
Central do Timão
·16 de outubro de 2025
Auxiliar do Corinthians lamenta postura dos atletas em derrota, analisa jovens e projeta sequência de Memphis e Garro

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·16 de outubro de 2025
Na noite desta quarta-feira, 15, o Corinthians foi até a Vila Belmiro enfrentar o Santos, em clássico pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, pendendo pelo placar de 3 x 1. O gol do Alvinegro foi marcado pelo volante Raniele após cruzamento de Matheuzinho. Com o resultado, o clube do Parque São Jorge se mantém na 12ª posição com 33 pontos (oito vitórias, nove empates e 11 derrotas – 30 gols marcados e 35 sofridos).
Após a partida, o auxiliar técnico Lucas Silvestre, que substituiu o suspenso Dorival Júnior no duelo, concedeu entrevista coletiva, onde respondeu a diversas perguntas dos jornalistas, avaliando o desempenho e a postura da equipe no clássico, além de analisar as decisões da comissão técnica e falar sobre alguns atletas em específico. Confira as principais respostas do treinador:
Foto: Reprodução/YouTube
Análise de desempenho e postura
“Inicialmente, nossa postura desde o começo do jogo, especialmente no primeiro tempo, foi muito ruim, bem abaixo do que vínhamos produzindo e da forma como atuamos. A derrota passa menos por aspectos táticos e mais pela energia e disposição, pontos que deixamos a desejar. É um momento dolorido, mas precisamos aprender e mudar a chave, pois sábado tem Atlético-MG e a postura vai ser outra. O jogo exigiu dedicação, energia e entrega que não tivemos, o que condicionou o resultado. O gol cedo influenciou bastante, e a preparação foi feita, os jogadores foram alertados para a intensidade e pressão do Santos, mas depois do gol perdemos energia e espaço.”
Minutagem de Garro e Memphis
“Quanto ao Garro, ele veio de um tempo parado, foi acordado em conjunto que estaria disponível para 25 a 30 minutos. Mesma situação do Memphis, também decidido após conversas com atleta, fisiologia, médicos, que ele só jogaria de 25 a 30 minutos por conta da última data FIFA. Por isso, mesmo com necessidade técnica, os dois não retornaram no intervalo. Era importante pensar na sequência e evitar lesões, por isso fizemos só de 25 a 30 minutos. Tudo foi acordado pelo clube e seguimos o planejamento.”
E nos próximos jogos?
“O Memphis deve estar apto para atuar os 90 minutos ou boa parte. Com Garro, a ideia é aumentar progressivamente a carga; ele fez 30 minutos hoje após mais de um mês parado, cerca de seis semanas. Vamos avaliar como ele estará amanhã para decidir o melhor para a próxima partida, considerando o período afastado e pensando sempre na recuperação ideal dos atletas, para que contribua cada vez mais.”
Saída de Gui Negão
“O Gui não teve um bom primeiro tempo, então a alteração foi técnica. Taticamente, precisávamos de mais flutuação, característica que o Kayke poderia nos dar, ora aberto, ora por dentro. Infelizmente, o jogo não saiu como planejado e foi necessário mudar. Mas é um atleta em quem confiamos muito; apostamos nele e em todos os meninos. O banco era praticamente sub-20, investimos nos garotos que deram respaldo. André e Kayke entraram bem, então mesmo com resultado ruim, é importante valorizar pontos positivos da equipe.”
Situação de Martínez
“Martínez, a partir de amanhã vamos entender também o que aconteceu. Chegou hoje no centro de treinamento, não participou de toda a preparação na data FIFA. E a partir de amanhã a gente conversa com ele, vai entender o que aconteceu para após isso definir qual é a situação com relação ao Martínez.”
Elogio ao rival
“Primeiro, preciso valorizar e parabenizar o adversário, que fez um grande jogo. Tecnicamente, hoje não fomos assertivos como nas últimas partidas, o que dificultou nossas saídas de jogo. Não achamos homens livres, sofrendo pressão do Santos que nos tirou do ritmo. Com energia baixa e pouca assertividade, tivemos dificuldades para construir e encontrar opções, inclusive com os jogadores de frente por várias vezes em cima da última linha. No segundo tempo, tomamos gol cedo e isso condicionou o resto da partida, dificultando buscar o resultado.”
Por que não mexeu no primeiro tempo
“Essa pergunta é importante porque tínhamos um banco jovem e os mais experientes não podiam atuar por longo tempo. A ideia era reorganizar o time em campo e só colocar os meninos no intervalo se necessário. Não era o caso de jogar toda pressão nos meninos subindo agora, como André, Dieguinho, Kayke. Tentamos adiantar o Hugo na linha da frente, caso houvesse dificuldade na linha de cinco, formar duas linhas de quatro, pois Igor Vinícius baixava muito. Adiantamos o Hugo para pressionar, mas faltou energia e isso comprometeu o resultado no primeiro tempo.”
Desempenho irregular em derrotas
“Vejo Sport e Juventude diferente do Santos. O Santos tem mais qualidade, mesmo vivendo momento difícil, e muito recurso para melhorar. Os momentos ruins vêm após bons. Tivemos três partidas boas, apesar da derrota pro Flamengo, empate com Internacional e vitória sobre o Mirassol. Para esse jogo, esperávamos postura diferente; a preparação foi feita e jogadores alertados, mas não traduzimos isso em campo. A situação indigna todos, e sábado a postura será diferente.”
Desempenho da defesa
“Nossa defesa não sofreu gols contra o Mirasol. Vínhamos de jogos defensivos fortes, apesar de dificuldades contra o Mirassol; contra o Flamengo fizemos bons minutos defensivos. Hoje foi atípico, deixamos a desejar coletivamente. Não posso responsabilizar só a última linha, a marcação é de todos. Nossa taxa de duelos ganhos foi baixa; em clássico isso é determinante, dificulta e praticamente entrega o jogo ao adversário.”
Apatia em jogos importantes
“Você mencionou que o Santos tratou o jogo como uma final, e foi assim que preparamos nossa equipe. Não vejo dessa forma, pois tivemos bons jogos fora, vencendo Fluminense, Vasco, Ceará, mas dentro de casa nem sempre pontuávamos. Após bons momentos, por vezes não entramos no jogo como deveríamos. É preciso entender essas quedas e reagir no jogo seguinte, buscando maior constância no campeonato, para dar confiança ao torcedor com uma sequência positiva de vitórias.”
Há confiança nos jovens?
“Pelo contrário, se tecnicamente não tivessem qualidade, nem estariam aqui. Só não podemos jogar toda responsabilidade nos meninos num clássico, perder de 2 x 0 e já fazer substituição no primeiro tempo. Planejamos soluções se o plano inicial falhasse, ajustamos defensivamente como treinado e, quando não funcionou, mudamos no intervalo. Confiamos muito nesses atletas jovens; Dorival não tem receio de lançar garotos e sempre aposta neles, muitos da base atuando com frequência.”
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