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·16 de novembro de 2025

Auditoria interna identifica venda clandestina de uniformes oficiais dentro do Corinthians

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  1. Por Larissa Beppler | Redação da Central do Timão

Uma auditoria interna realizada no Corinthians identificou um esquema de venda clandestina de uniformes oficiais dentro das próprias dependências do clube. O caso integra uma série de irregularidades apontadas no relatório, que revela falhas graves na gestão, no controle e na distribuição dos materiais esportivos fornecidos pela Nike ao Timão.

Segundo o documento, o Corinthians recebeu 41.963 itens da fornecedora em 2025, um aumento de 24% em relação ao ano anterior, além de 13.503 itens licenciados adquiridos pelo próprio clube. Apesar disso, atletas de diversas modalidades ainda sofrem com a falta de uniformização básica, conforme antecipado pelo portal UOL. A Central do Timão teve acesso à íntegra do relatório e detalha a seguir um dos casos identificados pela equipe de auditores.


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Foto: Reprodução/Corinthians

Funcionário é flagrado vendendo uniformes do clube

Durante os trabalhos de auditoria, a equipe recebeu uma denúncia anônima que relatava a existência de comércio irregular de materiais institucionais, realizado tanto dentro quanto fora do Parque São Jorge. Segundo o denunciante, funcionários do próprio clube estariam atuando como intermediários, repassando itens oficiais da Nike a terceiros mediante pagamento.

Com o objetivo de verificar as informações, os auditores realizaram uma compra controlada em 11 de outubro de 2025, adquirindo duas camisetas oficiais por R$ 150 cada. O pagamento, via PIX, foi direcionado para uma conta bancária pertencente a um funcionário do próprio clube. Dois dias depois, em 13 de outubro, uma nova aquisição foi feita, desta vez, de um modelo roxo da coleção 2025.

As três peças foram analisadas e tiveram sua autenticidade confirmada pelo auditores, que atestaram tratar-se de materiais originais pertencentes ao estoque institucional. O relatório aponta três irregularidades principais: a comercialização de materiais oficiais do clube, a participação direta de um funcionário na transação e a realização da atividade ilícita dentro das dependências do Corinthians.

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Uniformes oficiais comercializados de forma irregular no clube. Foto: Reprodução/Relatório de Auditoria Interna

Diante da gravidade do episódio, um dos auditores comunicou imediatamente o presidente Osmar Stábile, que acionou as áreas competentes e se dirigiu pessoalmente ao local para acompanhar a apuração preliminar. Confrontado, o funcionário – identificado no registro do PIX como José Antonio de Melo – confessou o envolvimento na prática, segundo consta no relatório.

O caso foi encaminhado internamente para apuração administrativa e adoção das medidas cabíveis, somando-se a outras irregularidades apontadas pela auditoria, entre elas o montante de R$ 6,4 milhões em notas fiscais não lançadas no sistema e a ausência de inventário formal no almoxarifado do Parque São Jorge, que evidenciam problemas estruturais na gestão de materiais esportivos do Corinthians.

Polícia Civil abre inquérito; vice-presidente é intimado

Além da apuração interna, a situação passou a ser investigada pela Polícia Civil, depois que o Ministério Público identificou possível prática de furto qualificado e “comercialização paralela” de materiais destinados ao clube.

O inquérito está sob responsabilidade do delegado César Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), que já ouviu o auditor Marcelo Munhoes e intimou o vice-presidente do clube Armando Mendonça a prestar esclarecimentos no âmbito das investigações, uma vez que seu nome aparece no relatório como responsável pela diretoria na gestão dos materiais esportivos fornecidos pela Nike.

O documento também aponta que o dirigente retirou 131 itens sem solicitação formal ou justificativa registrada. Em reação às conclusões apresentadas, Mendonça encaminhou uma notificação extrajudicial aos auditores. Ele contesta os apontamentos feitos a si no relatório de auditoria interna e alega que não há “evidências mínimas, base documental idônea ou rastreabilidade probatória”.

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