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·12 de maio de 2020

Carlos Henrique: o brasileiro recém-chegado na Albânia

Imagem do artigo:Carlos Henrique: o brasileiro recém-chegado na Albânia

A coluna Lado B do Futebol de hoje, conta a história de Carlos Henrique, 24, mais conhecido como Tuxa. Oriundo de Lençóis Paulista, cidade que fica a 286 km de São Paulo, o meia-atacante iniciou sua carreira profissional no sub-20 do Esporte Clube Noroeste, com a finalidade de disputar a 2ª divisão do Campeonato Paulista.

A princípio, o jogador teve passagens rápidas em alguns times paulistas e também em Minas Gerais, pelo Uberaba FC. Atualmente, se encontra na Europa, mais precisamente na Albânia, país com uma estimativa de 2.867.000 habitantes. Foi transferido como reforço de inverno para o Klubi Sportiv Flamurtari Vlorë, uma agremiação poliesportiva com sede na cidade de Vlora.


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A bagagem conquistada no Brasil

Como dito anteriormente, Tuxa vestiu algumas camisas, e entre elas foi a do Uberaba. Sendo assim, no ano de 2018, o meia disputou o Campeonato Mineiro Módulo II. Entrou em campo 10 vezes e marcou dois tentos. “O jogador, ainda mais na minha posição, dois gols em 10 jogos é pouco. Mas eu ajudei muito a equipe em questão da minha posição, e em outras funções”, comentou Carlos.

Em contrapartida, à sua atuação mediana em Minais Gerais, o ano seguinte seria de grande importância para sua carreira. Foi no Paulista, time de Jundiaí, que começou a se destacar e marcar gols e assistências. Logo, foi considerado o principal nome na 1ª fase do campeonato. Assim, conquistou a torcida do Galo e fez parte da classificação em 1º lugar entre 41 equipes participantes. Com efeito, o time foi consagrado campeão e Carlos Henrique pôde adicionar um título em seu currículo como jogador.

“Creio que no Paulista foi uma das minhas melhores fases. Lá evoluí bastante, tive oportunidade de fazer parte da história desse time de camisa, um time grande. Para mim não tem maior felicidade do que sentir o gosto dessa vitória”, declarou Tuxa.

A mudança para a Europa

É sabido que o sonho da maioria dos jogadores brasileiros é poder jogar na Europa. Portanto, Carlos aceitou uma proposta para jogar na Albânia, pelo time Flamurtari Vlorë, este que já participou de campeonatos como a Europe League e possui três taças do Campeonato da Albânia. O jogador contou mais sobre a mudança:

“Foi através dos jogos que eu fiz no Paulista, e aí um treinador me fez um convite. Logo no começo do ano, graças a Deus, tive a oportunidade vir para cá (Albânia). Faz quatro meses que eu estou aqui, e está sendo uma experiência muito boa, tanto no futebol como na vida. Estou aprendendo muitas coisas e estou muito grato”

O impacto da imigração

De antemão, foram apenas 4 jogos disputados com a nova equipe, pois assim como o mundo inteiro, as competições nacionais foram paralisadas devido a pandemia de coronavírus. Contudo, o atleta compartilhou conosco suas primeiras impressões do país e quais foram os impactos sentidos até o momento.

“A maior dificuldade foi a língua, o albanês é um idioma difícil. Mas graças a Deus, aos poucos, cerca de uns dez dias eu fui evoluindo e já peguei o jeito dos albaneses. Sobre a comida, a única coisa que muda, é que aqui comem muita sopa, macarrão, muita massa. Diferente do Brasil que a gente tem um churrasquinho, uma feijoada. Aqui já não tem essas comidas, é raro encontrar”

Perguntado sobre qual era a maior saudade que ele sentia em relação ao Brasil e como lidar com a questão da saúde mental em relação a essa mudança tão brusca, o jogador declarou:

“A maior saudade com certeza é minha família, minha vó, meu sobrinho, minha mãe, meus irmãos… Sinto muita falta deles, e estando longe a gente não pode dar nem um abraço. Por mais que a gente se veja por vídeo, não é a mesma situação. Acho que essa é a parte mais doída de um jogador de futebol. Eu creio que todo jogador tem que pensar já dessa maneira, que vai ter que suportar a saudade, que vai ter que se cuidar em dobro por estar sozinho.”

O amor pelo futebol

No Brasil, o atleta se considera São Paulino e tem como modelo e inspiração o ‘craque’ Ronaldo Fenômeno. “O que eu mais admiro nele é a superação que ele teve durante a carreira. Eu me inspiro nele, é uma pessoa de bom caráter e um bom jogador” declarou o Tricolor. Seu sonho como jogador de futebol é participar de uma Champions League, e não deixa de lado o sonho de fazer parte da equipe da Seleção Brasileira, que é o alvo de todo jogador brasileiro.

“O futebol é uma parte da minha vida, desde pequeno eu tive esse dom que Deus me deu. Fico muito orgulho por isso.” expressou.

A saudade do esporte

Em conclusão, como já dito anteriormente, o futebol teve de ser paralisado por conta da Covid-19, e o retorno está sendo lento e gradual no mundo inteiro. Refletindo sobre este momento, Tuxa deixou um recado:

“É um momento difícil que estamos passando, a humanidade necessita do esporte, então está fazendo muita falta. Mas temos que manter a esperança e orar muito, e pedir a Deus, para que amanhã possamos voltar a jogar e ver torcedores no estádio.” View this post on Instagram life is like a game, today you lose tomorrow you win !! A post shared by tuxaa (@96tuxaa) on Mar 24, 2020 at 2:11pm PDT Foto Destaque: Reprodução/oGol

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