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·12 de novembro de 2024

Defesa de Bruno Henrique solta nota e pede arquivamento do caso

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Nesta terça-feira (12), a defesa de Bruno Henrique emitiu uma nota sobre a suspeita de manipulação de apostas. O comunicado baseia-se na decisão do STJD para pedir o arquivamento do caso. O atacante rubro-negro é investigado pela Polícia Federal e teve celular e computador apreendido em sua casa na última semana.

O advogado afirma que protocolou o pedido de arquivamento e de devolução de bens apreendidos no último sábado (9). A nota da defesa reforça o “caráter íntegro” de Bruno e destaca que a carreira vitoriosa do atleta foi construída com “ética e correção”.


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Além disso, o documento ressalta que investigação sobre o tema no STJD não avançou por não indicar “nenhum indício de proveito econômico do atleta”. O tribunal classificou os ganhos das apostas “ínfimos” em relação ao salário e das conquistas de Bruno Henrique. A nota cita também que a primeira investigação considerou o que o cartão recebido aos 95 minutos de jogo não condiz a atitude de alguém que quer manipular o jogo.

“O tribunal também destacou à época de sua investigação a inverossimilhança da tese de manipulação, uma vez que o referido atleta teria esperado até os 52 minutos do segundo tempo para receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído ao decorrer da partida”, diz trecho da nota.

A defesa entende que já existe dano irreparável a imagem de Bruno Henrique. Isso porque policiais federais o acordaram em sua casa para cumprir o mandado de busca e apreensão, foram ao Ninho do Urubu e o caso foi amplamente divulgado. Outros alvos são parentes e um suposto grupo ainda não identificado.

Bruno Henrique é alvo da Polícia Federal e Ministério Público do Rio de Janeiro por cartão em Flamengo x Santos, pela 31ª rodada do Brasileirão de 2023. O atacante recebeu amarelo de Rafael Klein aos 50 minutos do segundo tempo por tentativa de falta em Soteldo e, contrariado da decisão, reclama de forma acintosa e recebe vermelho direto.

Dados de casas de apostas identificaram um aumento no volume de apostas no cartão do atleta do Flamengo nesta partida, levando ao início das investigações.

Veja a nota na íntegra

“Após análise de documentos que baseiam a operação da Polícia Federal e do Ministério Público contra o atleta Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta manipulação em partida válida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023, a defesa do atacante vem a público reforçar o caráter íntegro de seu cliente, que tem uma carreira vitoriosa moldada por ética e correção. Protocolizamos no último sábado na Justiça pedido de arquivamento da investigação e a imediata devolução de seus bens apreendidos em operação na última terça-feira.

É de se ressaltar que este caso já foi investigado e arquivado no STJD, por não encontrar indícios de manipulação por parte do referido atleta. O tribunal entendeu que o lance em questão, no qual foi aplicado o cartão amarelo a Bruno Henrique, nem sequer era passível de falta.

O tribunal também destacou à época de sua investigação a inverossimilhança da tese de manipulação, uma vez que o referido atleta teria esperado até os 52 minutos do segundo tempo para receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído ao decorrer da partida.

Protocolizamos também pedido para análise das informações que foram fornecidas pelas três casas de apostas mencionadas no processo à IBIA (International Betting Integrity Association). Nem a Polícia Federal, nem o Ministério Público procuraram aferir se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia foi devidamente observado. Verifica-se nos autos que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e extração dos dados e não assegura a confiabilidade das informações apresentadas.

Esperamos que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada.”

Entenda o caso

Casas de apostas alertaram um aumento no volume de apostas para cartão do atleta no jogo contra o Santos. As informações chegaram na International Betting Integrity Association (IBIA), empresa internacional criada para combater a manipulação.

Segundo o “ge”, o relatório indiciou que na casa Betano “apostas claramente direcionadas, a partir de novos clientes e de clientes já estabelecidos, fora dos padrões normais para Bruno Henrique receber um cartão”. Na GaleraBet, contas registradas 24 horas antes do jogo apostaram no cartão, mesmo caso da KTO.

Além disso, o volume de apostas do mercado de cartões estava direcionado para o atacante do Flamengo acima de 90% na Betano e na GaleraBet. A IBIA entende que o conjunto de fatores aponta para atividade suspeita do atacante, o que iniciou a investigação da PF e do MPRJ.

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