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·26 novembre 2025

Pode parecer um vacilo, mas a verdade é que Filipe Luís tem um plano

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Uma das três leis apresentadas pelo autor de ficção Arthur C. Clarke, e que faziam referência a relação do ser humano com o desenvolvimento técnico, postulava que qualquer tecnologia suficientemente avançada seria indistinguível de magia. Ou seja, em situações em que uma compreensão racional não parece possível pra nós, o irracional, o sobrenatural, o esotérico, vai acabar parecendo o único ângulo de compreensão possível.

E analisando a atuação do Flamengo nesta noite de terça-feira, em que arrancou um empate sofrido diante do fraco time do Atletico-MG, uma equipe onde a pessoa mais perigosa não está em campo, mas sim realizando a preparação física - você tem mais medo de Hulk com a bola dominada ou Pablo Fernandez te mandando aquecer? - claro que as explicações racionais podem faltar.


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Como se explica o gol sofrido no primeiro tempo, em que basicamente todo mundo e mais alguém falhou para que Bernard pudesse abrir o placar? Qual dos familiares de Filipe Luís o lateral Viña atropelou para não ser nem mesmo relacionado enquanto Ayrton Lucas atua nesse nível? Como pode o Flamengo, após a entrada dos seus principais jogadores de meio-campo, passar a tentar o ataque apenas com bolas levantadas na área?

O que acontece é que, da mesma maneira que uma ciência avançada demais pode se assemelhar a magia, como explicava Arthur C. Clarke, em dados momentos uma inteligência muito à frente de seu tempo pode também acabar parecendo, para um leigo, um certo nível de burrice, como nos ensinou, mais uma vez, o técnico Filipe Luís.

Porque absolutamente tudo na partida disputada em Belo Horizonte, da escalação ao resultado, foi minuciosamente planejado pelo treinador rubro-negro para garantir que o Flamengo não apenas conquiste o Brasileiro e a Libertadores, como faça as duas coisas da maneira mais épica, bonita e gloriosa possível.

Samuel Lino titular? Deu ao jogador a oportunidade de, mais uma vez, ser inoperante e nem ter coragem de tumultuar o ambiente reclamando da reserva. Royal e Ayrton Lucas em campo? Aumentaram a confiança e o senso de urgência de Varela e Alex Sandro, que sabem que o time depende deles, já que os reservas são horríveis.

Colocar nossos melhores meias não pra armar pelo meio mas sim pra jogar com bola alta na área? Cansou menos Jorginho e Arrascaeta e ajudou a motivar Bruno Henrique, que decidiu a partida e se garante como titular para sábado. O empate em si? Não apenas evita que a equipe crie o salto alto que uma vitória com o time reserva poderia proporcionar como adia qualquer possível comemoração de título para o Rio de Janeiro, o que pode não apenas garantir um Maracanã em festa como evitou um surto de depredação no estádio do Atlético-MG.

Então mais do que uma oportunidade perdida, mais do que uma atuação abaixo da média ou um empate sofrido, é preciso ver a partida desta terça como a preparação para coisas mais bonitas e importantes que podem vir. Porque com cinco pontos de vantagem faltando dois jogos no Brasileirão e uma final de Libertadores no sábado, os próximos dias podem sim ser de uma felicidade tão grande que vai ficar impossível saber se envolveu magia ou não.

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