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·06 de dezembro de 2025

BASTIDORES QUENTES: Carlomagno teve de explicar demissões de funcionários para o elenco do São Paulo

Imagem do artigo:BASTIDORES QUENTES: Carlomagno teve de explicar demissões de funcionários para o elenco do São Paulo

O AVANTE MEU TRICOLOR já revelou anteriormente que Marcio Carlomagno, extraoficialmente o novo CEO do São Paulo (segundo palavras do próprio presidente Julio Casares), que despacha agora diariamente do CT da Barra Funda, ganhou a antipatia do elenco por conta de cobranças por resultados feitas após a derrota do São Paulo para o Mirassol pelo Campeonato Brasileiro, em outubro.

Na ocasião, o dirigente azedou a boa impressão deixada quando assumiu as funções no departamento de futebol profissional, pois prometeu e pagou os direitos de imagem que estavam atrasados.


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Em um movimento interno, os jogadores entenderam que quem deveria cobrar deles alguma coisa era Carlos Belmonte, ainda o diretor de futebol. E não Carlomagno, que não foi apresentado como um dirigente do departamento até então.

Quando o próprio Belmonte tratou de explicar as funções do que seria o seu substituto, a coisa piorou mais um pouco. O ex-diretor era admirado e respeitado pelo plantel, o que deixou a impressão de que teve o tapete puxado pelo agora CEO.

Ademais, os jogadores também não gostaram de ouvir que o cenário na Barra Funda é de indisciplina e falta de comando. E o novo gestor é visto como o responsável por vazar as informações, consideradas falsas.

Pois bem, neste sábado (6), após o treino e antes do embarque a Salvador (BA) para a despedida no Brasileirão contra o Vitória, Carlomagno teve mais um episódio de atrito com os jogadores. Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou com pelo menos quatro fontes diferentes, os atletas foram cobrar os motivos pelos quais sete funcionários do CT da Barra Funda foram demitidos.

Deixaram o São Paulo o fisiologista Luis Fernando de Barros, filho do médico e fisiologista histórico do São Paulo Turíbio Leite de Barros, Adriano Titton (preparador físico), Almir Rosano (podólogo), Ricardo dos Santos (massagista), Ailton Rodrigues (encarregado dos massagistas), Cristiano Ramos (líder de rouparia) e Daniel Barbosa (encarregado de segurança).

Algum dos nomes acima possuem grande afinidade com os jogadores, uma relação quase de cumplicidade. Em um clube sem psicólogo, muitos dos funcionários serviam de divã, ouvindo e aconselhando os atletas.

Barbosa, por exemplo, estava no CT da Barra Funda há mais de 35 anos. Era o funcionário mais antigo em atividade no local.

Nada mais natural, contudo, que as demissões afetem os jogadores. O papo de Carlomagno foi com os líderes do elenco. Foi usado como justificativa argumentos como readequação orçamentária e mudança interna de planejamento. Não convenceu. Mas também não gerou grandes rusgas. Decidiu-se pela serenidade. Mas é mais um episódio de conflito.

Entre os demitidos, nas conversas de despedida com os jogadores, a ideia é de que foram usados como ‘bode expiatório’ pela crise institucional vivida nesta temporada. Dois deles que falaram com a reportagem neste sábado alegam se sentir injustiçados.

“Não teve nem conversa. Me chamaram para a sala e me agradeceram pelos serviços prestados. São coisas que acontecem na vida. Mesmo se longe eu vou continuar torcendo muito por esses jogadores, que são guerreiros”, disse um deles, que pediu para não se identificar.

Entre os jogadores, foi decidido se manter a promessa feita meses atrás. Caso o São Paulo conquiste a vaga na Libertadores, o pagamento de uma premiação está previsto. E o elenco decidiu dividir o valor com os funcionários, inclusive os que saíram agora.

O AMT revelou no início da semana que Casares estava decidido a seguir a orientação de Carlomagno e promover um ‘passaralho’ na Barra Funda. Nos bastidores, a medida é vista como uma tentativa de ‘limpar’ o ambiente, ainda amigável a Belmonte. Oficialmente, a alegação é de oxigenar o futebol com sangue novo, mais disposto. As demissões deverão continuar no decorrer da próxima semana. Até 17 profissionais ao todo deverão deixar o clube.

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