentamos sempre entender o mais rápido possível o estilo de jogo dos treinadores que temos. Com ele não foi diferente. Tive de entender mais ou menos como ele queria que eu jogasse, acho que estou a fazer bem isso, juntamente com os meus companheiros. Ainda só temos três jogos disputados, mas estamos a tentar conhecermo-nos, porque temos muitos jogadores novos. Estamos a tentar fazer isso o mais rápido possível e acho que começa a dar resultados.

ZZ: O que nos pode dizer sobre ele? É um nome algo desconhecido para a maioria

CS: É uma pessoa tranquila, muito brincalhão, mas também muito trabalhador. Procura ajudar e fazer-nos entender a ideia que quer passar o mais rápido possível. Dentro de campo, é o que já começaram a ver. É alguém que faz as coisas acontecer, inteligente, que faz as substituições no momento certo. Está a ajudar e a fazer-nos entender a ideia dele. Estamos a começar a compreender bem e a colocar em prática. Vai ser muito bom para nós durante o ano.

ZZ: A nível de estilo de jogo e da forma de trabalhar, há muitas diferenças para o Petit e Luís Freire?

CS: Acho que sim. Cada um tem a sua forma de trabalhar, de lidar e tratar os atletas. É alguém tranquilo, que procura estar a mostrar a sua ideia para ajudar a entender o que quer fazer. Vai ajudar-nos muito. Ele compreende também as nossas ideias e está aberto à conversa. Procura fazer que entendamos e pratiquemos a ideia. Acho que vai trazer bons resultados.

ZZ: Apesar da tua grande entrada goleadora, ainda só têm empates. O que tem faltado?

CS: É verdade. Temos três empates e no final de todos eles quase vencíamos. Escapou por detalhes. Estamos a entender melhor as ideias do treinador e também os novos companheiros, para fazer melhores escolhas. Acho que foram os detalhes, que acabaram por não permitir a vitória, por não estarmos totalmente entrosados. Escapou a vitória nos últimos minutos. Os três jogos foram parecidos. É coisa de detalhe. Nos próximos jogos e num futuro próximo os resultados vão aparecer. Não vamos cometer mais os mesmos erros.

ZZ: Acha que tem muito impacto a chegada de muita gente nova, incluindo o treinador?

CS: Sim, concordo com isso. Procuramos compreender a ideia do treinador, conhecer os companheiros novos e as suas características e eles as minhas. Faz parte. Precisamos de tempo e já nos estamos a conhecer melhor. Queremos os resultados o mais rápido possível.

ZZ: O que tem carburado é a sua parceria com o André Luiz, ele nas assistências e você nos golos. Como tem visto esta parceria?

CS: Sim, já desde a época passada que temos desenvolvido esta parceria. Vamos conhecendo-nos melhor, as nossas características e completamo-nos. Ele assiste-me para eu marcar e isso tem ajudado o Rio Ave, tem-me ajudado a marcar e tem o ajudado a alcançar as suas metas pessoais. Isso é fundamental para mim, para ele e para a equipa.

ZZ: Ele não ganha parte do bónus dos golos?

CS: Sim [risos]. Nós já combinámos que lhe pago o almoço ou o jantar e nós vamos ficando mais entrosados. Dentro e fora de campo estamos muito entrosados, estamos várias vezes juntos. Somos da mesma nacionalidade e procuramos estar sempre juntos durante o dia, para ter resultados dentro de campo.

ZZ: A época passada apontou 18 golos. Esta época já são cinco, além de uma assistência, e só vamos no início. Definiu algum objetivo pessoal para esta temporada?

CS: Vou vendo como corre jogo a jogo. Todos os jogos tento marcar e, quando não consigo, tento ajudar de outra forma, com assistência e muita vontade para os meus companheiros marcarem. Todos os jogos vou tentar marcar. Se eu conseguir, no final da temporada, veremos que foi muito boa, tal como a anterior.

«Chegaram abordagens através dos meus empresários»

ZZ: Quem era a sua referência ao crescer?

CS: O meu ídolo no futebol é o Ronaldo, o Fenómeno. Já parou, mas a minha referência na atualidade é o Cristiano [Ronaldo]. Na infância, via muitos vídeos do Ronaldo Fenómeno e da forma de jogar dele. Agora também tento ver os golos e movimentos do Cristiano. Tentamos replicar alguns movimentos.

Graças a Deus, consigo fazer muitos golos também e ajudar o Rio Ave com isso, com a minha performance pessoal, mas também ajudar o grupo. Quando não consigo marcar, tento ajudar de outra forma, procuro lutar com os defesas para roubar a bola para os meus companheiros marcarem. Dentro de campo tento ajudar de alguma forma, dando o máximo para a minha equipa e companheiros.

ZZ: Foi um verão mexido, com o seu nome associado a vários clubes. Houve efetivamente algo concreto a chegar-lhe às mãos?

CS: Sim, chegou, através dos meus empresários. Conversámos bastante. [interferência na ligação da chamada] Acabou por não se concretizar e continuei a trabalhar. Foi assim que aconteceu e continuo a trabalhar dessa forma. Vou tentar sempre, independentemente do momento. Se estou a marcar, se estou a ajudar de outra forma, eu procuro conversar com os meus empresários, com a minha família. Ver como eles vão receber isso. Assim como disse noutras entrevistas, se for algo bom para mim e para o clube que represento, no caso do Rio Ave, além da minha família, vamos conversar. As coisas aconteceram desta forma.

ZZ: Afetou-o de alguma forma durante o verão?

CS: Foi tranquilo. Estamos habituados a todo este movimento em relação ao meu nome. Procurei deixar isso para os meus empresários e a minha família, para me focar no meu trabalho. Graças a Deus, as coisas aconteceram. Consegui marcar golos, ajudar o meu clube, mesmo passando por isso, a falar-se de transferências e do meu nome. Tento fazer isso. Focar-me no meu trabalho e no meu clube. As coisas acontecem como têm de acontecer.

ZZ Obviamente que o foco está no Rio Ave, até porque é um projeto ambicioso e onde tem havido investimento, mas está numa fase elevada da sua carreira, com grandes números. Tem algum objetivo/sonho para o futuro?

CS: O sonho e auge de um jogador é chegar à seleção e à Liga dos Campeões. Não sou diferente. Sonho chegar às maiores ligas e defrontar os melhores jogadores. Pretendo chegar lá e se continuar a trabalhar assim, ajudando com golos e assistências, com muita luta, assim estarei mais próximo de o realizar.

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