Esporte News Mundo
·21 de abril de 2021
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Yeison Guzmán, que recentemente havia sido anunciado como novo reforço do Cruzeiro – o meia colombiano, de 23 anos, chegou a assinar pré-contrato com o clube e fazer um vídeo de boas-vindas –, não será mais jogador do Cruzeiro. E, segundo o empresário Gianfranco Petruzziello, que participou da negociação envolvendo o clube mineiro e o Envigado, da Colômbia, desde o início das tratativas, há cerca de dois meses, todo o processo foi “complicado”.
A informação foi dada em entrevista exclusiva à Rádio Itatiaia. De acordo com os relatos do empresário, o Cruzeiro fez uma proposta pelo atleta e, então, as conversas foram iniciadas, de forma cordial entre os clubes, que tinha um intermediário. O negócio fluiu bem até a entrada do Kormac Valdebenito, agente de Yeison Guzmán.
— Conversamos várias vezes (com o Envigado) e nos deixaram claro que a figura do Kormac não poderia estar presente na operação. Isso foi dito para todos os envolvidos. O próprio jogador disse que o agente não o representava mais e que tudo relacionado ao contrato era para ser tratado com ele —, disse o Gianfranco Petruzziello.
Porém, segundo relatos do empresário, após a assinatura do pré-contrato entre o meia Yeison Guzmán e Cruzeiro, Komarc interferiu.
— Ele entra na operação para mostrar serviço para o atleta, querendo ganhar o dele, em uma operação que estava 98% encaminhada com todos os documentos, inclusive, assinados. Não tem o que questionar. Eles recebem uma minuta. Algo acontece entre o atleta e o Kormac, que abala demais principalmente a cabeça do jogador, e aí eles simplesmente desistem e usam como desculpa para a operação não caminhar que não estão de acordo com o documento que o próprio jogador três dias antes tinha dado aceite.
O questionamento do agente de Yeison Guzmán, conforme relatos, foi em relação ao salário CLT e o direito de imagem, o que o Cruzeiro tentou explicar.
— Existiam os descontos trabalhistas normais, o que foi explicado ao jogador. A grande dúvida era em relação ao direito de imagem onde a gente não tem a exatidão de quanto vai ser descontado porque o atleta não tem uma empresa formalizada no Brasil. Na manhã dessa terça-feira (20), o Cruzeiro enviou um documento explicando detalhadamente como funciona regime tributário no Brasil, com um trecho da Lei Pelé mostrando que era possível pagar 60% na carteira e 40% no direito de imagem —, explica.
ANTES DA ASSINATURA…
Antes do anúncio de Yeison Guzmán e de a negociação ser dada como certa, em contato com o Esporte News Mundo, o agente de Yeison Guzmán já havia se posicionado contra a negociação. Kormac Veldebenito, inclusive, alertou sobre a situação financeira do Cruzeiro.
— O Cruzeiro não tem dinheiro, e pela parte do jogador, não estamos dispostos a cobrar salário a cada 90 dias. O lado do jogador, ninguém ligou e o Cruzeiro não tem dinheiro. Se não tivermos certeza de cobrar os salários e a porcentagem de venda, não há possibilidade alguma —, disse o representante do jogador.
Na ocasião, Kormac Veldebenito declarou que a negociação só seria possível de clube para clube, já que sob sua tutela ela não ocorreria. E foi, já que no dia 13 de abril o presidente do Envigado, clube a qual Yeison Guzmán pertencia, confirmou a negociação e, posteriormente, ela foi “concretizada” – um pré-contrato havia sido assinado –, com vínculo inicial até 2025.
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