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·01 de outubro de 2025

Casares fere regra e fica com câmera fechada em reunião do Conselho; Belmonte não aparece

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Em meio ao caos político vivido pelo São Paulo, a reunião do Conselho Deliberativo do clube, realizada na noite desta segunda-feira (30/9), se impôs como tema.

Chamou a atenção o fato de que o presidente Júlio Casares não só participou apenas de maneira virtual do encontro, como o fez sem abrir sua câmera, contrariando a diretriz de convocação: “Durante todo o período de duração da reunião, o equipamento do conselheiro deverá estar com a câmera frontal habilitada e desobstruída. Será excluído da sala virtual o conselheiro que não observar tal regra.” (Para quem já pisou tantas vezes no estatuto, nenhuma novidade.)


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Assim, novamente não precisou ser encarado por ninguém neste mau momento, permanecendo sumido desde a eliminação na Libertadores, na última quinta-feira, quando apagou os Stories que havia postado antes do jogo no Instagram e cancelou compromissos comerciais no dia seguinte, com medo de exposição pública no momento mais difícil de sua gestão. No fim das contas, ele teve uma aparição involuntária ontem, com a publicação de sua entrevista ao ‘Sport Insider‘, mas esta fora gravada uma semana antes.

Voltando à reunião do Conselho, vale também registrar que o diretor de futebol Carlos Belmonte Sobrinho não esteve presente, aparentemente nem mesmo de forma virtual. Se isso tem a ver com o processo de fritura que vem sofrendo, só ele pode dizer. Se os ausentes revelaram muito, os presentes disseram mais do que deveriam.

Jayme Franco e Themístocles Almeida Júnior insistiram em defender a indefensável situação financeira do clube, mas foi Antônio Donizeti Gonçalves, o Dedé, diretor geral do clube social, quem deixou exposta a desconexão de grande parte dos cartolas com a realidade: “O São Paulo tem que escolher. Ou nós ganhamos título ou pagamos dívida. Temos que ganhar título.” É uma frase que poderia ser apenas um devaneio isolado, mas que foi dita em meio a um órgão supostamente responsável por fiscalizar e orientar os rumos do clube.

No futebol moderno, títulos não se contrapõem a contas em ordem; eles são consequência delas. O São Paulo vive há mais de quinze anos de improvisos financeiros, e as raras conquistas refletem essa instabilidade. A sugestão de Dedé é a receita de sempre: gastar sem pensar no amanhã, como no início do mandato de Casares, quando foi gerado o cenário que hoje sufoca o orçamento. O resultado é um clube que precisa discutir, em pleno 2025, como sobreviver financeiramente.

Tais falas delirantes são também a razão de o Conselho se fechar em si mesmo. Se as reuniões fossem transmitidas, torcedores veriam em tempo real o grau de alienação de quem deveria representar seus interesses. É mais fácil fazer discursos populistas quando a plateia se restringe a alguns pares. Diante de milhões, o senso de responsabilidade seria maior, e talvez Dedé hesitasse antes de expressar um pensamento que, na prática, perpetua o círculo vicioso em que o São Paulo se encontra.

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