Esporte News Mundo
·11 de setembro de 2025
Comitê Técnico de Árbitros explica decisões polêmicas nas primeiras rodadas da La Liga

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·11 de setembro de 2025
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O novo Comitê Técnico de Árbitros da Espanha se manifestou publicamente pela primeira vez, admitindo erros e acertos na La Liga. Como primeiro ato de sua nova política de transparência, ele divulgou um vídeo explicando os erros e acertos em jogadas polêmicas nas três primeiras rodadas do Campeonato Espanhol.
Desde que o “Caso Negreira”, as equipes vêm se posicionando publicamente contra os juízes espanhóis. Por conta disso, o futebol do país tem vivido uma guerra fria envolvendo a arbitragem, o que levou a federação do país a agir com transparência ao analisar possíveis erros e acertos nas primeiras rodadas da La Liga.
O principal erro da competição, até agora, aconteceu na partida entre Alavés e Atlético de Madrid, pela terceira rodada. Na ocasião, o árbitro González Fuertes, que estava no VAR, acabou não percebendo que Giuliano Simeone, atacante do Atleti, estava impedido no lance do gol e só analisou um possível toque de mão.
“O atacante que marcou está em posição ilegal. O VAR foca sua análise em um possível toque de mão, mas não considera a posição de impedimento. O gol não deveria ter sido validado. O sistema semiautomático interpretou incorretamente o impedimento”, explicou o CTA.
Partida entre Barcelona e Real Madrid (Foto: Fran Santiago/Getty Images)
No caso do Barcelona, a polêmica envolveu o gol de Ferran Torres contra o Mallorca, pela primeira rodada. No jogo, o atacante do Blaugrana marcou depois de Raillo, jogador do time da casa, cair no chão ao ser atingido com uma bolada no jogo. O árbitro da partida, Munuera Montero, que não apita desde a partida, não aplicou o protocolo de convulsão.
“A regra é clara. Em caso de traumatismo craniano, o jogador vem em primeiro lugar. Se houver suspeita de concussão, o árbitro deve interromper o jogo imediatamente. O golpe do defensor exigiu a interrupção do jogo naquele instante. Somente se o gol tivesse sido marcado imediatamente após o impacto, ele teria sido válido. Portanto, a decisão correta teria sido interromper o jogo”, explicou Marta Frías, porta-voz da CTA.
Outro lance que ficou marcado em uma partida dos Culés foi contra o Levante. Desta vez, a equipe valenciana teve um pênalti marcado após um toque de Balde. Neste caso, CTA explicou que o árbitro Hernández Hernández acertou em sua decisão.
“O fundamental aqui é o movimento do braço. Ele começa de uma posição baixa e, quando o atacante se prepara para chutar, sobe para um ângulo reto. Não é uma posição natural. Ele aumenta deliberadamente o espaço que ocupa. O árbitro marca corretamente o pênalti. Ele impede um chute certeiro a gol”, afirmou Frías.
No caso do Real Madrid, aconteceu na partida contra o Mallorca, quando Arda Güler marcou um gol que foi anulado por um toque de mão e que acabou gerando muito debate. Neste caso, foi explicado que a regra é feita depois de uma bola tocar no braço do jogador imediatamente.
No entanto, no caso meia turco, a bola tocou, mas sobrou para o defensor, que afastou, e a bola voltou para Güler, que marcou o gol. Com isso, o veredito do Comitê Técnico de Árbitros é que a não validação do gol foi correta.
“Neste jogada, mesmo sendo uma segunda tentativa, dado o curto espaço de tempo e a forma como acontece, faz parte da mesma ação. A anulação final é a decisão correta”, finalizou a CTA.
As explicações do Comitê Técnico de Árbitros seguiram acontecendo no restante da temporada em vídeos semanais, explicando todas as ações controversas que foram encaminhadas.