Coluna do Fla
·01 de outubro de 2025
Brasileirão em janeiro e nova Copa do Brasil: CBF muda calendário para 2026

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·01 de outubro de 2025
Com o objetivo de ‘desinchar’ o calendário em 2026, ano que terá pausa para a Copa do Mundo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou mudanças no cronograma. Destaque para o início do Brasileirão em janeiro, Copa do Brasil com final única e introdução da Copa Sul-Sudeste.
Com a liberação de datas, o Campeonato Brasileiro começará mais cedo. A primeira rodada ocorrerá no fim de semana de 28 e 29 de janeiro, se encerrando em 2 de dezembro.
A estrutura da competição será mantida, mas o adiantamento permitirá um intervalo maior para a realização da Copa do Mundo de 2026, que contará com 48 seleções. Estima-se uma pausa de 55 dias para os jogadores convocados, sendo 15 dias reservados como recesso.
A Copa do Brasil sofrerá expansão significativa, passando de 92 para 126 participantes. As quatro fases iniciais serão realizadas em jogo único, com clubes de menor pontuação no ranking nacional.
Os 20 times da Série A entrarão apenas na quinta fase, que marca o início dos confrontos de ida e volta. A final será em partida única, com sede definida antecipadamente, encerrando o calendário nacional em 6 de dezembro.
Além dos clubes das Séries A e B, também terão vagas os campeões das Séries C e D, os vencedores da Copa Verde, Copa do Nordeste e da nova Copa Sul-Sudeste. Todos esses entrarão diretamente na terceira fase.
O intervalo entre semifinal e final será de aproximadamente um mês. Desse modo, irá facilitar organização de torcedores e logística de deslocamento.
Os campeonatos estaduais terão redução no número de datas, passando de 16 para 11, mas ainda ocuparão um período de três meses. As disputas começam em 11 de janeiro e terminam em 8 de março.
Essa alteração atende a uma antiga demanda de clubes e técnicos, que enfrentavam dificuldades com o calendário apertado.
A proximidade entre a final da Copa do Brasil e o início da Copa Intercontinental é motivo de atenção. A CBF estima uma diferença de apenas três dias entre os dois eventos, caso o calendário internacional se mantenha como previsto. A entidade afirma que não havia mais margem para ajustes nas datas nacionais.
Os torneios regionais ocorrerão após os estaduais, entre 25 de março e 7 de junho. A nova estrutura impede que clubes classificados para Libertadores ou Sul-Americana participem dessas competições no mesmo ano. A Copa do Nordeste, por exemplo, será disputada por 20 clubes divididos em quatro grupos de cinco.
A nova Copa Sul-Sudeste reunirá 12 clubes sem calendário internacional. Serão dois representantes de cada um dos seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Os times serão divididos em dois grupos de seis. A competição visa dar calendário e visibilidade a equipes de menor expressão e clubes do interior.
Entre janeiro e março, o Brasileirão será disputado ao lado dos estaduais e das fases iniciais da Libertadores. Isso gerará uma sobreposição de competições, especialmente para clubes que também estarão nas fases eliminatórias da Conmebol. Em alguns casos, haverá três torneios simultâneos, gerando pressão sobre elencos e logística.
A Copa Verde será dividida em duas conferências: Norte e Centro-Oeste. O Espírito Santo jogará na conferência Centro-Oeste. Os vencedores de cada conferência garantirão vaga na terceira fase da Copa do Brasil e disputarão entre si o troféu da Copa Verde.
A Série C terá rebaixamento reduzido para dois clubes. Seis equipes subirão da Série D, ampliando gradualmente o número de participantes. Em 2026, a Série C terá 24 clubes, chegando a 28 em 2028, conforme o plano da CBF.
A Série D, por sua vez, terá um salto imediato no número de participantes: de 64 para 96. A competição ocorrerá entre 5 de abril e 13 de setembro. Com isso, o número total de jogos aumentará de 510 para 610, ampliando a atuação dos clubes de menor porte.
A temporada nacional será aberta com a Supercopa do Brasil, em data e local ainda a serem definidos. A edição anterior ocorreu no Mangueirão, em Belém.
A CBF estima que a implementação das mudanças, incluindo novos torneios, apoio a clubes das divisões inferiores e adaptações estruturais, terá um custo de aproximadamente R$ 82 milhões.
Segundo dirigentes da CBF, o novo modelo busca equilíbrio entre os diferentes níveis do futebol nacional. O objetivo é diminuir a sobrecarga das equipes da elite, que atualmente jogam em média 67,5 partidas por temporada, e oferecer calendário anual a clubes que antes ficavam inativos por longos períodos.
A expectativa é de redução de até nove jogos por temporada para os times da Série A. Além disso, a inclusão de 82 novos clubes no calendário nacional, um crescimento inicial de 26%.
Durante o evento de lançamento, o presidente da CBF, Samir Xaud, afirmou: “As mudanças visam à justiça esportiva e ao equilíbrio competitivo. A construção do novo calendário envolveu clubes, federações e especialistas de diversas áreas. O ano de 2026 será de transição, mas representa o primeiro passo para um modelo mais sustentável.”
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