PL Brasil
·25 de dezembro de 2020
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Nesta temporada, o Wolverhampton perdeu um dos seus principais jogadores. Diogo Jota trocou a equipe pelo atual campeão Liverpool. Uma perda mais do que significativa. O português era um dos pilares do sistema ofensivo do time de Nuno Espírito Santo.
Entretanto, outro “gajo” tem assumido o papel de protagonista em 2020/2021. Mesmo com pouco tempo de clube, Daniel Podence tem sido uma das grandes atrações dos Wolves na atual temporada.
O português foi revelado pelo Sporting de Portugal. No entanto, o jogador começou a se destacar no Olympiacos, da Grécia. Porém, a sua passagem pelo clube grego também não foi das mais longas.
Depois de um bom início de campanha em 2019/2020 com a camisa do clube grego, principalmente na Champions League, o Wolverhampton resolveu agir e contratar o atleta na janela de inverno. Segundo os dados do transfermarkt, o time inglês pagou cerca de 19,6 milhões de euros para contar com o jovem atacante.
Mais uma mudança. Com apenas 24 anos, Podence teve de enfrentar mais uma adaptação. Desta vez, em um dos campeonatos mais disputados do mundo e com um grande nível exigência.
Não é fácil para nenhum jogador se acostumar com o estilo de jogo da Premier League. É um processo natural e que precisa de tempo. Além disso, o atleta havia chegado no meio da temporada. Algo que dificultaria ainda mais todo o procedimento.
O seu início no Molineux Stadium foi tímido. Poucos minutos em campo e números discretos. Entretanto, já era algo esperado. Nuno Espírito Santo já tinha os seus “preferidos”. Diogo Jota, Raúl Jiménez e Adama Traoré eram os grandes destaques do setor ofensivo do Wolverhampton. Em virtude disso, Podence terminou a sua primeira temporada nos Wolves com números discretos.
– Nove jogos (três deles como titular)
– Um gol
– Duas grandes chances criadas
– 0.7 finalizações por confronto
– 10.5 passes por jogo
– 32 minutos em campo por partida
– 18.2 toques na bola por jogo
– Quatro jogos
– Uma assistência
– 0.8 finalizações por partida
– Uma grande chance criada
– 46 minutos em campo por jogo
– 23 toques na bola por confronto
A saída de Diogo Jota mudou o cenário para o camisa 10. Podence fez 13 jogos na atual edição da Premier League e começou todos eles como titular. Mas não só isso, o seu desempenho em campo também tem chamado atenção. É um jogador fundamental para o sistema ofensivo, cada vez mais importante e decisivo em jogos grandes.
O português participa muito do jogo. Na Premier League, ele tem em média 40.7 toques por partida. O atacante é um atleta de muita versatilidade e que pode cumprir diversas funções para o time de Nuno Espirito Santo. Tem capacidade de atuar aberto pelos lados do campo para dar amplitude ou até mesmo como um segundo atacante por dentro.
O mapa de calor apenas comprova a sua versatilidade. Podence é um jogador de muita movimentação que ajuda em momentos de construção ofensiva com apoios (quando atua em faixas mais centrais do campo), mas que também pode receber a bola em zonas de amplitude para realizar jogadas individuais e quebrar linhas de marcação com o drible. O atacante tem uma média de 2.5 dribles bem sucedidos por jogo na Premier League.
A condução é uma das suas grandes virtudes. Daniel Podence tem muita facilidade em mudar de direção em velocidade e levar a bola muito próximo de seus domínios. Além disso, muita capacidade de se livrar da marcação com fintas em espaços curtos.
No entanto, o camisa 10 também é um atleta que realiza movimentos associativos. No Olympiacos, o português sempre buscava se aproximar de Valbuena pelo centro e produzir conexões curtas.
Por conta disso, quando joga pelo lado esquerdo do campo, é muito comum ver o atacante fazendo o movimento de fora para dentro para trabalhar próximos dos companheiros mais centralizados.
O jogador também consegue ser efetivo no espaço entrelinhas. Busca atacar as costas dos meio-campistas (volantes) para receber e acelerar com a sua condução. Importante destacar também a sua boa leitura para preencher zonas de finalização e ocupar o funil.
Podence é um jogador cada vez mais fundamental no sistema de Nuno Espírito Santo. Em 13 jogos na Premier League foram três gols (dois deles contra Arsenal e Chelsea), duas assistências e duas grandes chances criadas. O atacante participa diretamente de 28% dos gols do Wolverhampton na competição.
A sua evolução é notável. Daniel Podence está cada vez mais adaptado e importante para os Wolves. E com a saída de Jota e a lesão de Raúl Jiménez o seu protagonismo será ainda maior. Nuno Espírito Santo tem em suas mãos um atleta muito versátil e de bom repertório ofensivo para comandar a equipe durante a temporada 2020/2021.