Após ter contrato rescindido, zagueiro faz acusação de xenofobia na série B: “Nordestino de merd* e passa fome” | OneFootball

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·10 de outubro de 2025

Após ter contrato rescindido, zagueiro faz acusação de xenofobia na série B: “Nordestino de merd* e passa fome”

Imagem do artigo:Após ter contrato rescindido, zagueiro faz acusação de xenofobia na série B: “Nordestino de merd* e passa fome”

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O zagueiro Edson, que teve seu contrato rescindido com o Botafogo-SP na última quarta-feira (8), denunciou ter sido vítima de xenofobia durante partida contra o Coritiba, realizada na sexta-feira (3), pela Série B do Campeonato Brasileiro.


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O jogador foi expulso após dar uma cotovelada em Gustavo Coutinho e, em seguida, um tapa no rosto do lateral Zeca. Após o episódio, o clube do interior paulista decidiu encerrar seu vínculo com o atleta.

Por meio das redes sociais, Edson se manifestou sobre o caso e afirmou que foi alvo de insultos xenofóbicos por parte de Zeca.

“Na última sexta-feira (3), durante a partida contra o Coritiba pelo Campeonato Brasileiro, fui alvo de ofensas graves e inaceitáveis por parte do atleta Zeca, que me chamou, dentre outros termos, de ‘nordestino de merda’ e ‘passa fome’”, escreveu o zagueiro em seu Instagram.

Na quinta-feira (9), o ex-jogador do Botafogo-SP voltou a se pronunciar, reforçando a denúncia e criticando a postura do clube.

“Sempre fui um atleta exemplar, dentro e fora de campo. Em todos os meus anos no futebol, nunca vi algo assim: um jogador que reage a um crime dentro de campo ser punido pelo próprio clube, e não apoiado.

Fui vítima de xenofobia trabalhando! Esperei um gesto humano, um posicionamento, um mínimo de empatia, mas o que recebi foi frieza, abandono e indiferença. Fui ofendido, humilhado e desrespeitado por ser nordestino e, no fim, quem está sendo punido sou eu”, declarou.

O lateral Zeca, do Coritiba, também se pronunciou nas redes sociais, negando as acusações e afirmando que tomará medidas legais contra o zagueiro.

“Diante das declarações feitas pelo atleta Edson, venho a público esclarecer que, em nenhum momento, proferi as palavras ou ofensas mencionadas por ele durante a partida entre Coritiba e Botafogo-SP. Repudio veementemente qualquer forma de preconceito, discriminação ou ataque pessoal.

O que realmente ocorreu foi uma atitude lamentável e covarde, após ele já ter sido expulso da partida. Procurei manter a serenidade, pois acredito que o respeito e os limites devem existir em qualquer circunstância.

Diante da gravidade das acusações, o atleta Edson será responsável por provar tudo o que disse, pois trata-se de uma acusação infundada e que atinge minha honra e minha imagem profissional”, afirmou o jogador.

Os últimos dias não têm sido fáceis, mas por respeito a quem me acompanha e se preocupa comigo, decidi me manifestar sobre mais uma situação humilhante que vivi.

Nesta quarta-feira (8), em reunião com a diretoria do Botafogo-SP, fui surpreendido com a decisão de rescindir meu contrato por justa causa, o que me retira todos os direitos. Além de me tratar com desprezo num momento tão delicado, o clube ainda “viu uma brecha” pra se beneficiar dessa injustiça e se esquivar de suas responsabilidades.

Sempre fui um atleta exemplar, dentro e fora de campo e, sinceramente, em todos os meus anos no futebol, nunca vi algo assim: um jogador que reage a um crime dentro de campo ser punido pelo próprio clube, e não apoiado.

Fui vítima de xenofobia trabalhando! Esperei um gesto humano, um posicionamento, um mínimo de empatia, mas o que recebi foi frieza, abandono e indiferença. Se nem meu próprio empregador me respeita, por que alguém de fora vai se importar?

Fui ofendido, humilhado e desrespeitado por ser nordestino e, no fim, quem está sendo punido sou eu. Saí da minha casa pra trabalhar, entrei em campo, me doei por uma vitória e saí dele ofendido e demitido.

O Botafogo-SP perdeu a chance de mostrar grandeza e respeito à região mais discriminada do país.Perdeu a chance de se posicionar pelo certo.

Estou decepcionado e triste, mas sigo de cabeça erguida e com a consciência tranquila. Falei a verdade, defendi minha dignidade e as minhas origens. A minha luta agora é por justiça e respeito.

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