Brasil perde para Japão com ex-Flamengo como protagonistas (para o bem e para o mal) | OneFootball

O Brasil até deu pinta de que desempenharia bem novamente, mas passou um vexame histórico nesta terça-feira (14). Após abrir 2 a 0, a Seleção de Carlo Ancelotti sucumbiu e levou a virada do Japão, que venceu por 3 a 2 e garantiu o primeiro triunfo da história sobre o país. De quebra, com protagonismo de dois jogadores ex-Flamengo.

Por um lado, Lucas Paquetá teve destaque positivo e contribuiu com os dois gols da Seleção. No segundo, inclusive, deu uma bela cavadinha para Gabriel Martinelli marcar. Por outro, Fabrício Bruno teve noite desastrosa, entregou o primeiro gol e não conseguiu evitar o segundo. E ainda esteve envolvido na origem do terceiro.

Escalações

JAPÃO: Zion Suzuki; Taniguchi, Watanabe e Junnosuke Suzuki; Sano, Minamino, Kamada, Doan e Kubo; Ueda e Nakamura

BRASIL: Hugo Souza; Paulo Henrique, Fabrício Bruno, Lucas Beraldo e Carlos Augusto; Casemiro, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Vini Jr, Luiz Henrique e Gabriel Martinelli

Como foi o amistoso entre Japão e Brasil em Tóquio

O primeiro tempo começou bastante morno no Estádio Nacional de Tóquio, com um Brasil bastante modificado e ainda tentando se encontrar nos primeiros minutos. O Japão, tecnicamente melhor que a Coreia do Sul, aproveitou para incomodar a Seleção, ainda que sem chances claras criadas.

A primeira grande chance do jogo, inclusive, foi dos japoneses. Aos 21 minutos, a seleção nipônica apostou em novo contra-ataque e chegou pela direita, em grande jogada de Ueda — o destaque do time. O camisa 10 mandou para o meio da área, em que Minamino entrava sozinho, mas o companheiro não conseguiu completar.

O Brasil, que já circulava bem a bola, começou a apertar após o susto. E o desafogo veio em jogada trabalhada entre Lucas Paquetá e Bruno Guimarães, que acionou o lateral-direito Paulo Henrique aos 25 minutos. O jogador do Vasco chegou completando para o gol e abriu o placar em Tóquio.

Seis minutos depois, a Seleção aproveitou nova troca de passes para ampliar. Paquetá recebeu de Vini Jr pelo meio, dominou e encontrou Gabriel Martinelli com uma cavada em direção à área. O atacante do Arsenal não titubeou, esperou a bola quicar e soltou a pancada para fazer 2 a 0 sobre o Japão.

No segundo tempo, o jogo mudou completamente de figura. O Japão voltou bem melhor, contou com momentos ruins da defesa brasileira e precisou de menos de 20 minutos para empatar o jogo — e com duplo protagonismo de Fabrício Bruno, zagueiro ex-Flamengo e hoje no Cruzeiro.

Primeiro, Fabrício Bruno errou completamente na saída de bola e errou um passe como primeiro homem, entregando nos pés de Minamino. O camisa 8, então, só dominou e fuzilou o goleiro Hugo Souza para diminuir. Com o Brasil mal no jogo, Ancelotti tentou fazer novos testes e tirou Vini Jr, mas acabou levando o segundo.

Confortável para trocar passes, o Japão chegou aos 16 minutos com Nakamura, que bateu de primeira pelo lado esquerdo do ataque. A bola tinha a direção do gol, mas encontrou Fabrício Bruno no caminho; o zagueiro espanou, mas não conseguiu evitar a trajetória e viu o adversário empatar.

O jogo seguiu contando essa história por algum tempo, com o Japão superior e trocando passes com conforto. O Brasil só chegou de verdade aos 21 minutos, em gol marcado por Matheus Cunha com desvio de Joelinton, mas o lance logo foi anulado por impedimento de Luiz Henrique.

Aos 25, mais uma resposta do Japão. Em cruzamento de Ito pela direita, Fabrício Bruno não conseguiu alcançar a marcação de Ueda, viu a bola desviar e resvalar na trave. Na cobrança do escanteio, Ueda levou a melhor pelo alto e decretou a virada para o time da casa.

Mesmo com 20 minutos pela frente, o Brasil nada fez. Completamente desorganizado e pego no contrapé pela superioridade do Japão, a Seleção tentou de forma atabalhoada buscar o empate, mas nem passou perto. A seleção da casa, por sua vez, controlou a bola e garantiu uma vitória histórica em Tóquio.