O histórico completo do São Paulo pelas quartas de final da Libertadores | OneFootball

O relógio vai correndo, e o apito inicial para as quartas de final da Libertadores se aproxima cada vez mais. O tricolor já está em Quito, no Equador, para os primeiros 90 minutos do duelo contra a LDU. Desde o último título em 2005, as quartas de final viraram uma pedra no sapato, e até mesmo uma fábrica de traumas.

Olhando de forma resumida, um dado que chama atenção são os frequentes duelos contra equipes brasileiras, que registram um equilibrado histórico de quatro classificações e quatro eliminações. No total, o São Paulo disputou as quartas de final por doze ocasiões, saindo classificado em oito, e eliminado nas outras quatro. São 34 gols marcados e 24 sofridos.

E antes da bola rolar no Rodrigo Paz Delgado, a SPFC24Horas relembra todas as participações do tricolor nesta fase. Confira!

O SÃO PAULO NAS QUARTAS DE FINAL:

São Paulo 1 x 0 Criciúma – Ida ⚽ Macedo

Criciúma 1 x 1 São Paulo – Volta ⚽ Palhinha

À época do primeiro título tricolor, a Libertadores era uma competição muito menor, com apenas 21 clubes, e no máximo três representantes de um país, quando este era o campeão vigente da competição – e mesmo assim, não havia qualquer possibilidade de decisões nacionais, com os dois clubes restantes sempre fazendo um “tira-teima” nas quartas de final. Assim, depois de dividirem o mesmo grupo na primeira fase, São Paulo e Criciúma se reencontraram nas quartas de final.

O tricolor havia superado o Nacional do Uruguai na fase anterior, enquanto o Carvoeiro superou o Sporting Cristal. No jogo de ida, disputado no Morumbi, Macedo anotou o solitário gol do São Paulo, na vitória por 1 x 0. Na volta, em Santa Catarina, o Criciúma chegou a sair na frente com Soares, mas Palhinha determinou o empate e a classificação para semifinal.

(Reprodução: São Paulo FC)

Flamengo 1 x 1 São Paulo – Ida ⚽ Palhinha

São Paulo 2 x 0 Flamengo – Volta ⚽ Muller, Cafu

No ano seguinte, com o posto de atual campeão, o São Paulo entrou direto nas oitavas de final, quando reeditou a final de 92 e despachou o Newell´s Old Boys, com direito a goleada no Morumbi. Antes disso, Flamengo e Internacional encararam a fase de grupos, com os rubro-negros avançando solitários, e atropelando o frágil Minervén da Venezuela nas oitavas.

No encontro Rio-SP, melhor para os comandados de Telê Santana. No jogo de ida, Palhinha marcou para o São Paulo no empate por 1 x 1, no Maracanã. Na partida de volta, o São Paulo se impôs e venceu por 2 x 0, em gols de Muller e Cafu, avançando às semifinais, e dando sequência à campanha do bicampeonato.

Vale lembrar que esse mesmo duelo decidiu a Supercopa Libertadores em novembro daquele ano, com o São Paulo novamente levando a melhor sobre os cariocas.

Unión Española 1 x 1 São Paulo – Ida ⚽ Juninho Paulista

São Paulo 4 x 3 Unión Española – Volta ⚽ Palhinha, Válber, André e Euller

Com o status de bicampeão, o São Paulo repetiu a dose em 1994 e começou a Libertadores direto nas oitavas, onde já teve um duelo brasileiro pela frente – contra o Palmeiras, avançou com um placar agregado de 2 x 1. Poderia ter outro duelo verde-amarelo nas quartas, mas quem apareceu no caminho foi a Unión Española, do Chile.

Os chilenos, que eliminaram o Cruzeiro na fase anterior, deram trabalho ao time de Telê Santana. Na partida de ida, empate por 1 x 1, com gol de Juninho Paulista. Na volta, disputada em uma tarde de quarta-feira, o São Paulo conquistou uma emocionante vitória por 4 x 3, embalado por 80 mil torcedores apesar do horário diferente. Palhinha, Válber, André e Euller marcaram os gols.

(Reprodução: Arquibancada Tricolor)

São Paulo 3 x 0 Deportivo Táchira – Ida ⚽ Rogério Ceni, Luis Fabiano, Gustavo Nery

Deportivo Táchira 1 x 4 São Paulo – Volta ⚽ Luis Fabiano (2x), Grafite, Gustavo Nery

Depois do polêmico vice de 1994, foram dez anos longe da Libertadores. No retorno, o São Paulo não só fez grande campanha, como teve o seu confronto mais “fácil” pelas quartas de final. Após a dramática classificação frente ao Rosário Central, em noite brilhante de Rogério Ceni, o tricolor encarou a zebra Deportivo Táchira, que havia eliminado o Nacional do Uruguai nas oitavas.

Logo no jogo de ida, o São Paulo anotou um 3 x 0 no placar do Morumbi, em gols de Rogério Ceni, Luis Fabiano e Gustavo Nery. Na volta, o Táchira chegou a sair na frente, mas Luis Fabiano (2x), Grafite e Gustavo Nery comandaram a virada e uma goleada por 4 x 1, selando a classificação para semifinal, quando a campanha chegaria ao fim.

(Reprodução: Venezuela Futbol)

São Paulo 4 x 0 Tigres – Ida ⚽ Rogério Ceni (2x), Luizão, Souza

Tigres 2 x 1 São Paulo – Volta ⚽ Souza

Superando o trauma da edição anterior, o São Paulo conquistou um brilhante tricampeonato em 2005. Quase tudo perfeito, faltando apenas uma pequena cereja no bolo, que foi retirada justamente nas quartas de final.

Após uma fase de grupos tranquila, e mais uma classificação com autoridade frente ao Palmeiras, era a vez de enfrentar o Tigres do México. E o que prometia ser um jogo duro foi exatamente ao contrário: no jogo de ida, o tricolor passou por cima dos mexicanos, com um 4 x 0 no Morumbi e dois gols de Rogério Ceni, que ainda perdeu um pênalti e a chance de um histórico hat-trick; Souza e Luizão marcaram os outros gols.

Na volta, em solo mexicano, o São Paulo sofreu sua única derrota na campanha e deixou escapar o título invicto, perdendo por 2 x 1 para o Tigres. Souza marcou o gol de honra da equipe.

Estudiantes 1 x 0 São Paulo – Ida

São Paulo 1 (4) x (3) 0 Estudiantes – Volta ⚽ Edcarlos

Dessa vez, o status de atual campeão não rendeu um atalho para as oitavas de final, mas o São Paulo manteve a força para defender seu título. Com um leve susto na fase de grupos, e mais uma classificação sobre o Palmeiras nas oitavas, os comandados de Muricy Ramalho foram pra cima do Estudiantes nas quartas de final.

Logo antes da bola rolar, o calendário reservou uma peculiaridade: o jogo de ida seria disputado em 10 de Maio, na casa dos Pincharratas. Já a volta, no Morumbi, ocorreria somente em 20 de Julho, por conta da Copa do Mundo da Alemanha.

Na primeira partida, o Estudiantes levou a melhor por 1 x 0, com Alayes marcando no finalzinho. Na volta, o lotado Morumbi foi palco de mais um drama, com o São Paulo devolvendo o placar em gol de Edcarlos; nos pênaltis, vitória por 4 x 3, com Rogério Ceni defendendo uma cobrança e contribuindo para o São Paulo chegar nas semifinais.

O tricolor acabaria a jornada com o vice-campeonato, caindo diante do Internacional.

São Paulo 1 x 0 Fluminense – Ida ⚽ Adriano

Fluminense 3 x 1 São Paulo – Volta ⚽ Adriano

Após uma Libertadores decepcionante em 2007, caindo nas oitavas de final, o São Paulo voltou a fazer bonito em 2008. Saindo da fase de grupos na liderança e derrubando o Nacional do Uruguai no mata-mata, o tricolor teria o Fluminense pelo caminho.

No jogo de ida, a empolgação da torcida dobrou de tamanho, com um gol de Adriano definindo a vitória por 1 x 0. Porém, seria esse ingrediente um dos responsáveis por um dos maiores traumas são-paulinos neste século.

Na partida de volta, o Fluminense saiu na frente no Maracanã, e o placar foi para o intervalo no 1 x 0. Aos 25min da etapa final, Adriano empatou, e deixou o São Paulo com possibilidade de perder por um gol de diferença, restando vinte minutos para o final; parecia o cenário perfeito, mas na saída de bola, Dodô recolocou os cariocas na frente. O 2 x 1 contra ainda servia, até o escanteio fatídico nos acréscimos, completado por Washington para definir o 3 x 1 e levar o Fluminense para semifinal.

(Foto: Agência/Lancepress)

Cruzeiro 2 x 1 São Paulo – Ida ⚽ Washington

São Paulo 0 x 2 Cruzeiro – Volta

Deveria ser apenas “mais uma eliminação” decepcionante na Libertadores, mas se tornaria um capítulo que mudou a história do São Paulo para pior. Em 2009, vindo do tricampeonato brasileiro e reforçado com o atacante Washington, o tricolor era forte candidato ao título.

A fase de grupos não teve grande sufoco, e no mata-mata, o São Paulo sequer jogou as oitavas, após a desistência dos clubes do México por conta da pandemia de H1N1 no país. Assim, o tricolor foi direto para as quartas de final, contra o Cruzeiro.

E a eliminação não poderia ser pior: na ida, Washington chegou a marcar o gol de empate, mas a Raposa venceu por 2 x 1. E na volta, em pleno Morumbi, vitória cruzeirense por 2 x 0 e eliminação consumada. Dois dias depois, a diretoria resolveu demitir Muricy Ramalho, uma decisão contestada até hoje pelo torcedor, e que deu início aos anos sombrios que viriam a seguir.

(Reprodução: SPFC.net)

Cruzeiro 0 x 2 São Paulo – Ida ⚽ Hernanes, Dagoberto

São Paulo 2 x 0 Cruzeiro – Volta ⚽ Dagoberto, Hernanes

Antes dos anos sombrios, ainda houve tempo para uma última grande campanha na Libertadores. Agora sob a batuta de Ricardo Gomes, o São Paulo liderou sua chave na fase de grupos, e com o sofrimento dos pênaltis, despachou o Universitário do Peru nas oitavas. Quis o destino que São Paulo e Cruzeiro se reencontrassem exatamente um ano depois, na mesma fase de quartas de final.

E dessa vez, o São Paulo levou a melhor com autoridade, sem medo dos atuais vice-campeões da América. Tanto no jogo de ida como na volta, triunfos por 2 x 0, e nos dois jogos, Hernanes e Dagoberto anotaram um gol cada.

Pouco depois, o futebol brasileiro e sul-americano entrou em pausa por conta da Copa do Mundo. No retorno, o São Paulo perdeu o embalo e caiu na semifinal para o Inter, na regra do gol fora; até hoje, há torcedores que culpam a pausa pelo insucesso na campanha, acreditando que o título seria tricolor se a Libertadores continuasse.

São Paulo 1 x 0 Atlético Mineiro – Ida ⚽ Michel Bastos

Atlético Mineiro 2 x 1 São Paulo – Volta ⚽ Maicon

A queda traumática para o Internacional abriu de vez as portas das sombras no São Paulo, que tomavam conta em 2016. Já com um elenco aquém das expectativas, o tricolor sofreu de ponta a ponta, desde a Pré-Libertadores. Conseguindo uma dramática classificação na fase de grupos, em plena altitude de La Paz, o tricolor teve um único suspiro de paz nas oitavas, atropelando o Toluca no Morumbi por 4 x 0; o 3 x 1 sofrido no México não ameaçou a vaga nas quartas, e o time de Edgardo Bauza enfrentaria o Atlético Mineiro.

Na partida de ida, Michel Bastos foi decisivo no Morumbi e marcou de cabeça, na vitória por 1 x 0. Na volta, o começo foi o pior possível, com dois gols do Atlético em doze minutos no 1º tempo, com direito a falha de Denis. Aos 14, Maicon descontou e o jogo seguiu no 2 x 1 até o apito final, classificando o São Paulo pelo gol fora de casa.

Na semifinal, o Atlético Nacional, e uma infeliz história que todos lembram muito bem…

(Foto: AP Photo/Juliana Flister)

São Paulo 1 x 1 Palmeiras – Ida ⚽ Luan

Palmeiras 3 x 0 São Paulo – Volta

Um duelo que tinha tudo para ser marcante, mas foi reflexo dos estragos feitos pela pandemia no time. Após um arrasador título paulista, marcado pelo sacrifício de fazê-lo como uma Copa do Mundo, o São Paulo pagou o preço do calendário estrangulado, e não teve milagre que o técnico Hernán Crespo pudesse fazer. O elenco estourou e sofreu com lesões, que minaram o trabalho do argentino.

Na Libertadores, a campanha na fase de grupos não encheu os olhos, mas foi suficiente para um 2º lugar sem maiores sustos. Nas oitavas, encarou novamente o Racing, e após um decepcionante empate em casa, o São Paulo contou com um show de Rigoni e Marquinhos, batendo os argentinos por 3 x 1 em pleno El Cilindro.

Nas quartas de final, o quinto encontro contra o Palmeiras na história da competição, mas no pior momento dentre todos eles. O São Paulo chegou ao jogo de ida ameaçado pelo rebaixamento, com 18 pontos e apenas na 13ª posição no Brasileirão. Em campo, Luan chegou a abrir o placar, mas o Palmeiras empatou em falha de Tiago Volpi. Na volta, um time apático e dominado pelo rival, que saiu vencedor por 3 x 0 e com todos os méritos.

(Foto: Staff Images / Conmebol)

Botafogo 0 x 0 São Paulo – Ida

São Paulo 1 (4) x (5) 1 Botafogo – Volta ⚽ Calleri

Por fim, o confronto do ano passado frente ao Botafogo, ainda fresco na memória da torcida. No jogo de ida, um 0 x 0 difícil de explicar, após um massacre botafoguense do início ao fim, e um gol inacreditável perdido por Calleri, que faria falta…

Na partida de volta, Luiz Gustavo falhou e o Botafogo abriu o placar no 1º tempo. Lucas desperdiçou um pênalti antes do intervalo e Calleri perdeu um gol feito na etapa final, mas foi o próprio argentino que reacendeu a chama tricolor, empatando nos últimos minutos. Porém, ele novamente virou vilão ao errar sua cobrança, assim como Rodrigo Nestor, culminando na eliminação em pleno Morumbis.

(Foto: Rubens Chiri / São Paulo FC)

Agora, queremos ouvir você, torcedor. Qual a sua expectativa para mais um capítulo do tricolor nas quartas de final da Libertadores? Comente em nossas redes sociais!