Cori aprova revisão orçamentária de 2025 do Corinthians; proposta segue para o Conselho Deliberativo

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Central do Timão

·30 de setembro de 2025

Cori aprova revisão orçamentária de 2025 do Corinthians; proposta segue para o Conselho Deliberativo

Por Henrique Pereira e Larissa Beppler / Redação da Central do Timão

O Conselho de Orientação do Corinthians (Cori) aprovou por unanimidade, em reunião extraordinária realizada nessa segunda-feira (29), no Parque São Jorge, a revisão do orçamento do clube, segundo informações do Lance!. O documento seguirá agora para o Conselho Deliberativo, que o analisará e votará em reunião marcada para a próxima segunda-feira (06).

A alteração orçamentária foi classificada como urgente pelos membros do Cori, diante do déficit de R$ 60,227 milhões registrado no primeiro semestre de 2025 – resultado muito distante do superávit de R$ 2,349 milhões originalmente projetado pela gestão de Augusto Melo.

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Foto: Reprodução/Corinthians

Após a aprovação do Cori, a proposta será encaminhada ao Conselho Deliberativo para análise e votação dos conselheiros. O documento deve ser acompanhado dos pareceres do Conselho Fiscal, do Cori e de uma auditoria independente. Segundo apuração da Central do Timão, um dos principais impasses no momento é a ausência de auditoria externa, vista por alguns como dispensável para a revisão orçamentária, mas exigida pelo estatuto do clube para a posterior aprovação das contas.

A revisão tem caráter emergencial e deve ser priorizada em relação a outras discussões internas. Isso porque o plano anterior, elaborado pelo então diretor financeiro Pedro Silveira na gestão de Augusto Melo, não passou por revisões nem incorporou contribuições de outras áreas do clube, o que, na avaliação dos conselheiros, tornava sua execução praticamente inviável.

Os números evidenciam a gravidade da situação: entre janeiro e junho, ainda sob a gestão de Augusto Melo, o Corinthians registrou despesas líquidas de R$ 424,9 milhões – 29% acima dos R$ 329,3 milhões previstos no orçamento inicial. A maior discrepância ocorreu nos gastos com pessoal, que somaram R$ 298,6 milhões, valor 36% superior aos R$ 219,2 milhões estimados.

Além disso, a dívida do Corinthians também disparou: no início de 2024, era de R$ 1,9 bilhão e, ao término do primeiro semestre de 2025, já alcançava aproximadamente R$ 2,6 bilhões.

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