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·07 de novembro de 2025

Cartão corporativo: Comissão de Justiça recebe faturas pendentes do início do mandato de Andrés Sanchez

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  1. Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

As investigações internas sobre gastos indevidos ocorridos em gestões passadas do Corinthians seguem acontecendo no Parque São Jorge. A Central do Timão apurou que nesta semana, a Comissão de Justiça do Conselho Deliberativo (CD) recebeu em mãos as faturas do cartão corporativo do clube para os sete primeiros meses da gestão de Andrés Sanchez, cujo mandato foi exercido entre 2018 e 2020. Os documentos serão analisados pelo órgão em reunião nos próximos dias.

Embora os gastos do ex-presidente já estivessem sob investigação, e até mesmo denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), tais procedimentos ainda não levavam em consideração o período entre janeiro e julho de 2018. Isso pois neste período, o Alvinegro mantinha parceria bancária com a American Express, com direito a apenas um cartão onde centralizava seus gastos, e tais faturas ainda não haviam sido cedidas.


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Foto: Reprodução/Corinthians

Apenas a partir de agosto de 2018, quando o Corinthians trocou este banco pelo Santander, é que passou a emitir cartões secundários, incluindo um para gastos da presidência. Estas faturas já haviam sido cedidas, e na apuração dos gastos foram encontradas dezenas de despesas suspeitas de não terem relação com o clube, ensejando a denúncia do MP-SP contra Andrés Sanchez e Roberto Gavioli, então gerente financeiro, dos quais o órgão cobra o ressarcimento de R$ 480 mil ao clube mais multa de 75% para cada.

Já internamente, o caso vem sendo apurado inicialmente pela Comissão de Justiça, a quem as denúncias feitas por sócios e torcedores do Corinthians foram encaminhadas pelo presidente do CD Romeu Tuma Júnior no início de agosto. Desde então, foi apurado que o órgão analisou não apenas os gastos de Andrés, como dos ex-presidentes Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo, portanto os últimos sete anos e meio de despesas nos cartões.

Além disso, a CJ promoveu convites a ex-membros destas gestões, a fim de apurar responsabilidades sobre a falta de fiscalização dos cartões corporativos no período. Ainda de acordo com o apurado pela Central do Timão, outros ex-dirigentes foram ouvidos por escrito, após terem recusado os convites feitos pela comissão para deporem presencialmente nas últimas semanas.

No entanto, alguns personagens cujo depoimento é de interesse da comissão ainda não se manifestaram ao órgão – cujos convites não são coercitivos, podendo portanto ser recusados. Alguns dos nomes nessas condições são o do ex-gerente financeiro e da ex-assessora da presidência de Augusto Melo, Luiz Ricardo Alves (o “Seedorf”) e Dayna Barossi.

A Central do Timão procurou ambos para se manifestarem a respeito. Seedorf afirmou que chegou a ser procurado pela secretaria do Conselho Deliberativo, mas não com um convite formal da Comissão de Justiça, ao qual declarou que atenderá, caso receba. Dayna também declarou que ainda não recebeu qualquer convite do órgão.

A tendência, segundo apurado, é de que a CJ não espere várias semanas mais para colher os depoimentos que faltam. Caso algum personagem se negue a responder, seja presencialmente ou por escrito, a comissão prosseguirá com as apurações, ouvindo os ex-presidentes, e então produzirá seu parecer para encaminhar à Comissão de Ética e Disciplina (CED), órgão responsável por abrir procedimento próprio e aferir as possíveis irregularidades estatutárias cometidas por todos os envolvidos.

O tema também foi objeto de debates na última reunião do Conselho de Orientação (CORI), ocorrida em 29 de outubro. Na ocasião, o diretor financeiro Emerson Piovesan mencionou ao órgão que está acompanhando as despesas atuais do cartão corporativo e exigindo comprovações dos gastos. O conselheiro Fausto di Totti, membro do CORI, também reiterou a necessidade de se apurar a destinação das milhagens e cashback dos cartões – um dos elementos que a CJ vem investigando nas suas apurações.

Enquanto isso, o ex-presidente Duilio Monteiro Alves teve seu depoimento por videoconferência no MP-SP marcado para o próximo dia 13. Ele deverá prestar esclarecimentos sobre possíveis irregularidades nos gastos realizados com o cartão corporativo durante seu mandato (2021-23).

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