Autor de relatório sobre materiais do Corinthians se defende e explica ‘sumiço’ de auditor | OneFootball

Marcelo Munhoes, diretor de tecnologia do Corinthians, participou da reunião do Conselho Deliberativo do clube na última segunda-feira, no Parque São Jorge, e falou sobre a auditoria interna, auditada por ele, para investigar um suposto desvio de materiais esportivos do Timão.

O profissional reforçou que o relatório foi elaborado a pedido do presidente Osmar Stabile e defendeu o trabalho. A auditoria foi criticada pelo vice do Corinthians, Armando Mendonça, um dos alvos da investigação.

“O relatório foi entregue a pedido do presidente, que fique claro. Houve um ofício presidencial para que fosse feito um trabalho. Esse trabalho foi entregue, está em posse do presidente há três semanas. As partes que se justifiquem. Eu, Marcelo Munhoes, não tenho nada a declarar. O trabalho foi feito com muito profissionalismo, decência, como sempre fazemos. O vice-presidente tem a liberdade de se defender e argumentar o que desejar”, disse Munhoes.

(Foto: André Costa/Gazeta Press)

‘Sumiço’ de auditor

Uma das reclamações do vice Armando Mendonça foi o eventual ‘sumiço’ de um dos auditores do trabalho. De acordo com ele, três funcionários do Departamento de Tecnologia do Corinthians haviam sido apontados como auditores: Marcelo Munhoes, Reginaldo Nascimento e Luiz Fernando. Todavia, no documento oficial ao qual ele teve acesso constavam apenas dois nomes: Munhoes e Reginaldo.

Marcelo Munhoes, por sua vez, explicou que a versão lida pelo vice não estava finalizada e confirmou que um dos auditores foi retirado por “motivos internos”. Ele, no entanto, preferiu não expor.

“No ofício presidencial tinham quatro pessoas. No trabalho final, assinaram duas. Tinha um funcionário do departamento de T.I. que foi retirado da auditoria por motivos internos, prefiro não expor. A versão que o Armando cita não era uma versão final. A versão final foi assinada pelas auditores e inclusive se encontra com o Conselho”, justificou.

Entenda o caso

A auditoria interna realizada pelo Corinthians constatou uma série de irregularidades na gestão dos materiais esportivos fornecidos ao clube.

A equipe responsável pelo relatório verificou não só um aumento elevado no número de itens retirados em comparação com 2024, mas também identificou materiais em condições precárias de uso, assim como almoxarifados com má higiene. Houve, ainda, a denúncia de um possível comércio irregular de produtos do Corinthians por parte de funcionários do clube.

O material já está sob posse da presidência do Corinthians e foi encaminhado ao Conselho Deliberativo, que por sua vez enviou o documento à Comissão de Justiça para apuração dos fatos. O caso também será acompanhado pela Comissão de Ética do Timão e investigado pela Polícia Civil.