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·8 settembre 2025

Tuma detalha calendário e quer concluir reforma estatutária do Corinthians até o final do ano

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A reforma do estatuto do Corinthians segue sendo debatida. Presidente do Conselho Deliberativo do clube, Romeu Tuma Júnior detalhou, em coletiva nesta segunda-feira, o calendário do órgão para a sequência do cronograma da reforma estatutária do Timão.

Em entrevista coletiva recente, Tuma já havia afirmado que daria seguimento ao debate sobre a reforma do estatuto após a Assembleia Geral dos Sócios, que decidiu pela destituição definitiva do agora ex-presidente Augusto Melo. Nesta segunda-feira, ele reafirmou a fala e comentou os próximos passos.


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“A comissão de reforma vai concluir o seu trabalho em setembro e apresentar o pré-projeto para mim e à presidência do Conselho. Em outubro, vamos de acordo com o projeto inicial. Vamos ter um mês para que sejam feitas todas as análises e o debate mais alargado com alguns grupos, lideranças, coletivos que temos por aí, inclusive para estabelecer as formas de votação. Temos algumas propostas, por exemplo: voto do fiel torcedor, eleição individual de conselheiros ou em chapas, a questão do uso de cartão corporativo – que nunca foi regulada -, a questão da regulação de parentes de conselheiros tanto para atuação profissional quanto na base e como funcionários do clube, uma questão de regulação das torcidas com o clube”, afirmou o dirigente.

“[São] algumas questões que podem ser cláusulas pétreas no estatuto, para que a gente não tenha esse problema de cada gestão nova querer alterar o estatuto em questões que achamos muito importantes. Uma reforma bastante profunda na questão adminstrativa, algumas travas na questão financeira. Hoje, o Corinthians arrecada R$ 1bi por ano, e só em gasto de pessoal, gira em torno de R$ 500 milhões. Isso é muito alto. Precisamos ter uma regulação e algumas dessas cláusulas precisam ser pétreas”, prosseguiu.

Como explicado por Romeu Tuma Jr., assim que o texto estiver pronto, o Conselho irá deliberar a aprovação do novo estatuto para que, posteriormente, ele seja votado em uma Assembleia Geral, com a presença dos associados. Se aprovado, entrará em vigor de maneira imediata.

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(Foto: Thais Bueno/Gazeta Press)

O presidente do Conselho Deliberativo alvinegro quer que a reforma estatutária seja votada pelos sócios já em dezembro deste ano para que o novo estatuto passe a valer já no início de 2026.

“Precisamos ter uma regulação para que essas cláusulas não fiquem mudando a cada gestão, porque se não vamos chover no molhado. São cláusulas que vamos ter que construir politicamente. Vamos ter que estabelecer uma regra para essa votação, e esse trabalho vai ser feito no mês de outubro. Vamos coordenar esse trabalho para que já tenhamos um encaminhamento dado, e que essa votação aconteça em novembro no plenário do Conselho, e em dezembro a gente espera concluir essa reforma com uma votação na Assembleia Geral dos Associados”, projetou Tuma.

O pré-projeto para a reforma estatutária já foi devidamente concluído. No decorrer do ano passado, houve uma série de audiências públicas e reuniões com todas as chapas do clube e com torcedores de todas as organizadas, inclusive com a Gaviões da Fiel. Todos apresentaram propostas que foram contempladas pelo Conselho Deliberativo para a elaboração do novo estatuto, que está em estágio avançado.

“Essa reforma estava concluída em agosto do ano passado, mas não pudemos prosseguir por motivos conhecidos. Mas teve um lado positivo. Surgiram vários problemas que não tinha sido pensados, e acabaram nos alertando que eles também precisam ser cuidados de uma forma efetiva. Esperamos que em 2026 nós tenhamos um estatuto reformado, que já vai valer para as próximas eleições e gestões”, completou.

FIEL TORCEDOR PODERÁ VOTAR?

O direito a voto para sócios-torcedores do clube é uma das principais pautas da reforma estatutária do Corinthians. Foi, inclusive, a proposta apresentada pela Gaviões da Fiel ao presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior.

O pedido foi atendido no pré-projeto, mas alguns pontos ainda precisam ser debatidos. Os conselheiros discutem se irão criar um novo plano para o programa Fiel Torcedor ou estipular regras para definir qual sócio-torcedor terá direito a participar das eleições. Como, por exemplo, a partir de qual idade um sócio poderá votar, quantos anos de adimplência para ter o direito, entre outros quesitos.

Tuma, porém, despistou quando foi questionado diretamente sobre o assunto. O presidente do Conselho Deliberativo afirmou que, em seu entendimento, o torcedor já participa “ativamente” da vida política do clube.

“Acho que de uma forma ou de outra, o torcedor já participa da nossa vida política. Um exemplo é nossa reforma, toda hora, reunião com a torcida, fizemos audiência pública. Duas coisas que às vezes são deixadas de lado: torcida organizada e torcedor de forma geral. São 200, 300 mil pessoas de organizadas. O torcedor corintiano, de forma geral, são 30 milhões. Temos aí um coletivo que tem ajudado na reforma, que tem contribuído com conversas, elaborando um projeto, ainda que já tenha passado essa fase”, disse.

“Nesse movimento de outubro, vamos construir alguns ajustes. São apenas torcedores, uns nem sócios são. Recebemos mensagens, temos recolhido todas as propostas. Temos acolhido e mandado para a comissão, ou guardado para esse momento, porque são coisas interessantes. Temos formado grupos fora do clube, sócios que estão estudando. Modelo de governança corporativa com tripé operacional, cartilhas, política de uso do cartão de crédito. Estatutariamente não são convocados a votar, mas participam ativamente da vida política do clube. Vão ter propostas, vamos tentar levar para votar, mas quem vai decidir são os associados de forma geral. Vamos colocar criar cota feminina de conselheiras, temos uma representatividade muito pequena de conselheiras. Fiel torcedor, vamos levar para votar. Foi um compromisso meu. Já vivemos um momento que é necessário”, concluiu o presidente do CD.

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