
Gazeta Esportiva.com
·04 de setembro de 2025
Campeão olímpico em 2016, Rogério Micale relembra convocação de Weverton

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·04 de setembro de 2025
Decisivo na final, Weverton, do Palmeiras, foi importante para a conquista da inédita medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Rogério Micale, treinador da Seleção olímpica na época, falou sobre a escolha e destacou a capacidade de decisão do goleiro.
“A gente estudou muito, porque em torneios como Copa do Mundo ou Olimpíadas você está sujeito a decidir nos pênaltis. E aí precisa escolher um goleiro com capacidade para isso. O Weverton foi escolhido por esse motivo. Assim como eu havia levado o Fernando Prass antes, não só porque ele era experiente, mas porque também poderia ser decisivo numa situação como essa”, disse Rogério Micale em entrevista ao podcast #TáNoJogo nesta quarta-feira.
Inicialmente, o treinador convocou Fernando Prass (Palmeiras) e Uilson (Atlético-MG) para defender a meta da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos. No entanto, o goleiro do Verdão precisou ser cortado por lesão e Weverton, que defendia o Athletico-PR, foi chamado.
O arqueiro do Furacão assumiu a titularidade da equipe e participou de todos os seis jogos da campanha, sem sofrer gols até a final.
Na disputa pela medalha de ouro, Neymar abriu o placar para a Seleção Brasileira e Max Meyer empatou para a Alemanha. Na disputa de pênaltis, quando o placar estava empatado em 4 a 4, Nils Petersen pegou a bola para bater a quinta penalidade dos alemães.
“Nosso treinador de goleiros e analista de desempenho buscaram todos os pênaltis batidos pelos cobradores da Alemanha. Descobrimos que, em oito cobranças recentes, ele (Nils Petersen) havia batido quatro para um lado e quatro para o outro.”
Weverton defendeu a cobrança e Neymar marcou o gol do título do Brasil, em pleno Maracanã.
“Como definir para onde ele bateria na final? A análise foi a seguinte: quando o jogo estava tranquilo, resolvido, ele batia em um canto. Quando o jogo era decisivo, apertado, batia no outro. Se eu não me engano, quando precisava, ele escolhia o lado direito. Como se tratava de uma final de Olimpíada, entendemos que ele bateria no seu lado de segurança. Passamos essa informação ao Weverton. E o efeito não foi só no pênalti do Petersen, mas em outras cobranças também. Ele conseguiu acertar o lado em três cobranças. Em uma delas, até bateu na mão dele e entrou, mas a leitura foi correta. Esse detalhe fez toda a diferença. Muita gente acha que numa disputa de pênaltis é tudo aleatório, mas não é. Existe estudo, preparação e estratégia”, revelou Rogério Micale.