MundoBola Flamengo
·21 agosto 2025
Colunista se indigna com conformismo do Inter no Beira-Rio ante um Flamengo 'impávido'

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·21 agosto 2025
A eliminação do Internacional para o Flamengo na Libertadores, na última quarta-feira (20), deixou obviamente a torcida colorada triste. No entanto, o que chamou mesmo a atenção durante a trinca de jogos entre os times foi a superioridade absoluta do Rubro-Negro sobre o adversário.
Em três jogos seguidos entre Flamengo e Internacional, o Mais querido venceu os três — dois pela Libertadores e um pelo Brasileirão. Em todos, foi superior ao Colorado, mas nada como na última quarta-feira.
No 2 a 0 que decidiu a classificação às quartas da Libertadores, o Flamengo dominou amplamente o Internacional. O jogo apresentou um desnível técnico evidente entre as equipes, algo destacado pelo colunista Douglas Ceconello, do "ge".
"O Flamengo não se desconcertou, nem se desconcentrou. Permaneceu impávido, pisando sobre o chão de prata do Beira-Rio, para dominar completamente a equipe de Roger Machado. Jamais houve superioridade visitante nesse nível em algum mata-mata disputado no estádio colorado", disse.
A desconcentração a que o jornalista se referia diz respeito à chuva de papéis picados antes do jogo. A festa da torcida do Inter acabou atrasando o início da partida, algo que não mudou em nada a superioridade do Flamengo em campo. Para Ceconello, foi o único momento de soberania do time gaúcho.
"No único momento em que o Internacional conseguiu surpreender o Flamengo na noite de ontem, no confronto válido pelas oitavas da Libertadores, o jogo sequer havia começado: uma desastrada tempestade de papéis picados tomou o gramado do Beira-Rio e atrasou o jogo em mais de vinte minutos", destacou.
Douglas destacou não apenas a superioridade rubro-negra, mas as variações que o time encontra para criar. Para isso, citou a força dos três setores do time de Filipe Luís e ressaltou que o Inter não conseguiu competir.
"A atuação de luxo começou pela defesa, em noite impecável, passou pela inspiração de Saúl e Jorginho no meio-campo e encontrou seu aspecto mais letal no desempenho de Gonzalo Plata e Arrascaeta, capazes de desequilibrar meio mundo e desorientar especialmente adversários inocentes como o Inter", escreveu.
E a superioridade do Flamengo foi muito além da questão técnica, na visão do colunista. Para ele, Roger Machado levou um verdadeiro "nó tático" de Filipe Luís, sem conseguir encontrar alternativas em três jogos. Para ele, o Mais Querido "encaixotou" o adversário em pleno Beira-Rio.
"Em termos táticos, técnicos, mentais e anímicos (e outros que ainda descobriremos), os rubro-negros encaixotaram o Inter. E até agora Roger Machado está acomodado no bolso de Filipe Luís, que lhe deu não apenas um nó, mas executou laçadas dignas do repertório dos mais abnegados escoteiros", criticou.
Com um time superior tecnicamente e um treinador que leu o jogo melhor que o adversário, a vitória ficou bem mais próxima. Faltava o desempenho, e Douglas ressaltou que ele veio com tudo por parte dos atletas. Pelo lado do Inter, porém, a história foi bem diferente.
"Enquanto o Flamengo teve desempenho coletivo e individual condizente com sua posição de melhor time do continente, favorito maior a tudo que disputa, os colorados viveram uma noite desastrosa em que é difícil achar algum nome que não tenha sucumbido", afirmou.
Outro ponto atacado por Ceconello foi a postura do Inter em si. Citando um dos momentos finais do primeiro tempo, o jornalista demonstrou incômodo com a falta de urgência da equipe.
"Faltando alguns segundos para o intervalo, o Inter contava com uma falta no campo de ataque. Em vez de apelar para um chuveiro desesperado, como fazem os times com algum poder de indignação, preferiu trocar três passes protocolares e esperar o apito do juiz", disse.
Assim, a crítica maior nem foi pela derrota para um rival claramente superior. O principal problema do jornalista com a postura do Internacional foi em termos anímicos, com um time que em nenhum momento mostrou sonhar com a virada.
"A disparidade entre as equipes é evidente, mas esse tipo de conformismo sempre é mais revoltante do que a derrota em si", resumiu Ceconello.
Por fim, Douglas reconheceu que os rubro-negros situados em Porto Alegre — já que o time jogou três vezes seguidas contra o Inter — causaram inveja. Apontando o "semblante vitorioso" da Nação, o jornalista lamentou haver um "abismo" tecnicamente entre os dois times.
"[Os flamenguistas] traziam esse semblante vitorioso que passou a lhes acompanhar aonde quer que andem nos últimos anos. Aos colorados, mesmo com ruas de fogo, mesmo que o próprio Beira-Rio fosse incendiado em sacrifício, o desfecho deixou evidente que há um abismo entre Inter e Flamengo", finalizou.
Agora, o Flamengo volta a se preocupar com o Brasileirão. Na próxima segunda-feira, o Rubro-Negro recebe o Vitória no Maracanã, pela 21ª rodada da competição, e tenta estender a liderança. A bola rola a partir de 21h (horário de Brasília).
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