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Coluna do Fla

·17 settembre 2025

Estádio do Flamengo: casa rubro-negra não ficará pronta antes de 2034

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Detalhes do projeto foram apresentados em reunião do Conselho Deliberativo nesta quarta-feira (17)


O Flamengo realizou, nesta quarta-feira (17), uma reunião do Conselho Deliberativo para discutir os planos para o estádio no terreno do Gasômetro. Na conversa, ficou determinado que a obra não ficará pronta antes de 2034.

A reportagem do Coluna do Fla teve acesso a detalhes do diálogo. Serão necessários, pelo menos, dois anos para descontaminação do terreno, mais quatro anos somente para remoção de tubulação. Além disso, a obra terá duração de três anos de construção.


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QUAL ERA O PRAZO ANTERIOR PARA CONSTRUÇÃO DO ESTÁDIO?

No fim do ano passado, o então presidente Rodolfo Landim havia garantido que o estádio seria inaugurado em 2029 caso o candidato de situação, Rodrigo Dunshee, fosse eleito. Contudo, Luiz Eduardo Baptista ganhou a disputa, realizou novo estudo e chegou a novos resultados.

QUAIS FORAM OS OUTROS DETALHES DA REUNIÃO SOBRE O ESTÁDIO?

Os valores da construção do estádio, no total, estão orçados para aproximadamente R$ 3,1 bilhões. Já a capacidade da arena do Flamengo será de 72 mil lugares, com setores mais populares. Durante a reunião do conselho, o ano considerado ‘ideal’ para a conclusão do serviço é 2036.

Em resumo, o Flamengo terá 18 meses para mostrar o novo projeto para a Prefeitura do Rio de Janeiro. Já as obras terão que começar em até 36 meses depois da emissão de licença de construção. Portanto, o torcedor rubro-negro terá de ter paciência até pisar no sonhado novo estádio.

VEJA, PORTANTO, MATERIAL ENVIADO PELO FLAMENGO APÓS PUBLICAÇÃO DA MATÉRIA:

FLAMENGO APRESENTA DIAGNÓSTICO TÉCNICO E NOVO PROJETO PARA O ESTÁDIO DO GASÔMETRO Em reunião do CODE, presidente Bap e especialistas da FGV detalham inconsistências do plano anterior e apresentam proposta realista de custos, prazos e financiamento para viabilizar o estádio Na noite desta quarta-feira (17/09), o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, apresentou ao Conselho Deliberativo, junto com Alexandre Rangel, sócio da RRA Consultoria, e Ricardo Simonsen, Henrique Castro e Bauer Rachid, da FGV Conhecimento, as conclusões dos estudos de campo de sondagem, arbóreo, topografia, patrimônio histórico e descontaminação do terreno do Estádio do Gasômetro, realizado por cinco empresas contratadas. O trabalho da atual gestão, iniciado há sete meses, teve como premissa fundamental viabilizar a construção de um estádio próprio sem que o clube precise se tornar uma SAF e sem comprometer o desempenho esportivo. Para isso, foram adotadas medidas como a criação de um time exclusivo de gestão do projeto, a recontratação da Arena – responsável pelo projeto inicial – para apoio técnico, a condução do estudo de viabilidade pela FGV, a realização de análises aprofundadas do terreno, a resolução de pendências com AGU, Prefeitura e Naturgy, além da avaliação de alternativas de estádio. Nesse período, uma equipe de especialistas se dedicou a desenvolver um projeto viável, corrigindo distorções de origem que envolviam custos subestimados, prazos irreais, receitas superestimadas e um modelo de financiamento insustentável. Ricardo Simonsen, diretor técnico, e Henrique Castro, professor de Economia da FGV EESP, detalharam como os custos foram subestimados no projeto apresentado. A FGV calculou o custo final atualizando a inflação, contingências, e insumos em R$ 2,66 bilhões. Com a inclusão do custo de capital o valor total do estádio é de R$ 3,1 bilhões. O valor apresentado pela gestão anterior na proposta orçamentária era de R$1,9 bilhão. Além disso, as receitas projetadas foram superestimadas. Segundo a análise da FGV, o plano considerava um valor médio de ingresso de R$ 195,44 — mais que o dobro da média atual —, com 30% dos assentos classificados como VIP ou Premium, o dobro do que existe hoje no Maracanã. Foi planejado um estádio complexo e elitizado. Também estavam inflados patrocínios de R$ 60 milhões e a antecipação da receita de Naming Rights. Além disso, os valores das CPACs, estimados inicialmente em R$ 552 milhões, foram recalculados pela FGV para R$ 194 milhões. Os prazos também foram revistos. O cronograma original ignorava etapas essenciais, como o remanejamento da Naturgy, que ocupa hoje 55% do terreno, com uma subestação de bombeamento de gás para a região metropolitana do Rio de Janeiro. Conforme o comunicado da Naturgy enviado ao Flamengo em 10 de setembro de 2025, o tempo estimado de remanejamento é de quatro anos, após a obtenção de novo endereço para a instalação da subestação, a cargo da Prefeitura. Segundo a Aecom, empresa contratada para planejar as estratégias de descontaminação, existem 21 estudos públicos que demonstram a complexidade da contaminação do terreno, tornando o prazo de cinco meses de descontaminação propostos no planejamento de 2024 irreais. Além disso, o relatório preliminar da FGV apontou um prazo para a descontaminação entre 18 e 24 meses, após a saída da Naturgy. Sem essa etapa, não há a possibilidade de obter as licenças necessárias para iniciar a construção. Na prática, isso significa que a obra não poderia começar em menos de seis a sete anos, aos quais se somariam outros três anos de construção — projetando a entrega do estádio a partir de 2034, o que torna o prazo de inauguração em dezembro 2029 previsto pela gestão anterior completamente irreal. A fim de viabilizar o estádio, os especialistas da FGV e Arena apresentaram proposta de novo projeto, baseado em premissas mais realistas e com perfil mais popular e identificado ao Flamengo. • Estádio otimizado de 72 mil lugares, com foco na redução de assentos premium • Custo revisado de R$2,2 bilhões, incluindo o estádio, contingências, terreno, custo de capital e custo do entorno. • Prazo de conclusão mínimo em julho de 2036, dependendo de diversos fatores externos. • Estratégia de financiamento viável baseada na geração de recursos internos (poupança). • Lastro no aumento de receitas orçamentárias e rentabilidade, sem gerar impacto na performance esportiva. Antes de encerrar a reunião, o presidente Bap apresentou os próximos passos. No curto prazo, o foco será o acompanhamento do processo de remanejamento da Naturgy junto à Prefeitura, a demolição e limpeza do terreno sob responsabilidade do Flamengo, o acompanhamento da aprovação legislativa das CPACs e a assinatura do Termo Definitivo com a AGU, a Caixa e a Prefeitura. Já no médio e longo prazo, a prioridade será a estruturação do projeto executivo para a construção do estádio.

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