Dirigente da NFL explica escolha da Neo Química Arena para jogo no Brasil | OneFootball

A Neo Química Arena receberá mais uma partida da NFL, repetindo o feito do ano passado, quando também foi palco da liga. Em entrevista, Luis Martínez, general manager da NFL, detalhou os motivos que levaram à escolha do país — e, principalmente, da cidade e do estádio que sediará o confronto.

A decisão faz parte de um projeto estratégico global e, segundo o dirigente, envolve desde questões técnicas até o potencial de engajamento com o público brasileiro. A partida está inserida no Global Market Program (GMP), iniciativa da NFL que permite às franquias norte-americanas atuarem em mercados internacionais, com prioridade para ações de marketing, engajamento e expansão da marca. No Brasil, quatro equipes têm atuação preferencial: Philadelphia Eagles, Detroit Lions, New England Patriots e Miami Dolphins.

Foto: Agência Corinthians

Em entrevista ao CNN Esportes S/A, Martínez explicou que a escolha do estádio do Corinthians envolveu múltiplos fatores além do campo em si.

“Ainda temos as duas opções. Nos Estados Unidos também. Temos, inclusive, como os Cardinals, aquele gramado que entra e sai e se mantém de uma maneira ou de outra, dependendo do tempo etc. É uma loucura. Mas são muitos fatores”, destacou.

De acordo com ele, um dos critérios foi a estrutura da arena corinthiana para acomodar os jogadores da NFL, que têm demandas diferentes em relação aos atletas do futebol tradicional.

“O primeiro ponto é que, obviamente, não foi o único estádio que analisamos, nem o único com quem ainda temos relações. Mas era muito mais fácil para nós por muitas razões, como os vestiários. Não é o mesmo ter um jogador de futebol, de menor tamanho ou altura, do que ter um jogador da NFL. Então, precisamos de mais vestiários, túneis, espaço fora do estádio para ativações, loja, parceiros realizando ações, mais eventos no pré-jogo… A estruturação do matchday, tudo isso é somente para o dia da partida. Isso é muito importante”, continuou.

Martínez também destacou o grau de comprometimento necessário para realizar um evento desse porte fora dos Estados Unidos, comparando o esforço da organização ao de um Super Bowl.

“Temos um planejamento muito agressivo para poder fazer um jogo em uma nova cidade, em um novo país, que, para nós, é como um Super Bowl”, comentou.

Por fim, o dirigente afirmou que o Brasil é apenas um dos primeiros passos de uma expansão global mais ampla da liga.

“Neste compromisso de seguir expandindo, crescendo a NFL internacionalmente, sim, estamos avaliando muitas outras cidades e muitos outros países também”, afirmou.

A partida a ser disputada na Neo Química Arena será entre Chargers e Chiefs, com mando do time de Los Angeles. O jogo está marcado para o dia 5 de setembro, às 21h (de Brasília).

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