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·25 novembre 2025

Conselheiros adiam votação para “ampliar debate” sobre estatuto do Corinthians

Immagine dell'articolo:Conselheiros adiam votação para “ampliar debate” sobre estatuto do Corinthians

A reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians que votaria a reforma do estatuto do clube, nesta segunda-feira, no Parque São Jorge, acabou sem uma definição. A pedido dos conselheiros, o encontro foi suspenso. A intenção é “ampliar o debate” sobre as propostas do anteprojeto apresentado há cerca de um mês.

Ao término da reunião, a maioria dos conselheiros aprovou a decisão final. O entendimento é de que era necessário mais tempo para discutir alguns dos principais termos a fim de evitar uma reforma “estatutária” feita às pressas.


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Seis conselheiros do Corinthians atenderam a imprensa e falaram sobre o adiamento da votação. Foram eles: André Negão, Rubão, Jorge Kalil, Vinicius Cascone, Miguel Marques e Rozallah Santoro. Destes, Kalil e Cascone chegaram a apresentar requerimentos assinados por outros membros do CD solicitando um debate mais amplo. Veja abaixo o que disseram os conselheiros:

André Negão

“Até março vai sair a reforma. Pode ficar tranquilo. Não teve votação, foi unânime, precisávamos discutir melhor algumas propostas. Não foi discutida entre todos os conselheiros, associados, vai ser discutido agora.”

Rubão

“Existiam alguns pontos conflitantes. A gente achou que seria melhor fazer uma discussão mais ampla e atender todos os sócios, torcedores. O estatuto vai ser discutido inteiro.”

Jorge Kalil

“Como é um anteprojeto, que contém 145 artigos, não dava para fazer isso de forma rápida, intempestiva. Isso tem que ser pensado. Foi muito positivo.”

Vinicius Cascone

“Fui um dos autores do requerimento, mas a Comissão da Reforma do Estatuto também apresentou esse requerimento. Vejo com bons olhos. O Dr. Kalil e o Felipe Ezabella também apresentaram requerimentos nesse sentido, de ampliar o debate. O meu entendimento é que seria fundamental a gente abrir para a torcida, sócios e quem for corinthiano e queira debater. A ideia de fazer audiências públicas é para que todos os interessados venham debater os temas de forma democrática.”

Miguel Marques (presidente do Cori)

“O Cori pediu essa mudança, a maior parte foi atendida. Estamos de acordo porque o objetivo principal é o Corinthians. Foi positivo, o Dr. Romeu Tuma aceitou dar mais tempo para estudar os temas, não fazer tudo em cima da hora.”

Rozallah Santoro

“Saio dessa reunião melhor do que entrei. Tínhamos uma preocupação grande com a forma como seria votado. No fundo, o que está sendo feito aqui não é um reforma do estatuto. Estamos eliminando um estatuto antigo e refazendo ele do zero. O estatuto tem uma série de decisões que implicam em outras cláusulas. Quando você faz uma série de sugestões e tenta colocar em um único documento, há conflito de regras entre as cláusulas. Acho que prevaleceu o bom senso e flexibilidade. É uma reforma necessária, com temas sensíveis. Já tem um cronograma e agora vamos fazer frente ao desafio que está na mesa. Queremos chegar na melhor conclusão possível, com um estatuto que nos ofereça modernidade.”

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(Foto: André Costa/Gazeta Press)

Tuma discorda

O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, discorda da opinião de alguns conselheiros. Ele entende que já houve tempo suficiente para discussões e alega que o novo estatuto foi debatido “exaustivamente”.

“Respeito as opiniões, mas discordo. Uma coisa é não debater, outra coisa é não participar. Tivemos duas vezes a Comissão montada, propostas encaminhadas e as coisas foram desmarcadas. Há sete anos estamos debatendo. O último estatuto é de 2007. Óbvio que existem conselheiros novos, esses podem até falar. Mas essa reforma foi muito debatida. Se perguntar quantos conselheiros vieram nas audiências públicas, eu digo que foi meia dúzia. Foi debatido exaustivamente, a Comissão fez um baita trabalho. Teve e vai ter mais debate. Respeito cada opinião, mas tenho liberdade de discordar. Presido o Conselho e sei tudo o que nós passamos, debatemos para caramba”, disse Romeu.

Clima cordial

Apesar de divergências, a reportagem da Gazeta Esportiva ouviu relatos de que o clima da reunião foi “cordial”. Embora Romeu Tuma Júnior tenha manifestado publicamente o desejo de concluir a reforma estatutária até o final deste ano, o presidente do CD se mostrou “solícito” aos pedidos dos demais conselheiros e aceitou ceder.

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(Foto: André Costa/Gazeta Press)

Até mesmo líderes da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, acompanharam o encontro no auditório do Parque São Jorge. A presença foi solicitada pelos uniformizados e autorizado por Romeu Tuma Júnior.

Próximos passos

Foram marcadas dez audiências públicas a partir do dia 1 de dezembro para debater os principais pontos do novo estatuto alvinegro (confira o calendário). As propostas serão discutidas em blocos pré-determinados, com temas que serão divulgados em breve. Especialistas e convidados externos poderão participar das reuniões para enriquecer o debate.

Após a realização destes encontros, o Conselho Deliberativo do Corinthians voltará a se reunir em fevereiro de 2026 para votar o projeto. Em seguida, se aprovado, o texto passará pelo crivo dos sócios do Parque São Jorge. A Assembleia Geral, inicialmente agendada para 20 de dezembro deste ano, foi remarcada para março do ano que vem.

Entretanto, a pedido de Romeu Tuma, ficou definido entre os conselheiros que o novo estatuto já será válido para as próximas eleições, no fim do próximo ano. Já o direito de voto ao Fiel Torcedor entraria em vigor no máximo até o pleito de 2030.

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