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·21 de junho de 2021

A imagem do dia na Euro: Milagre de Copenhague

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A emoção tem nome na Eurocopa: Dinamarca. Depois de uma montanha-russa de nervos, a seleção escandinava castigou a Rússia e completou uma ascensão incrível diante da torcida. A história da competição foi escrita com muitas lágrimas, mas hoje, com o fim da primeira fase, ficou claro que é proibido desistir nas ruas de Copenhague.

A situação não parecia nada animadora para os dinamarqueses, sobretudo depois de duas derrotas. A primeira, como se sabe, foi um acidente gigantesco de percurso, em derrota para a Finlândia após o choque coletivo que foi o colapso de Christian Eriksen. Unido em torno do camisa 10 que desfalcou a equipe, o time da Dinamarca respondeu surpreendentemente bem contra a Bélgica e talvez merecesse um empate.


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Numa Eurocopa que ainda não teve muitos jogos marcantes, a Dinamarca entregou sua grande noite diante da Rússia, justamente quando não havia mais margem para erros. E a missão era delicada: ganhar e torcer para que a Bélgica derrubasse a Finlândia usando seu time misto. Pouco antes do intervalo, Mikkel Damsgaard acertou um chutaço para abrir o placar. E a torcida local no Estádio Parken, em Copenhague, começou a acreditar no milagre.

Pediram um grande jogo? O segundo tempo de Dinamarca e Bélgica foi puro entretenimento. Houve comunhão entre as arquibancadas e os homens de campo, e isso ficou provado nos 30 minutos finais. Fatal, a equipe da casa explorou bastante a fraca defesa russa e aumentou sua vantagem em um gol bizarro de Yussuf Poulsen: após recuo equivocado do zagueiro adversário, o centroavante apenas se adiantou ao goleiro Matvei Safonov. Gol de pelada que encaminhou a vaga para as oitavas.

Ainda restava dúvida sobre o outro jogo do grupo. Um empate favorecia a Finlândia e deixava a Dinamarca à mercê de resultados das demais chaves para definir os quatro melhores terceiros. O que passou com gol de Romelu Lukaku. O que os nórdicos não esperavam era uma anulação do tento belga e um penal controverso marcado para a Rússia. Mais um choque. Haja coração.

Eram muitos os candidatos a herói da noite. E coube ao zagueirão Andreas Christensen mandar um chutaço teleguiado no alto da meta para ampliar a vantagem. Com 3 a 1 favorável e o lance infeliz do goleirão Lukas Hradecky contra a Bélgica, a Dinamarca foi alavancada para a segunda posição, que significava vaga direta. Quem poderia contar com um gol finlandês para jogar água no chope dos dinamarqueses? Exatamente: ninguém.

O destino finalmente sorriu para a Dinamarca, que ainda fechou a conta com Joakim Maehle, em outro lance individual, aproveitando o posicionamento ruim da defesa russa. O time que comoveu o mundo por temer a pior das imagens na estreia, hoje foi só sorrisos.

A Dinamarca precisava vencer e dar a volta por cima do próprio sofrimento. Felizmente, o futebol a recompensou pela postura corajosa. Jogos como este só aumentam a honra por superar os piores prognósticos e por fazer do próprio drama um combustível para chegar longe. Quem vem com tudo não cansa.

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