Análise: São Paulo volta a oscilar e tem desempenho irreconhecível contra o Bragantino | OneFootball

Marcelo Baseggio

O São Paulo voltou a oscilar na temporada ao ser derrotado pelo Red Bull Bragantino neste sábado, por 1 a 0, na Vila Belmiro, em Santos, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Depois de competir de igual para igual com o Flamengo, que polariza a disputa pelos títulos da Libertadores e do Brasileirão com o Palmeiras, o São Paulo não foi capaz de se impor diante do Red Bull Bragantino, que começa a crescer sob o comando do técnico Vágner Mancini.

Sem poder contar com Marcos Antônio e Pablo Maia, os mais novos lesionados do São Paulo, o técnico Hernán Crespo apostou em um meio-campo com Luiz Gustavo e Lucas Moura, além de Bobadilla, que já vinha sendo titular.

Lucas não fez um bom jogo e acabou sendo substituído no intervalo. O ídolo tricolor ainda está longe de sua forma física ideal após se recuperar de lesão e aos poucos vem sendo introduzido ao time, mas ainda não conseguiu dar um aperitivo à torcida do que um dia já foi capaz de fazer com a camisa do São Paulo.

Mas, a derrota deste sábado não é de responsabilidade de Lucas, nem de Maik, outra novidade do São Paulo e que assumiu a titularidade na lateral direita. Nenhum jogador que esteve em campo conseguiu fazer a diferença.

Claro que o Red Bull Bragantino teve seus méritos. A equipe visitante apresentou um sistema defensivo bastante sólido, não dando espaços para o São Paulo entrar na área. Prova disso é que a maioria das oportunidades do Tricolor foram criadas através de chutes de fora da área.

Com 11 desfalques por lesão, é impossível julgar o trabalho do técnico Hernán Crespo, que tem sido obrigado a lidar com uma série de problemas físicos no elenco desde que retorou ao São Paulo para iniciar rua segunda passagem como treinador, mas é verdade também que uma de suas funções é apresentar soluções para os diferentes problemas que surgem. Ele vem tentando.

Não há milagre a se fazer nesta reta final de temporada. Crespo conta com um elenco esfacelado, mas tendo de corresponder às expectativas da torcida pela vaga na Pré-Libertadores. Caso o objetivo não seja alcançado, o treinador não pode carregar sozinho o peso do fracasso de 2025. O argentino é mais uma vítima do ultrapassado sistema do São Paulo.