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·16 de dezembro de 2025

Denúncia do Ministério Público acusa Duilio de apropriação indébita e requer medidas cautelares

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  1. Por Larissa Beppler / Redação da Central do Timão

O ex-presidente do Corinthians Duilio Monteiro Alves foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por suposta apropriação indébita envolvendo o uso de cartões de crédito do clube ao longo de sua gestão, entre 2021 e 2023.

A promotoria sustenta que despesas de natureza pessoal teriam sido custeadas com recursos do Corinthians, sem relação com a atividade institucional. A denúncia ainda aguarda análise do Judiciário para eventual recebimento.


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Foto: Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians

De acordo com o documento, obtido pela Central do Timão, os gastos questionados incluem pagamentos realizados em free shops, restaurantes, hotéis, salão de cabeleireiro, loja náutica, sites de venda de roupas e outros estabelecimentos que, no entendimento do MP, não guardam vínculo com o exercício da presidência do clube.

A promotoria afirma que as despesas totalizam R$ 41.822,62, já corrigidos pela inflação. Além da responsabilização criminal, o MP pede a restituição integral do valor e o pagamento de R$ 31.366,96 a título de indenização por danos materiais ao Corinthians.

No entendimento do MP, Duilio responde pelos fatos em razão do cargo que ocupava. A denúncia afirma que, como presidente, cabia a ele zelar pelo correto uso dos recursos do clube, sendo irrelevante, para fins penais, a alegação de desconhecimento das despesas.

O Ministério Público também denunciou o ex-gerente financeiro do Corinthians Roberto Gavioli, repetindo o entendimento adotado em investigação semelhante envolvendo Andrés Sanchéz, outro ex-presidente do clube denunciado pelo órgão.

Medidas cautelares

Além da denúncia, o MP requereu à Justiça a aplicação de algumas medidas cautelares, entre elas: a proibição de acesso às dependências do Corinthians e de contato com testemunhas e dirigentes; a suspensão do exercício de funções associativas e de qualquer representação institucional do clube; a proibição de deixar o país sem autorização judicial, a restrição de viagens dentro do Brasil e o monitoramento eletrônico. A decisão sobre a aplicação dessas medidas caberá a um juiz da vara criminal responsável pelo caso.

O que diz a defesa

Em nota, a defesa de Duilio afirma que os gastos realizados ao longo do mandato somam cerca de R$ 35 mil, valor que considera compatível com as atribuições do cargo. Segundo o advogado, eventuais despesas sem relação direta com a função presidencial, em montante inferior a R$ 1.300, teriam sido reembolsadas de forma imediata e espontânea, antes de qualquer investigação.

A defesa também alega que as contas da gestão foram aprovadas pelos órgãos internos do clube e passaram por auditoria externa independente. Por fim, ressalta que o oferecimento da denúncia não equivale a condenação e que o ex-presidente confia no regular andamento do processo.

Próximos passos

Agora, caberá à Justiça decidir se recebe ou não a denúncia apresentada pelo Ministério Público. Em caso de recebimento, Duilio passará à condição de réu e responderá a processo criminal. Além de Duilio e Andrés, o MP-SP também investiga a gestão de Augusto Melo, presidente destituído em agosto, após um ano e meio de gestão. Até o momento, o ex-presidente é o único que não foi denunciado pelo MP.

Na última sexta-feira (12), a Justiça de São Paulo decidiu suspender o processo em que Andrés Sanchez responde por apropriação indébita, em razão do possível uso de recursos do clube para despesas pessoais, após o Ministério Público requerer a suspeição da magistrada responsável pelo caso.

A juíza Marcia Mayumi Okoda Oshiro nega qualquer impedimento, mas optou por suspender os efeitos da decisão proferida na última quinta-feira, na qual havia rejeitado as acusações mais graves atribuídas a Andrés, até que o Tribunal de Justiça de São Paulo se manifeste sobre o pedido do MP, preservando, entretanto, as medidas cautelares em vigor.

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