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·10 de novembro de 2025
Análise tática - Flamengo 3x2 Santos: Rubro-Negro mostra força, mas encontra antigos fantasmas em vitória crucial

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·10 de novembro de 2025

Se não fosse a reta final, a Nação Rubro-Negra teria saído do Maracanã no domingo (9) celebrando uma vitória categórica, daquelas que inflam o peito e sinalizam a força de um candidato ao título. O 3 a 2 sobre o Santos, no entanto, foi uma montanha-russa tática: mostrou um time capaz de ser avassalador, mas também perigosamente complacente.
A partida, que caminhava para um triunfo tranquilo por 3 a 0, se tranformou em um teste de maturidade desnecessário. O Flamengo de Filipe Luís dominou, sufocou e encantou no segundo tempo, mas precisou voltar ao jogo"nos acréscimos para garantir três pontos vitais.
Filipe Luís surpreendeu ao escalar De la Cruz na vaga do ainda ausente Jorginho. A tentativa de encontrar um novo equilíbrio no meio-campo, porém, não funcionou na etapa inicial. O uruguaio pareceu instável, errando passes simples e prejudicando a progressão ofensiva do time.
Mas o problema não foi só ele. O Flamengo como um todo sofreu com erros técnicos na saída de bola e na armação. Vimos uma equipe espaçada, longa e muitas vezes acelerando o jogo mais do que o necessário, fugindo de suas próprias características de controle.
O gol não saiu de uma jogada fluida, mas do abafa. Aos 36 minutos, após um escanteio e um bate-rebate, Léo Pereira mostrou faro de artilheiro e abriu o placar. Foi o prêmio pela insistência, não pela organização.
O que mudou no intervalo? O senso de urgência. O Flamengo entendeu a importância da partida e voltou do vestiário com uma postura completamente diferente. A equipe amassou o Santos.
O protagonista dessa mudança foi, mais uma vez, De Arrascaeta. O melhor jogador da temporada rubro-negra estava inspirado. Logo no início da etapa final, achou um passe brilhante para Carrascal ampliar o placar para 2 a 0.
A partir daí, vimos o Flamengo impor sua superioridade técnica:
Com o 3 a 0 no placar (feito por Bruno Henrique) e o jogo parecendo resolvido, Filipe Luís promoveu mudanças. Saúl e Luiz Araújo entraram; depois, Everton Cebolinha, Michael, Evertton Araújo e Viña.
Foi exatamente aí que o time desandou. A partir dos 40 minutos do segundo tempo, com as saídas de Arrascaeta e Pulgar, o Flamengo perdeu seus dois pilares de organização e contenção no meio.
A boa notícia é que o time teve maturidade para acordar a tempo. Nos acréscimos, o Flamengo soube prender a bola no campo de ataque, gastar o relógio e não correr mais riscos.
A vitória, garantida com emoção desnecessária, ganhou contornos ainda mais dramáticos com a derrota do Palmeiras. O Flamengo igualou os 68 pontos do líder, ficando atrás apenas pelo número de vitórias. O campeonato está completamente aberto.
No entanto, o apagão final serve como a maior lição desta reta final: não há mais espaço para vacilos!









































