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·07 de novembro de 2025
'Esperar por Neymar' será suficiente? Santos busca soluções à sombra do risco de queda

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·07 de novembro de 2025

O Santos vive novamente um fim de temporada sob tensão. A derrota para o Palmeiras manteve o time de Juan Pablo Vojvoda na zona de rebaixamento, restando apenas sete jogos para o fim do Campeonato Brasileiro.
Os cálculos mais recentes indicam cerca de 50% de chances de queda, e o temor de repetir o trauma de 2023 volta a assombrar a Vila Belmiro.
A principal esperança da torcida é o retorno de Neymar, que se prepara para voltar a campo. O camisa 10 foi o grande nome da reestruturação santista após a volta ao clube, mas suas constantes ausências têm pesado na campanha.
Em 2025, Neymar participou de 22 das 47 partidas do Santos na temporada, pouco menos da metade dos jogos. No Brasileirão, foram 14 jogos, com cinco vitórias, cinco derrotas e quatro empates, e apenas três gols marcados, emplacando um aproveitamento de 45%.
O dado se torna alarmante quando se faz uma comparação com o desempenho santista sem seu principal craque. Quando não teve Neymar no Brasileiro, o Peixe disputou 17 jogos e somou apenas 14 pontos, amargando um aproveitamento de apenas 27%.
Desde que chegou, Juan Pablo Vojvoda tenta implementar uma proposta de jogo mais compacta e vertical, mas a irregularidade coletiva continua sendo o maior obstáculo. O Santos é um time que sofre muitos gols, tem dificuldade para controlar o meio-campo e depende demais de lampejos individuais.
O técnico argentino precisa agora encontrar soluções sem saber quando poderá contar com Neymar em plena forma. A missão é clara: fazer o time reagir coletivamente, reduzindo a dependência de um único jogador, por mais decisivo que ele seja.
E para piorar, o calendário não ajuda. Às vésperas de visitar o vice-líder Flamengo, possivelmente com Neymar em campo, o Santos ainda enfrentará Palmeiras (novamente), Mirassol e Cruzeiro, todos adversários complicados, seja pelo momento ou pelo histórico recente. Além disso, há duelos diretos com times que também lutam para escapar da zona de perigo, que podem definir o destino do clube.
Em um cenário de equilíbrio e pontuação baixa na parte de baixo da tabela, cada jogo vale mais que três pontos. Perder confrontos diretos pode ser fatal.
A presença de Neymar em campo é sempre um diferencial, mas esperar por ele pode ser insuficiente. A recuperação física do craque, a nível de ritmo de jogo, é incerta, e a necessidade de uma solução imediata traz uma pressão exacerbada para um jogador que ainda luta contra si mesmo para entregar o que ainda não conseguiu.
Para evitar uma nova queda, o time precisa reagir agora, com ou sem o camisa 10. Vojvoda terá de apostar na força coletiva, na consistência defensiva e em resultados imediatos, especialmente dentro da Vila Belmiro.
O fantasma de 2023 ainda ronda o clube. Um novo rebaixamento, em menos de dois anos, seria um golpe profundo na reconstrução institucional e emocional do Santos. A torcida segue esperançosa por um desfecho heroico, mas a realidade impõe urgência.









































