Athletico vai encarar novo calendário em 2026; entenda | OneFootball

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·01 de outubro de 2025

Athletico vai encarar novo calendário em 2026; entenda

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Nesta quarta, a CBF confirmou diversas mudanças que impactam tanto todas as divisões do Campeonato Brasileiro, como os campeonatos estaduais e competições regionais. Uma das alterações é o início do Brasileirão da Série A já em janeiro, além da mudança da final da Copa do Brasil, que será com jogo único e em campo neutro.

Entre outras medidas, destacam-se:


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  • Redução do número de datas dos campeonatos estaduais – máximo de 11 datas no calendário (diminuição de 5 datas)
  • Criação da Copa Sul-Sudeste, torneio que reunirá clubes do Sul e Sudeste do país;
  • Adequação das competições nacionais às janelas internacionais, evitando sobreposição de datas com torneios da Conmebol, por exemplo;

O objetivo declarado da entidade é reduzir o desgaste físico dos atletas, alinhar o calendário brasileiro ao padrão internacional e proporcionar maior equilíbrio entre competições nacionais e internacionais.

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CBF anunciou mudanças no calendário do futebol masculino | Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Chegada da Copa Sul-Sudeste

A criação da Copa Sul-Sudeste é uma das principais novidades para clubes do Sul e Sudeste. O torneio acontecerá de 25 de março a 7 de junho e reunirá clubes de maior expressão das regiões. Serão 12 times na disputa, mas vale ressaltar que os que disputarem torneios da Conmebol (Libertadores e Copa Sul-Americana) não participam.

Formato de disputa:1ª Fase (Grupos): 2 grupos, com 6 clubes em cada, e disputa em turno único fora do grupo – 36 partidas nesta fase2ª Fase (Semifinais): 2 melhores colocados de cada grupo avançam e decidem a vaga em jogos de ida e volta3ª Fase (Finais): Decisão do título em jogos de ida e volta

Para o Athletico, a competição representa uma chance de disputar jogos de alto nível antes do início do Brasileirão ou da Série B, além de manter contato com a torcida em períodos de menor calendário.

Dois cenários para o Brasileirão 2026

O ponto mais crítico para o Athletico em 2026 é o Campeonato Brasileiro. O clube disputa a segunda divisão em 2025 e ainda não tem vaga assegurada na elite para o próximo ano. Com isso, os impactos do novo calendário precisam ser analisados nos dois cenários:

1. Acesso à Série A

Se o Athletico conquistar o acesso, terá uma Série A mais organizada, com espaçamento maior entre jogos, pois a competição ocorrerá de 28 de janeiro a 2 de dezembro (com a parada para a Copa do Mundo). Isso permitirá rodízio de elenco, planejamento de treinos e menor desgaste físico, fatores decisivos para desempenho em competições simultâneas.

Vale lembrar a sequência de 13 jogos do Athletico entre maio e junho de 2024, nas competições de Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Copa Sul Americana. Foram 5 vitórias, 3 empates e 5 derrotas.

2. Permanência na Série B

Caso permaneça na Série B, o clube enfrentará a competição de 21 de março a 28 de novembro. O calendário mais definido e espaçado permitirá maior organização, mas ainda manterá a pressão típica da Série B. A redução de jogos no Campeonato Paranaense trará os mesmos efeitos: menos desgaste físico, porém menor receita de bilheteria e exposição regional.

Estadual mais curto

O Campeonato Paranaense sofrerá redução de 16 para 11 datas. Essa medida tem impacto direto no planejamento do Athletico, seja qual for o cenário da Série B ou A em 2026.

Com o Campeonato Brasileiro tendo seu início marcado para janeiro, a antiga decisão do Furacão em usar os aspirantes pode ser retomada. Desde 2023 o clube vai com o time principal, com a justificativa de “entrosamento” da equipe e pela alteração da limitação de inscritos.

Menos jogos estaduais significam, por um lado, menor sobrecarga para o elenco e mais espaço para treinamento, pré-temporada e preparação física de longo prazo. Por outro lado, implicam também redução de receitas provenientes de bilheteria, patrocínios locais e programas de sócio torcedor ligados ao Estadual.

Copa do Brasil: mudanças no torneio

A Copa do Brasil também sofrerá mudanças significativas a partir de 2026. A competição passa a contar com 126 clubes e 155 jogos (antes eram 122 partidas). Também há alteração sobre a entrada dos times da Série A: esses começam a jogar só na 5ª fase. A final também sofre mudança: assim como a Libertadores e a Sul Americana, a final da Copa do Brasil passa a ser disputada em jogo único e em campo neutro.

Fonte: CBF

Para o Athletico, que conquistou a Copa do Brasil em 2019, o novo formato altera a dinâmica das partidas decisivas. Naquele ano, o clube levantou a taça com uma campanha marcada por consistência e aproveitamento estratégico em jogos de ida e volta. O histórico mostra que o Furacão é capaz de se destacar em partidas de alto risco, mas o formato em jogo único reduz a margem de erro, o que torna cada partida ainda mais decisiva.

Além do impacto esportivo, a redução de partidas pode afetar receita de bilheteria e premiações, especialmente em fases decisivas. Ao mesmo tempo, aumenta a imprevisibilidade do torneio, com oportunidade de surpresas e resultados inesperados.

Impactos financeiros e estratégicos

A redução de datas em estaduais e possíveis jogos únicos na Copa do Brasil afeta diretamente a gestão financeira dos clubes. Menos partidas significam menor bilheteria, menor exposição para patrocinadores e ajustes necessários nas projeções de faturamento.

Mesmo sem mudanças estruturais na Série B (quantidade de clubes, sistema de disputa e rebaixamento permanecem os mesmos), caso o Athletico não consiga o acesso, o clube precisará adequar estratégias comerciais, como a realização de amistosos de pré-temporada ou torneios alternativos, por exemplo.

Adaptação e planejamento

O novo calendário da CBF representa uma mudança significativa para o futebol brasileiro e para o Athletico. O impacto depende diretamente do desfecho da Série B de 2025, mas, independentemente do cenário, o clube precisará:

  • Planejar elenco e preparação física de forma estratégica;
  • Buscar alternativas de receita para compensar redução de jogos;
  • Aproveitar oportunidades em novas competições regionais;

Com organização e adaptação, o Athletico terá a chance de transformar as mudanças da CBF em oportunidade competitiva e financeira, consolidando sua presença no futebol nacional e seu modelo de gestão.

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