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·5 novembre 2025

Flamengo dispara em 2025: Maracanã rende mais, dívida cai e clube se aproxima de novo recorde financeiro

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O Flamengo divulgou o balancete do terceiro trimestre de 2025 e apresentou um retrato inédito de estabilidade. O clube atingiu o maior nível de geração de caixa da história, reduziu de forma expressiva o endividamento e fortaleceu seu patrimônio com a consolidação da operação do Maracanã.

A soma desses fatores coloca o Flamengo em um patamar de solidez. A diferença em relação a 2024, ano de crescimento da dívida líquida e redução de caixa, está na gestão de receitas estáveis, controle de despesas e expansão patrimonial.


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Entre janeiro e setembro, o Rubro-Negro registrou Ebitda consolidado de R$ 606 milhões, mais do que o dobro do total de 2024. O Ebitda é o indicador que mede quanto o clube gera de caixa em suas operações principais, antes de juros, impostos e amortizações.

O relatório também destaca o Ebitda recorrente, que considera apenas as receitas e despesas operacionais, sem incluir transferências de atletas. Esse valor somou R$ 278 milhões até setembro, com margem operacional de 27,9%, cerca de 10 pontos percentuais acima do mesmo período do ano passado.

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O crescimento de ambos os índices é atribuído a três fatores principais: maior rentabilidade na operação do Maracanã; avanço das receitas comerciais; e eficiência nas despesas administrativas.

No mesmo período, o Flamengo reduziu a dívida operacional líquida de R$ 327 milhões para R$ 114 milhões, uma queda de R$ 213 milhões. Esse número representa a diferença entre o que o clube deve e o que tem em caixa ou a receber.

Quanto menor o saldo, mais saudável é a situação financeira. Além disso, o capital circulante, que havia fechado negativo em 2024, tornou-se positivo, reforçando a folga de recursos para as obrigações de curto prazo.

Fla-Flu passa a integrar o coração das finanças rubro-negras

A Fla-Flu Serviços S.A., empresa criada em parceria com o Fluminense para administrar o Maracanã, passou a ter papel direto no balanço do Flamengo. Cerca de R$ 41 milhões do caixa total do grupo estão sob gestão da companhia, que também é responsável pela operação do estádio.

O contrato de concessão do Maracanã foi incluído nas contas do clube como um bem de valor, que será abatido aos poucos ao longo de 20 anos. Essa estrutura transforma o Maracanã em um ativo de longo prazo e com valor econômico mensurável no balanço.

Na prática, o estádio passou a gerar lucro. O balancete do terceiro trimestre do Flamengo mostra aumento das receitas de matchday, como bilheteria, camarotes e estacionamento, além de redução de custos operacionais ligados às partidas. As medidas reduziram as despesas de mais de R$ 965 mil por jogo para uma média entre R$ 647 mil e R$ 755 mil.

Essa mudança elevou a rentabilidade por jogo e foi determinante para o salto do Ebitda. O clube conseguiu ampliar a margem sem elevar muito o preço médio dos ingressos, apesar de um amento e mudanças no sistema de meias-entradas. Ainda assim, mostra o resultado da otimização da ocupação e serviços.

O relatório também cita ganhos de eficiência no uso das estruturas internas do estádio, que passaram a gerar novas fontes de receita. O resultado líquido da Fla-Flu no período foi positivo e contribuiu diretamente para o caixa consolidado, que chegou a R$ 266 milhões.

Esse montante representa crescimento de R$ 174 milhões em relação a dezembro de 2024 e reforça o papel estratégico do Maracanã dentro do modelo financeiro rubro-negro.

Intangível e participações societárias explicam salto patrimonial

Outro destaque do balancete é a valorização do ativo intangível, que reúne direitos econômicos de atletas e contratos de longo prazo com potencial de retorno. Esse índice cresceu de R$ 782 milhões para R$ 983 milhões, um avanço de R$ 200 milhões em apenas nove meses.

Segundo o relatório, o aumento está ligado ao conjunto de contratações de 2025 e à incorporação da concessão do Maracanã. O clube considera o ativo como um dos pilares da estratégia patrimonial, que busca equilibrar valor esportivo e financeiro.

O intangível representa o valor de bens não físicos que geram receita futura, como atletas sob contrato, acordos comerciais e direitos de uso de marcas. Esse crescimento mostra que o Flamengo agregou valor ao seu patrimônio.

O balanço também aponta aumento relevante nas participações societárias, que passaram de R$ 2,4 milhões para R$ 11,5 milhões. Isso mostra a ampliação da estrutura empresarial do clube, com novas áreas de atuação e parcerias estratégicas.

A diretoria relaciona esse crescimento à expansão de negócios ligados a marketing, conteúdo e licenciamento.

Caixa reforçado, dívida controlada e prazos alongados

O Flamengo conseguiu equilibrar altos investimentos em atletas com melhora na liquidez. As contas a receber praticamente dobraram, de R$ 76 milhões para R$ 158 milhões, e o caixa consolidado cresceu quase 190%. Além de R$ 278 milhões a receber por direitos de jogadores negociados.

Esses números mostram que, além de reduzir dívidas, o clube reforçou os recursos disponíveis para cobrir obrigações imediatas e manter espaço para investimentos. O balance do terceiro trimestre enfatiza que o fluxo de caixa positivo oferece segurança diante de possíveis atrasos de receita.

A dívida líquida do Flamengo representa hoje apenas 12,1% de tudo o que o clube arrecadou nos últimos doze meses. Em outras palavras, para cada R$ 100 que entram no caixa, o clube deve cerca de R$ 12. Esse é um nível considerado positivo para os parâmetros mundiais.

A relação entre dívida e geração de caixa também melhorou. Esse indicador, chamado de alavancagem, caiu de 1,2 para 0,2. Na prática, significa que o Flamengo consegue bancar seus próprios projetos com o dinheiro que gera.

Parte dessa melhora vem da forma como o clube organiza os prazos de pagamento e recebimento. As contratações mais caras, como as de Samuel Lino e Emerson Royal, são pagas de maneira parcelada entre dois e quatro anos, enquanto boa parte das receitas de venda de jogadores entra de forma mais imediata.

Essa diferença de prazos gerou saldo positivo de R$ 271 milhões na movimentação de atletas na temporada, mesmo com R$ 599 milhões em investimentos. O relatório destaca que o clube segue investindo pesado, mas dentro de um modelo que preserva o equilíbrio financeiro no curto prazo.

Flamengo amplia base patrimonial e diversifica receitas

Além da operação do futebol, o Flamengo vem ampliando sua base patrimonial e diversificando receitas. Os ativos disponíveis para venda caíram de R$ 81 milhões para R$ 67 milhões, reflexo da conclusão de negociações antigas e da escolha por manter apenas bens produtivos.

O imobilizado, que inclui sedes, instalações e estruturas físicas, subiu de R$ 428 milhões para R$ 446 milhões. Isso confirma a continuidade de investimentos em infraestrutura e obras patrimoniais.

A diversificação também aparece nas receitas comerciais e sociais, entre elas o sócio-torcedor, licenciamento de produtos e exploração de espaços publicitários. No conjunto, os números demonstram um clube que consegue investir e gerar lucro ao mesmo tempo.

O Flamengo chega ao fim do terceiro trimestre de 2025 com uma estrutura financeira sólida, previsível e menos dependente de resultados imediatos em campo. Não à toa a projeção é alcançar R$ 1,8 bilhão de receita total, sendo R$ 1,3 bi recorrentes, o que seriam recordes absolutos do futebol brasileiro.

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