Trivela
·01 de setembro de 2021
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·01 de setembro de 2021
O Chelsea talvez não tenha o melhor time da Inglaterra. Teremos uma temporada inteira pela frente para descobrir. Mas está difícil encontrar um elenco que tenha mais opções do que o de Thomas Tuchel, especialmente do meio para frente e depois do mercado que terminou nesta terça-feira. Além de Romelu Lukaku, o atual campeão europeu agora conta com os serviços de Saúl Níguez, uma opção a mais e com potencial explosivo para os próximos anos. A transferência foi feita de forma coordenada com a contratação de Antoine Griezmann, do Barcelona.
O acordo é por empréstimo, por € 5 milhões, com opção de compra de € 40 milhões ao fim da temporada. O formato do negócio é também interessante ao Chelsea para avaliar de perto o que está contratando porque, após um começo muito promissor pelo Atlético de Madrid, Saúl não teve tanto destaque nas últimas temporadas. Mas ainda tem 26 anos, e nada o impede de retomar o melhor futebol em um contexto diferente.
Formado na base colchonera, Saúl teve uma passagem por empréstimo ao Rayo Vallecano antes de começar a ser usado com mais frequência por Simeone em 2014. Chamou a atenção na Champions League 2015/16, quando marcou o único gol da vitória no jogo de ida contra o Bayern de Munique de Guardiola nas semifinais. Ali, aparecia um meia de muito potencial, dinâmico, capaz de atuar em várias posições.
Não que tenha sido uma percepção enganosa, mas Saúl nunca explodiu de verdade nas temporadas seguintes. Foi menos utilizado na campanha anterior do que em todas as outras desde aquela 2014/15, quando começou a ganhar espaço, com apenas 2.032 minutos na campanha do título de La Liga, em 33 rodadas, 22 como titular.
Desde o início da janela de transferências, estava com um pé e meio para fora da porta. Foi especulado no Barcelona em uma troca por Antoine Griezmann e também no Liverpool antes de fechar com o Chelsea, que acrescenta concorrência ao centro do meio-campo, que já tem com N’Golo Kanté, Mateo Kovacic e Jorginho. Um quarteto daqueles que conta com o melhor meia e o melhor jogador da temporada europeia, segundo a Uefa, e agora está mais forte ainda.
Como atuou bastante pelos lados de uma linha de quatro no meio-campo com Simeone, Saúl também oferece a opção de jogar como um dos alas de Thomas Tuchel em situações pontuais e tem características diferentes em relação aos seus novos colegas, um pouco mais agressivo para chegar ao campo de ataque, sem perder a técnica e a qualidade de passe.
E esse é apenas o meio-campo. À frente, o Chelsea tem Lukaku, Havertz, Timo Werner, Pulisic, Hudson-Odoi, Ziyech e Mason Mount – um pouco no meio do caminho entre os dois setores. A ideia era reforçar a zaga também, com Jules Koundé, do Sevilla, mas não houve negócio. Seria a cereja no bolo de um mercado que pegou o campeão europeu e o tornou ainda mais forte.