Presidente que denunciou manipulação dispara contra caso Bruno Henrique | OneFootball

Diretamente envolvido com a origem da Operação Penalidade Máxima, que passou a investigar esquemas de manipulação de resultados no futebol, o presidente do Vila Nova criticou a pena de Bruno Henrique. Para Hugo Jorge Bravo, a decisão de multar o jogador em R$ 100 mil foi "branda" e não corresponde às outras punições.

Hugo foi um dos responsáveis por virar os olhos do Brasil para os esquemas de manipulação. Após ficar sabendo que Romário, então volante do Vila Nova, aceitara uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti, o presidente — que é policial militar — investigou o assunto a fundo e entregou as provas colhidas ao Ministério Público de Goiás.

Agora, o dirigente voltou a falar sobre o tema manipulação e teceu críticas à punição de Bruno Henrique, inclusive comparando com as decisões de outros casos. A diferença, porém, é que os atletas do Vila Nova, por exemplo, estavam envolvidos em esquemas com apostadores, o que não aconteceu no caso do jogador do Flamengo.

"Vendo o resultado desse julgamento, achei o resultado muito ruim. É um atleta de envergadura, punido com multa de RR 100 mil, valor insignificante pro salário mensal dele. Há uma desproporção e uma incoerência entre as punições. A gente vê outro atleta, em uma divisão inferior como a nossa, ser punido — de forma correta — com uma punição mais severa", disse.

O presidente do Vila Nova, porém, esqueceu de mencionar que Bruno Henrique não se envolveu em esquemas destinados a manipular jogos. A ordem foi inversa, já que o camisa 27 combinou com o Flamengo que forçaria o cartão. O erro é evidente, mas acaba enquadrado em artigos diferentes aos dos manipuladores.

"Quando se trata de certo ou errado, nós não podemos torcer, não podemos ter cor de camisa, não podemos ter condição social. A punição ficou muito branda. Para falar a verdade, não teve punição", finalizou o presidente do Vila Nova.

Com Bruno Henrique liberado para jogar, o Flamengo entra em campo neste sábado (15), contra o Sport, em jogo adiado do Brasileirão. Em Recife, o Mais Querido busca uma vitória para tomar a liderança do Palmeiras, que enfrenta o Santos no mesmo dia. A bola rola a partir de 18h30 (horário de Brasília).