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·17 de agosto de 2025

Análise: reservas do São Paulo não têm noite brilhante, mas reação e jovens são boas notícias para Crespo

Imagem do artigo:Análise: reservas do São Paulo não têm noite brilhante, mas reação e jovens são boas notícias para Crespo

Por Thais Bueno

Os reservas do São Paulo não tiveram uma noite brilhante no empate em 2 a 2 com o Sport, no último sábado, na Ilha do Retiro. O Tricolor estava perdendo por 2 a 0 e foi buscar o resultado. Dois pontos, assim, hão de ser valorizados: o poder de reação da equipe e a importância dos jovens formados em Cotia.


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O técnico Hernán Crespo levou a campo uma escalação bastante alternativa do São Paulo já visando o duelo de volta das oitavas de final da Libertadores, marcado para esta terça-feira. Ele promoveu, ao todo, a entrada de seis jogadores formados em Cotia no time titular. Houve uma mudança, ainda, no esquema tático: o costumeiro 3-5-2 deu lugar ao 4-3-3, com Dinenno no comando do ataque.

Mesmo com um time diferente do usual, foi o São Paulo quem deu as caras em Recife e teve o domínio das ações do jogo nos primeiros minutos, chegando até a criar boa chance com Dinenno, que desperdiçou. Contudo, infelizmente, o goleiro Young cometeu um erro grave em sua estreia. Ao sair jogando, o jovem entregou a bola nos pés de Lucas Lima e não conseguiu corrigir o erro com a defesa. Assim, foi o Sport quem abriu o marcador.

O gol cedo do Sport condicionou bastante a sequência da partida. O Sport, com o resultado nas mãos e brigando contra o rebaixamento, abriu mão da posse e passou a apostar em contra-ataques. O São Paulo ficou com a bola e povoou o campo de ataque, especialmente pelos lados, mas teve problemas para encontrar espaços. O Tricolor também seguiu errando na saída de bola e viu o time pernambucano recuperar bolas perigosas perto da área.

O São Paulo, em meio às tentativas de empate, passou a deixar mais espaço na defesa e viu o Sport crescer no campo de ataque, sobretudo em bolas aéreas dentro da área. O Tricolor não conseguiu marcar Lucas Lima, principal articulador de jogadas dos donos da casa. Após abrir o placar, as principais chegadas da equipe pernambucana foram em cabeceios.

Em resumo, foi nítida a falta de entrosamento do São Paulo no primeiro tempo. Com muitos jovens em campo, ansiosos para mostrar serviço, o Tricolor se mostrou um pouco afoito nas ações com a bola e foi praticamente nulo no campo de ataque, sem assustar o gol defendido por Gabriel. A defesa são-paulina também não se mostrou das mais seguras e sofreu principalmente em cruzamentos pelo alto.

São Paulo se complica, mas não se entrega e busca resultado

O São Paulo voltou do intervalo cometendo os mesmos erros na bola aérea. Só que, dessa vez, o time de fato foi punido pelas falhas de posicionamento. Com quatro minutos, Derik Lacerda subiu entre Alan Franco e Sabino e cabeceou para fazer o segundo do Sport, o que complicou ainda mais a vida do Tricolor.

O São Paulo não fazia um bom jogo em Pernambuco, isso é fato. O time, porém, não se entregou, e as alterações de Crespo surtiram efeito – especialmente com a entrada do garoto Henrique Carmo. Foi o jovem atacante que cobrou o escanteio no gol de empate de Lucas Moura. O tento renovou as esperanças do Tricolor e deu uma injeção de ânimo na equipe, que passou a buscar avidamente o empate.

O cenário da partida mudou drasticamente após o primeiro gol do São Paulo. Os comandados de Hernán Crespo passaram a pressionar o Sport, chegando na área rival de todas as formas, mas especialmente pelos lados. O ímpeto inicial do time pernambucano caiu e o Tricolor soube se aproveitar disso, sobretudo na vontade demonstrada pelos jovens que foram a campo.

Mais do que a mudança de postura, o psicológico fez a diferença no resultado. O São Paulo ganhou moral ainda com o 2 a 1 no placar, enquanto o Sport tentou segurar a vitória, mas não conseguiu. Aos 45 minutos, depois de tanto martelar e jogar bolas na área, o Tricolor conquistou o empate em um chute de fora da área de Maik, que foi iluminado e anotou seu primeiro gol no profissional. Nos acréscimos, a equipe ainda poderia ter virado, mas Tapia perdeu grande chance.

De modo geral, Crespo acertou em poupar seus principais jogadores para o confronto decisivo das oitavas de final da Libertadores. A apresentação do São Paulo em Recife teve alguns problemas, é claro, mas é como Crespo disse: ao final do dia, fico com a reação. O Tricolor melhorou muito depois dos 20 minutos do segundo tempo e conseguiu um empate merecido – e importante – antes da decisão contra o Atlético Nacional.

Com o resultado, o São Paulo ampliou sua sequência invicta no Brasileiro para sete jogos (cinco vitórias e dois empates) e ainda conseguirá dormir no G6 da competição nacional. A equipe do técnico Hernán Crespo subiu para a sexta posição, alcançando os 29 pontos, e torce por um tropeço do Mirassol para manter o posto.

Agora, o São Paulo já muda o foco e retorna suas atenções a disputa do mata-mata da Libertadores. O Tricolor mede forças contra o o Atlético Nacional nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília), no Morumbis, no jogo de volta das oitavas de final. Com o empate sem gols na ida, a equipe são-paulina precisa de uma vitória simples para avançar às quartas.

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