Casares justifica demora da ‘transparência’ no São Paulo e explica ‘treta’ com Belmonte: “Sei trabalhar com divergências” | OneFootball

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·14 de outubro de 2025

Casares justifica demora da ‘transparência’ no São Paulo e explica ‘treta’ com Belmonte: “Sei trabalhar com divergências”

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Dando início ao ‘processo de transparência’ que instituiu nos últimos dias, o presidente do São Paulo, Julio Casares, deu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (14) no CT do clube, onde abordou diversos temas polêmicos que permeiam o Tricolor neste conturbado ano.

Logo de cara, Casares justificou a demora para esta abertura dentro do São Paulo, explicando que foi um ajuste de rota feito dentro do clube, que percebeu que se queria cobrar transparência da CBF no caso da arbitragem do último clássico, teria que fazer o mesmo internamente.


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“Eu acredito que na vida nós temos que fazer alguns ajustes de rota. Eu, quando questionei e trabalhei junto ao presidente da CBF, ao diretor de arbitragem sobre transparência, tive que olhar para mim também, então você tem que abrir mais dentro do possível. Nós já havíamos discutido de abrir para a imprensa, pelo menos um período durante semana ou durante 15 dias, a presença aqui no CT”, explanou o mandatário.

“Então, eu acho que isso foi uma questão de um ajuste de rota. Eu acho que sempre é importante uma reflexão sobre o tema. Se eu estou cobrando uma entidade de transparência, eu tenho que olhar para a minha instituição”, concluiu.

Segundo o dirigente, esse foi o real motivo desta abertura no Tricolor, que nada teve a ver com os recentes protestos da torcida são-paulina, a qual Julio Casares viu como normal.

“Quanto ao protesto, eu creio que todos os dirigentes da Série A e da Série B já passaram por isso. Eu acho normal. Eu acho que o torcedor tem o direito de fazer a sua crítica, desde que seja pacífica, correta. É normal. É um mundo democrático. Eu vejo isso com tranquilidade. Eu vejo gente que fez e salvou clubes através de SAF, que foram jogadores fenomenais no mundo e tiveram protestos parecidos. Isso faz parte da cultura do futebol e eu aceito com muita naturalidade”, disse o são-paulino.

DIVERGÊNCIAS COM BELMONTE

O presidente foi questionado também sobre a conturbada relação com o diretor de futebol Carlos Belmonte, mas garantiu ser um profissional que sabe trabalhar com divergências.

“Existe no mundo, e eu sou desse mundo, não sou do mundo mais jovem, digital, mas eu sou do mundo que sei trabalhar com divergência. Eu nasci no São Paulo com extrema divergência. Imagina um presidente que veio da Zona Leste, um presidente que não é parente de conselheiro, nem sobrinho, nem neto, nem filho, vira presidente do clube. Imagine quantos problemas eu tive nesse decorrer, de questões, eu não chamo de fogo amigo, de interpretações, de colocações, porque antes do fogo amigo talvez você também atirou numa outra pessoa”.

“Faz parte da vida de um clube de futebol. O clube de futebol tem algo diferente de uma empresa. Eu fui executivo do SBT e da Record. Mas você no futebol tem emoção, tem torcida. É diferente. Você briga por audiência, faz o gol na audiência, mas você não tem uma torcida gritando o nome da emissora. Então essa característica de um clube de futebol existe”.

“O Carlos Belmonte, que está aqui, ele é diretor desde o começo da gestão. Nós passamos por desclassificações contra o Água Santa, a perda de um título da Sul-Americana, e nada mudou. Aliás, a nossa gestão, ela tem mudanças pontuais. Agora, na vida, tudo pode acontecer. O que prevalece é o bom diálogo, é o olho no olho, é a conversa, tivemos reuniões ontem pra tratar de outros assuntos, viajamos juntos”.

No entanto, Casares disse que não pode garantir questões futuras sobre sua diretoria. Mas avalizou, por ora, a continuidade de Belmonte no cargo do clube.

Agora, eu não posso garantir, de repente, nada. Eu vou garantir alguma situação que depende de outras variantes. O que eu garanto é a realidade da lealdade, da convicção, da conversa reta, e é isso que eu tenho com os meus executivos. E se o Carlos Belmonte está aí já quase a 5 anos, é porque, mesmo perdendo ou ganhando, o trabalho continua, porque ele comanda uma área que tem o Rui Costa, que é profissional. Muita gente fala, o São Paulo não é profissional, o Rui Costa é profissional, diretor executivo, Muricy é coordenador, profissional, diretor executivo, e os outros adjuntos”.

“Então essa questão é de divergência, de demissão, etc. O dia que tiver uma demissão eu teria que fazer, eu teria que falar, mas não há nem motivação pra isso. Então essas questões, na minha visão, embora pertinentes, ela vem mais do muro pra fora do que do muro pra dentro”, finalizou Julio Casares.

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