A La Liga adota IA aos poucos para decisões de arbitragem: o futebol brasileiro deveria fazer o mesmo? | OneFootball

A La Liga adota IA aos poucos para decisões de arbitragem: o futebol brasileiro deveria fazer o mesmo? | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: oGol.com.br

oGol.com.br

·03 de setembro de 2025

A La Liga adota IA aos poucos para decisões de arbitragem: o futebol brasileiro deveria fazer o mesmo?

Imagem do artigo:A La Liga adota IA aos poucos para decisões de arbitragem: o futebol brasileiro deveria fazer o mesmo?

O tempo passa e o futebol continua mudando: e grande parte dessas mudanças acontecem justamente por uma peça fundamental da sociedade, a tecnologia. A prova recente mais interessante disso tudo é a nova La Liga 2025/26.

Historicamente recheada de polêmicas e acusações a respeito da arbitragem, agora ela fez uma alteração precisa. A Federação Espanhola utilizará IA para escalar e avaliar os juízes ao longo da competição. Sendo assim, além de entender como isso funciona, outra grande questão é: o futebol brasileiro pode seguir o mesmo caminho?


Vídeos OneFootball


A tecnologia e inteligência artificial no futebol

Hoje em dia, o uso de tecnologia e inteligência artificial cresce em todas as áreas do futebol e em áreas relacionadas. Técnicos e times usam essas ferramentas para melhorar o desempenho, planejar estratégias e analisar adversários. No mundo das apostas esportivas, que está muito ligado ao futebol, a inteligência artificial também é amplamente utilizada. Os sites de apostas online legais, como aqueles comparados e analisados pelo portal especializado Legalbet, aplicam a IA para personalização, segurança, suporte e muito mais.

Agora, a inovação também chegou ao universo da arbitragem. A La Liga anunciou uma solução que utiliza inteligência artificial para ajudar na formação dos elencos e na avaliação dos árbitros.

Como funciona a nova IA da La Liga: explicação simples e detalhada

Não tem muito mistério, o objetivo dela é agilizar e tornar a escolha dos árbitros mais imparcial e racional. Veja:

  • Com ajuda da IA, os juízes serão escalados a partir de estatísticas e variáveis diferentes. 
  • Para ajudar nessas próprias decisões, o sistema também participa da avaliação de desempenho dos profissionais. Analisa transparência, consistência, histórico de partidas, estilo de arbitragem e outros fatores.
  • Com essa avaliação de desempenho, espera-se que a IA participe em 30% na atribuição da nota final dos árbitros. A partir disso, ela contribui para o rebaixamento e promoções desses. 

Critérios como a territorialidade — aquela clássica regrinha de evitar que juízes da mesma cidade ou comunidade autônoma de um time apitem jogos dele — podem até ser revistos, caso o sistema seja muito eficiente.

Mais do que uma solução tecnológica, essa é uma resposta da Federação às históricas críticas e uma tentativa de deixar tudo mais justo: e não há notícias de clubes, atletas ou outros agentes que sejam contra isso. Por fim, é claro que há toda uma comissão por trás e a avaliação humana não é descartada.

E o Brasil?

Se você está esperando algo assim no Brasil, é importante considerar diferentes aspectos. Vamos começar por um ponto que é fundamental para contextualizar a arbitragem no país.

Possíveis obstáculos

A má notícia é que a decisão dos árbitros no Brasil já vem, há muito tempo, dependendo de “sorteios”. Ou seja, embora os juízes já sejam avaliados e classificados, atualmente, não há tanta transparência sobre como eles são escolhidos: o que se sabe, apenas, é que certos nomes se destacam e são priorizados em jogos grandes.

Mas, por outro lado, ainda existem vários problemas, mas um deles é central: a função de juiz não é profissionalizada no país. Já na Espanha, isso já aconteceu há muito tempo. No Brasil, a discussão sobre profissionalização é mais recente, e espera-se que mais movimentos sejam feitos no final de 2026. Mas o que isso quer dizer e tem a ver com IA?

Sem a profissionalização, o processo de avaliação, escalação e formação dos árbitros fica mais complexo. Por isso, para que as inovações, como o uso de inteligência artificial, sejam efetivas, é importante que esse ambiente evolua de forma organizada e estruturada.

As boas notícias

Um spoiler já foi dado sobre as boas notícias, e este é a possível profissionalização a partir de 2026. Mas, a CBF ainda sinaliza outros movimentos importantes, como a implementação de um ranking de árbitros em 2025, e a possível implementação do impedimento semi-automático já no Brasileirão 2026.

No final, a Federação Brasileira tem sim suas preocupações com evoluções no futebol, e a tendência é que tecnologias como a IA para escalação de juízes, da La Liga, sejam aplicadas.

O futuro da tecnologia no futebol brasileiro

O futebol brasileiro está caminhando na mesma direção que a Espanha e outros países, com a adoção crescente de tecnologias e inteligência artificial. Essas ferramentas têm grande potencial para melhorar o desempenho, a arbitragem e a experiência dos torcedores.

No entanto, para que a tecnologia seja realmente eficaz, é fundamental que ela seja implementada em um ambiente preparado e estruturado. Ainda há desafios a serem superados, mas as condições para o desenvolvimento da IA no futebol brasileiro já estão se formando.

Saiba mais sobre o veículo