<i>Déjà-vu</i> azul e branco? Defrontar austríacos na Liga Europa é sinónimo de glória para FC Porto | OneFootball

O FC Porto está de regresso à Europa League e arranca a prestação na fase de liga da prova já esta quinta-feira (25 de setembro) com uma deslocação ao reduto do Red Bull Salzburg. O duelo entre dragões e austríacos está marcado para as 20 horas e disputa-se na Red Bull Arena, em Salzburgo.

Apesar dos azuis e brancos contarem, atualmente, com um registo muito pobre relativamente aos embates como visitante na Liga Europa - apenas dois triunfos nos últimos 16 jogos disputados fora de portas -, o histórico frente a emblemas austríacos leva os portistas a sonhar com grandes feitos.

Ora, o emblema portuense defrontou apenas dois conjuntos da Áustria em toda a sua história - sendo eles o Austria Wien e o Rapid Wien -, mas mantém um registo imaculado diante das duas formações: cinco vitórias e um empate em seis jogos realizados.

Além disso, quatro dessas partidas enquadram-se no âmbito da Liga Europa - ignorando quaisquer mudanças de nomenclatura para o caso - e remontam às temporadas 2002/03 e 2010/11 - épocas de glória para o FC Porto.

Será que os azuis e brancos encontraram o seu amuleto para triunfar na prova?

2002/03: pupilos de Mourinho fazem a festa em Sevilha

Após conquistar o célebre título da Liga dos Campeões de 1986/87 em Viena - eis um novo exemplo da ligação de sucesso entre FC Porto e a Áustria -, os dragões voltaram a ser felizes numa prova europeia 16 anos depois.

Decorria a temporada 2002/03 - a primeira época completa de José Mourinho no comando técnico dos portuenses - quando o conjunto do Porto defrontou pela primeira vez um emblema austríaco.

Depois de vencer o Polonia Warszawa na ronda inaugural da UEFA Cup 2002/03, a formação da Invicta deslocou-se ao reduto do Austria Wien para disputar a segunda etapa da prova. Os lusos regressaram a Portugal com uma vantagem mínima na bagagem e finalizaram o trabalho nas Antas, com um triunfo por 2-0 - com golos de Hélder Postiga e Derlei.

O FC Porto conseguiu, então, dar continuidade ao bom momento de forma europeu e derrubar Lens, Denizlispor, Panathinaikos e Lazio no caminho até à final da competição. Em Sevilha, os comandados por Mourinho defrontaram um imponente Celtic e o resto foi história - Derlei, no prolongamento, trouxe o tão desejado caneco para a cidade do Porto.

2010/11: glória em Dublin na cabeça de Falcão

Após um interregno de oito anos, o FC Porto tornou a defrontar um adversário austríaco na edição 2010/11 da Liga Europa. Aliás, os dragões arrancaram a prestação na fase de grupos da prova frente ao Rapid Wien, com uma vitória por 3-0 no Estádio do Dragão - Rolando, Falcão e Rúben Micael na folha de marcadores.

Na segunda volta, os azuis e brancos deslocaram-se à Áustria e não deram hipóteses ao Grünen, levando de vencida a disputa em Viena por 1-3. Christopher Trimmel colocou os homens da casa na liderança, mas uma noite endiabrada de Radamel Falcao - que rubricou um hat-trick - sentenciou as esperanças locais.

Dois triunfos importantes na caminhada dos portistas, que terminaram no topo do grupo L com 16 pontos. Posteriormente, a comitiva liderada por André Villas-Boas tombou o Sevilla, o CSKA Moskva, o Spartak Moskva e o Villarreal para alcançar novamente uma final europeia.

Em Dublin, o reencontro com um velho conhecido: o SC Braga. Uma verdadeira final lusa, que colocou frente a frente o atual presidente do FC Porto e Domingos Paciência, que era, na altura, técnico dos bracarenses.

O duelo foi de bastante equilíbrio, mas o poderoso FC Porto de Villas-Boas esteve à altura e conquistou o troféu da prova com uma vitória sacada a ferros frente aos minhotos. Falcao - quem mais? - rubricou o único golo do encontro e protagonizou um dos momentos de maior euforia na história recente do clube.

Desta feita, os emblemas entre o conjunto portistas e as formações austríacas enquadram-se em duas narrativas de glória azul e branca deste século e podem servir de mote para os pupilos de Farioli.

Conseguirá o FC Porto inspirar-se no passado e repetir uma epopeia europeia?