Diniz revela que Coutinho pensou em parar de jogar: “O que persigo é mudar a vida de quem precisa de ajuda” | OneFootball

Diniz revela que Coutinho pensou em parar de jogar: “O que persigo é mudar a vida de quem precisa de ajuda” | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: Papo na Colina

Papo na Colina

·06 de novembro de 2025

Diniz revela que Coutinho pensou em parar de jogar: “O que persigo é mudar a vida de quem precisa de ajuda”

Imagem do artigo:Diniz revela que Coutinho pensou em parar de jogar: “O que persigo é mudar a vida de quem precisa de ajuda”

O técnico Fernando Diniz revelou que Philippe Coutinho, meio-campista do Vasco, chegou a pensar em encerrar a carreira antes de sua volta ao futebol brasileiro. A declaração foi feita durante o 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, realizado nesta terça-feira (4), no Rio de Janeiro.

Durante sua fala, Diniz destacou o papel humano e emocional do treinador, afirmando que o futebol brasileiro precisa mais de uma “revolução psicossocial” do que tática. O comandante vascaíno também fez críticas à forma como o futebol é conduzido no país, defendendo maior atenção à saúde mental dos jogadores.


Vídeos OneFootball


Imagem do artigo:Diniz revela que Coutinho pensou em parar de jogar: “O que persigo é mudar a vida de quem precisa de ajuda”

Coutinho e Fernando Diniz se abraçam em jogo do Vasco — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

– As pessoas me olham como se eu fosse fissurado em parte tática, mas sou fissurado em fazer o melhor para o jogador. O que persigo a vida inteira é mudar a vida de um John Kennedy, de um Rayan e de gente desse tipo. Do Coutinho, que também precisa de ajuda, porque tem dinheiro, passou por grandes clubes e disputou a Copa do Mundo, mas queria parar de jogar. Agora não quer mais parar. No fundo, todo mundo precisa de ajuda — disse Diniz.

Cria do Vasco, Coutinho foi revelado em São Januário e vendido ainda jovem para o futebol europeu. Passou por clubes como Inter de Milão, Liverpool, Barcelona, Bayern de Munique e Aston Villa, além de uma passagem pelo Al-Duhail, do Catar, antes de retornar ao Cruz-Maltino no ano passado.

Sob o comando de Diniz, o camisa 10 reencontrou bom futebol e voltou a ter protagonismo. Na atual temporada, soma 11 gols e cinco assistências em 47 jogos, sendo um dos líderes técnicos e emocionais da equipe.

Durante o evento, Diniz aproveitou para refletir sobre o papel social do treinador e a responsabilidade de lidar com atletas que, segundo ele, “chegam carentes e sedentos de quem cuide deles”.

– Os jogadores vêm de lares desfavorecidos, das favelas, e precisam de quase tudo. E a gente oferece muito pouco. O treinador é, antes de tudo, um educador. Não sou técnico para ganhar taça, sou técnico para transformar vidas. Os títulos são consequência — afirmou.

Diniz também criticou o excesso de valorização de profissionais estrangeiros e defendeu a valorização do treinador brasileiro.

– É um complexo de colônia. O que vem de fora é bom, o que está aqui é ruim. Mas a gente não troca jornalista, não troca dirigente, só troca treinador e jogador. A revolução no Brasil é mais psicossocial do que tática, técnica ou física — concluiu.

Imagem do artigo:Diniz revela que Coutinho pensou em parar de jogar: “O que persigo é mudar a vida de quem precisa de ajuda”

Foto: Matheus Lima/Vasco.

A declaração de Diniz repercutiu nas redes sociais, com torcedores e jornalistas elogiando o técnico pela sensibilidade e pela postura de acolhimento em relação a Coutinho e outros jogadores que enfrentam dificuldades emocionais no futebol.

+ Siga as redes sociais do Papo na Colina: ThreadBlueskyTwitterFacebookInstagramYoutubeTiktok e Google News

Saiba mais sobre o veículo