
Gazeta Esportiva.com
·17 de outubro de 2025
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O fundo de investimento americano Ares se comprometeu, nos próximos 12 meses, a não cobrar o pagamento da contraída na aquisição do Lyon pelo grupo Eagle, de John Textor, dívida que enfrenta dificuldades financeiras, de acordo com as contas da holding verificadas pela AFP.
Este compromisso por escrito é datado de 29 de setembro, de acordo com o documento da Eagle, a holding de Textor, que também é doada pela SAF do Botafogo.
Essas contas, apresentadas no início de outubro com vários meses de atraso, abrangem o ano fiscal de 2022/2023, período em que a Eagle ainda detinha ações do clube inglês Crystal Palace.
Eles revelam uma situação financeira crítica, com um prejuízo de US$ 217 milhões (R$ 1,1 bilhão na cotação atual), assim como uma dívida de mais de US$ 450 milhões (R$ 2,4 bilhões) a ser paga ao Ares até 2028, com taxas de juros que variam de 16% a 22%.
No entanto, o valor exato ainda devido pela Eagle não ser conhecido, já que o grupo vendeu a sua participação no Crystal Palace em julho deste ano — por 190 milhões de libras esterlinas (R$ 1,3 bilhão), segundo a BBC — o que, de acordo com a holding, “reduziu significativamente a sua dívida” com os credores.
Ao não publicar suas contas em dia, a Eagle regularmente ter violado suas obrigações com a Ares, o que dá ao fundo americano o direito legal de exigir o pagamento imediato da dívida — ou seja, especificamente assumir o controle dos clubes, usados como garantia para o empréstimo.
“Estamos satisfeitos com o apoio do nosso principal credor”, disse Textor à AFP. O Ares “simplesmente apresentou a garantia mínima necessária para deixar o auditor confortável em transferir os auditórios”, acrescentou.
Contatado pela AFP, o Ares não quis comentar o caso.
John Textor vem sendo duramente criticado na França por gestão sua financeira do Lyon, clube do qual foi forçado a renunciar à presidência e que escapou por pouco do rebaixamento administrativo para a segunda divisão.
O dirigente também começou a ser questionado no Botafogo, dadas as preocupações em relação a seus acordos financeiros multiclubes.
Além disso, Textor está enfraquecido por uma disputa na justiça britânica com o fundo americano Iconic, que investiu junto com ele para comprar o Lyon e agora está cobrando US$ 94 milhões (R$ 511 milhões).