Esporte News Mundo
·31 de julho de 2025
Coletiva: Fernando Diniz analisa a partida contra o CSA

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·31 de julho de 2025
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Na noite desta quarta-feira (30), o Vasco da Gama enfrentou o CSA no Estádio Rei Pelé, em Maceió, pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Apesar da ampla superioridade em campo, o time carioca não conseguiu furar a retranca montada pelos alagoanos e o placar terminou em 0 a 0.
Com 19 finalizações contra apenas 9 do adversário, o Vasco dominou o jogo e criou chances claras, especialmente com o atacante Vegetti, que desperdiçou a melhor oportunidade da partida frente a frente com o goleiro Gabriel Félix. O centroavante argentino, em jejum de gols, foi defendido por Fernando Diniz após a partida.
— Acho que temos plano B, mas o plano principal é recuperar o Vegetti na questão de colocar a bola para dentro. A característica principal dele é fazer gol. E hoje ele está jogando em um time diferente das outras temporadas, que cria muito. Acredito muito no potencial dele — disse o treinador.
Apesar da pressão ofensiva, o Vasco pecou na organização defensiva durante os momentos em que se lançava ao ataque. Diniz reconheceu o erro e apontou a vulnerabilidade aos contra-ataques como seu maior incômodo na noite.
— Acho que a gente ofereceu um pouco a mais de contra-ataque do que devia. Para jogar com um time assim, tem que saber atacar, mas a primeira coisa é posicionar o time para não sofrer contra-ataque. Acho que nisso a gente pecou algumas vezes, principalmente no primeiro tempo — avaliou o técnico.
A equipe cruz-maltina segue sem vencer há seis partidas — são quatro empates e duas derrotas — e tenta reencontrar o caminho das vitórias no próximo sábado, quando enfrenta o Mirassol, fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro.
Após o jogo, o técnico do Vasco também comentou sobre outras questões que envolvem o momento da equipe. Um dos temas foi a adaptação do zagueiro Nuno, que vem se esforçando para se adequar ao ritmo do futebol brasileiro. Segundo Diniz, o jogador tem potencial, mas ainda está em processo de adaptação.
— O Nuno não jogou em grandes clubes em Portugal e não está acostumado com essa rotina de viagens e intensidade. Mas ele tem feito boas partidas. É um processo — explicou.
Outro assunto abordado foi a expulsão de João Victor, já na reta final do segundo tempo. Para o treinador, o árbitro acertou na decisão.
— Acho que o juiz fez uma boa arbitragem. Não tenho que questionar a expulsão. Acho que foi justa e coerente — declarou.
Questionado sobre a possibilidade de priorizar a Copa do Brasil ou o Campeonato Brasileiro, Diniz foi enfático ao afirmar que, neste momento, não há margem para escolhas.
— O Vasco não tem condição de priorizar nenhum campeonato agora. Estamos em uma situação em que precisamos tratar cada jogo como o mais importante. Agora é foco total no Mirassol. Depois, no CSA. Não dá para pensar em priorizar — garantiu.
Por fim, o comandante vascaíno voltou a criticar a expulsão do goleiro Léo Jardim no jogo anterior, pelo Brasileirão. Diniz afirmou que a decisão da arbitragem foi desproporcional e incoerente com outros lances semelhantes no campeonato.
— O que a gente questiona é que ele pediu atendimento e não permitiram. Foi constatada uma lesão. A expulsão é inconcebível. O juiz interpretou da forma que quis. Isso abre um precedente perigoso. Não vi nenhuma outra expulsão igual no campeonato — disse Diniz, visivelmente insatisfeito com a postura da Comissão de Arbitragem da CBF.
Com o empate sem gols em Maceió, Vasco e CSA decidirão a vaga nas quartas de final no dia 7 de agosto, em São Januário. Por ter empatado fora de casa, a equipe carioca terá a vantagem de decidir diante da torcida, mas precisará encontrar soluções para furar defesas fechadas como a que enfrentou nesta quarta.
Antes disso, no sábado (3), o Vasco encara o Mirassol no Estádio José Maria de Campos Maia, pelo Campeonato Brasileiro. A partida é vista como crucial por Fernando Diniz para retomar a confiança do elenco e afastar a má fase.
A expectativa é de que o time recupere a capacidade de finalização e que peças como Vegetti reencontrem o caminho do gol. Caso contrário, a sequência sem vitórias pode se tornar ainda mais longa — e comprometer os objetivos do clube na temporada.