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·04 de julho de 2024
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Aos 24 anos, Maximiliano Araújo passa longe de ser um jogador de grife. Para os uruguaios, é tido como uma das esperanças da nova geração do futebol celeste. Aos demais, talvez o ala nascido no século XXI seja um desconhecido. Mas, dentro de campo, a história é outra: o jogador do Toluca é um dos destaques do Uruguai na Copa América de 2024.
Não é novidade que os torneios de seleções servem como trampolim para atletas na carreira futebolística. Após boas atuações na Copa do Mundo de 2014, James Rodríguez e Keylor Navas foram contratados pelo Real Madrid. Depois da Copa América de 2019, Everton, ou Cebolinha, cavou sua vaga no Benfica. E, tanto na Eurocopa como na Copa América do ano vigente, mais atletas devem seguir esse caminho. Quem sabe Maxi não seja mais um...
Nascido no dia 15 de fevereiro de 2000, Maxi Araújo está, aos 24 anos, na sua sétima temporada como jogador profissional. O começo foi no Uruguai, mas hoje em dia, o ala desbrava o futebol do México em busca dos holofotes, que nunca se voltaram tanto para ele quanto nesta Copa América.
Com 18 anos recém-completos na época, Araújo estreou pelo Montevideo Wanderers. E por lá ficou duas temporadas como uma das maiores promessas recentes do clube. Em 31 jogos, nos anos de 2018 e 2019, o uruguaio marcou apenas um gol. Mas a importância dele no time não pode ser medida apenas por isso: de 18 jogos na segunda temporada, atuou os 90 minutos em 13 e começou no banco em apenas dois. Já era um jogador importante.
Depois de conseguir se firmar no time, Maxi rumou ao México e passou a defender o Puebla, por cerca de dois milhões de euros. E, após uma temporada de aprendizado, com apenas uma partida, passou a ser um dos principais atletas dos Franjizuales na segunda. Tanto que, antes de completar três anos como jogador do clube, mudou de cidade, dentro do México.
Na época, ainda atuava como lateral esquerdo e, em 83 jogos pelo Puebla, Maxi anotou oito gols e deu sete assistências. Vale ressaltar que, durante o tempo que defendeu as cores dos Camoteros, Araújo experimentou uma mudança de função e, cada vez mais, se aproximava do gol adversário.
Depois do destaque no Puebla, o jogador uruguaio foi contratado, por quase o triplo do valor da última transferência, pelo Toluca. E lá, Maxi já não era mais lateral esquerdo: em posição mais ofensiva, o atleta ora era ala, ora era ponta, mas sempre pelo lado esquerdo.
O jogador chegou ao Toluca ao fim da Apertura de 2022/23. E logo se apossou da titularidade: não sentou no banco de reservas em uma oportunidade sequer e, das 23 partidas que o clube disputou de forma oficial, o uruguaio esteve presente em todas.
Na temporada passada, o clube mexicano disputou 36 partidas oficiais, entre Apertura, Clausura e Leagues Cup, e Maxi não jogou em apenas três. Mas, em contrapartida, entrou do banco em nove oportunidades e, na reta final da Clausura de 23/24, perdeu a posição de titular absoluto.
Em toda a passagem pelos Diabos Rojos, até o presente momento, os números são consideráveis. Nas 58 partidas que vestiu o alvirrubro do clube mexicano, o uruguaio balançou as redes em nove oportunidades e contribuiu com outras nove assistências.
Além dos números já citados, a importância do uruguaio aos Choriceros é exemplificado nos pequenos prêmios. Esteve presente na seleção da semana da Clausura de 2022/23 em três oportunidades e, ao fim da temporada, foi coroado como melhor ponta esquerda do torneio.
Aos 24 anos, Maxi Araújo é uma das principais apostas dos uruguaios para a renovação da seleção celeste. Depois da aposentadoria de Cavani da seleção e do iminente adeus de Suárez, chegou a hora de outros jogadores assumirem a posição de liderança deixada pelos ídolos do passado.
Na Copa América, isso vem sendo posto em prática. É dos pés de Federico Valverde, Darwin Nuñez e de outros jogadores, como Maxi, que a felicidade uruguaia se torna uma realidade. Com nove pontos em três jogos, a seleção se classificou em primeiro do Grupo C, segue 100% na disputa e, agora, enfrenta o Brasil no mata-mata.
Ao lado do jogador do Real Madrid, Maxi Araújo é o principal atleta uruguaio na competição. Isso porque, atuando pelo lado esquerdo do campo como um ponta, o ala de 24 anos é um dos articuladores e criadores do sistema escolhido por Marcelo Bielsa na Celeste.
Com dois gols e uma assistência nos três jogos, os quais atuou uma média de 69 minutos por partida, Maxi não se restringe apenas ao ataque na equipe nacional. Pela experiência no setor defensivo, no início da carreira, o jogador de 24 anos atua com veemência nas três faixas do campo. É um jogador incansável, presente na defesa, meio-campo e ataque, mas sempre pelo lado esquerdo.
A edição de 2024 da Copa América marca um ponto na linha temporal da seleção celeste. É a exata marca de uma renovação no elenco. Ainda não dá para dizer que é bem sucedida, mas, até a publicação deste artigo, trilha os passos de forma esperançosa.