Gazeta Esportiva.com
·10 dicembre 2025
Novo CEO quer recuperar credibilidade do Atlético-MG e mira “eficiência” no mercado

In partnership with
Yahoo sportsGazeta Esportiva.com
·10 dicembre 2025

O Atlético-MG apresentou Pedro Daniel como novo CEO da SAF nesta quarta-feira, na sala de imprensa da Arena MRV.
Pedro fez parte de projetos de reestruturação financeira e planejamento estratégico de clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. Ele também participou da implementação do Fair Play Financeiro, pela CBF, no futebol nacional, da criação da Lei do Profut (refinanciamento de dívidas fiscais) e da criação da Lei das SAF’s.
Ver essa foto no Instagram Um post compartilhado por Clube Atlético Mineiro (@atletico)
“Sou um profissional do setor do futebol, especificamente. Trabalho há quase duas décadas nessa indústria, quase sempre prestando consultoria, trabalhando com quase todos os clubes da Série A, principalmente. Vários projetos fora, de investidores que entravam no Brasil, de reestruturações, planejamentos estratégicos. Fui líder de trabalho do Fair Play Financeiro, pela CBF”, iniciou.
“E vejo aqui o Atlético como um potencial gigantesco. Por isso estou aqui, trouxe minha família para cá, morava em São Paulo, pois acredito que podemos fazer algo diferente. Mais uma vez, é um prazer estar aqui. Estou aberto para a gente discutir e debater sobre diversos pontos”, completou.
Pedro Daniel apontou qual deve ser a postura do Atlético-MG na próxima janela de transferências. O CEO destacou a necessidade da diretoria ser mais cirúrgico nas contratações, para evitar o gasto desnecessário de dinheiro.
“Acho que o grande manta que temos aqui é eficiência. O investimento foi feito no último ano. Acho que agora temos uma visão muito mais de futuro, menos daquilo que foi feito ou se deixou de fazer. Temos um centro de inteligência, o CIGA, eles têm dados inimagináveis, tem toda a tecnologia, conhecimento, processo. Está sendo feito um trabalho cirúrgico nesse ponto. Não adianta falar que vamos no mercado contratar se a gente não tiver o fluxo bem definido. Então, por isso, estamos fazendo essa reformulação, mas pautado muito com o CIGA, com dados, integração do futebol (base-profissional), Paulo, Sampaoli e Luiz”, disse.
“Mas temos que ser mais certeiros. Vamos ser mais certeiros, pois hoje a gente não tem um faturamento de 2, 3 bilhões. A nossa margem de erro é menor. Estamos em trabalho bem forte para diminuir o número de erros. Erros vão ocorrer, mas precisamos diminuir ao máximo, caso contrário não seremos competitivos”, ampliou.
Pedro Daniel ainda traçou como meta recuperar a credibilidade do Galo no mercado.
“Talvez seja o ponto um, como recuperar a credibilidade, ser bem visto pelo mercado, e falo em todos os cenários: clube-clube, clube-empresários, clube-atletas. Para isso, ações são necessárias. Existem princípios básicos, como honrar com os compromissos. Não tem coisa pior do que ser punido pelo órgão regulador pelo não cumprimento de normas das competições que participamos. Isso afeta a credibilidade em todos os cenários. Estamos falando de uma SAF, uma empresa de futebol, mas todas as áreas estão conectados. Quando a gente fala do salário do futebol, ele afeta a nossa área comercial, porque quando vai vender patrocínio, propriedades comerciais, o cliente pode não querer atrelar sua marca”, analisou.
Rafael Menin, acionista do Galo, também estava presente na apresentação. Ele comentou sobre o ano frustrante do Atlético em campo e da situação financeira que o clube atravessa.
“Queria falar desse ano que chegou ao fim no calendário esportivo. Não chegou ao fim para quem está no dia a dia, pois tem muito trabalho pela frente. Mas, realmente, foi um ano abaixo do que a gente esperava. Um ano mais confuso que os outros cinco anos nos quais a gente está trabalhando nesse projeto tão desafiador, que é estar à frente dessa instituição, que é a mais apaixonante e importante de Minas Gerais. Fazemos isso com muita paixão, com senso grande de responsabilidade”, afirmou Rafael.
“Todos sabem que a gente ainda tem um balanço, uma situação financeira delicada, que foi melhorada após a SAF, e a gente vem trabalhando ao longo desse ano, incansavelmente, para fazer um novo movimento, e parte desse processo, a gente avançou com a cláusula de diluição da associação, porque esse era um empecilho para a gente fazer um novo movimento”, completou.
Rafael Menin também deu os agradecimentos aos serviços prestados de Bruno Muzzi, CEO entre 2022 e 2025, e ao ex-diretor de futebol Victor Bagy. Os dois deixaram o clube.
Live









































