Postura de força do FC Porto é para continuar | OneFootball

O FC Porto optou por pôr fim ao silêncio relativamente às arbitragens e não recuará. Os dragões vão reforçar o nível de exigência e, depois de terem atuado nos primeiros meses da época sem posições públicas, reservam‑se, a partir do clássico, o direito de denunciar aquilo que consideram estar errado nas instituições do futebol português, especialmente no Conselho de Arbitragem.

O primeiro sinal apareceu após o encontro FC Porto B–Torreense, com críticas severas ao árbitro Vítor Ferreira, mas foi a intervenção de André Villas-Boas à entrada dos Portugal Football Globes – cerimónia de entrega de prémios promovida pela FPF – que teve maior impacto.

Os dragões acompanharam de perto as movimentações desde a final da Taça de Portugal e, mesmo reconhecendo a existência de uma rota de colisão entre os principais rivais, Benfica e Sporting, recearam efeitos colaterais que os prejudicassem. A SAD azul e branca surpreendeu‑se, por exemplo, com um comunicado das águias antes da Supertaça, no qual se criticou com veemência o árbitro Fábio Veríssimo, sem que isso tivesse motivado uma reação da FPF.

Segundo apurou o nosso jornal, o FC Porto considera que a inércia da FPF e da Liga alimentou o atual cenário em que sucessivos comunicados e declarações, somados a decisões polémicas do Conselho de Arbitragem, provocaram uma regressão que está a aumentar a toxicidade do discurso no futebol português.

Ciente de que as palavras de Villas‑Boas iriam gerar polémica e do risco de ser incluído no mesmo lote que Rui Costa e Frederico Varandas, o FC Porto entendeu que não poderia permanecer em silêncio após o clássico. Além disso, embora tenha manifestado por vias institucionais preocupações sobre a nomeação de Bruno Esteve para o VAR, ao não o fazer publicamente evitou inflamar o ambiente antes do encontro com o Benfica ou aumentar a pressão sobre os intervenientes da arbitragem – o que, na avaliação do clube, não impediu a ocorrência de erros.