Trivela
·03 de julho de 2021
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Yussuf Poulsen liderou o ataque da Dinamarca durante a fase de grupos, mas uma pequena lesão muscular o impediu de enfrentar País de Gales nas oitavas de final. O seu substituto, Kasper Dolberg, marcou duas vezes naquela goleada por 4 a 0. Ótimo para a seleção, mas talvez uma má notícia para o atacante do RB Leipzig, que corria o risco de perder a posição por uma infelicidade.
No entanto, ele deu uma boa resposta neste sábado ao sair do banco de reservas e colocar fogo na vitória por 2 a 1 sobre a Tchéquia que levou os dinamarqueses às semifinais. Como Dolberg também deu sua contribuição ao marcar o segundo gol em Baku, o treinador Kasper Hjulmand fica com uma dúvida para montar o seu ataque para enfrentar Ucrânia ou Inglaterra na próxima quarta-feira, em busca da segunda final de Euro da história da Dinamarca.
Poulsen é mais experiente. Formado pelo dinamarquês Lyngby BK, tem sido uma constante do RB Leipzig. Chegou em 2013, quando o clube da Red Bull ainda estava na terceira divisão, e ambos galgaram os degraus do futebol alemão juntos. Embora não seja um artilheiro tão letal (34 gols em 139 partidas de Bundesliga), tem um papel importante na movimentação e na preparação das jogadas e não se mostra incomodado em entrar ou sair do time dependendo da necessidade.
Sua melhor campanha foi em 2018/19, quando contribuiu com 15 gols para o terceiro lugar do RB Leipzig no Campeonato Alemão e 19 por todas as competições. Naquela temporada de transição sob o comando de Ralf Rangnick, empatou na artilharia do time com Timo Werner. Seu papel foi reduzido com Julian Nagelsman, mas se mantém preparado para corresponder quando é acionado. Como na mais recente Copa da Alemanha, na qual marcou cinco vezes nas quatro primeiras rodadas e ajudou o Leipzig a chegar até a decisão.
A trajetória na seleção começou para valer em 2014 e, desde então, ele disputou quase todos os jogos e foi o autor do gol da única vitória do seu país na Copa do Mundo de 2018, contra o Peru. Antes de se machucar, havia marcado nesta Euro contra Bélgica e Rússia.
Seu papel contra a Tchéquia, ao entrar na vaga de Dolberg aos 14 minutos da etapa final, foi até mais psicológico do que prático. Porque os tchecos dominavam o segundo tempo, haviam descontado e pressionavam com força em busca do empate. Poulsen foi um válvula de escape essencial para esfriar um pouco a empolgação dos tchecos com contra-ataques importantes.
Dois se destacaram. Braithwaite ajeitou para que ele recolhesse a bola na altura do meio-campo e avançasse até a entrada da área. Seu chute rasteiro e não muito forte foi encaixado sem problemas por Vaclik. Nove minutos depois, aos 32, Wass subiu pela direita e rolou para o semi-círculo. Poulsen ajeitou o corpo e bateu de primeira, buscando o ângulo. Ótima defesa de Vaclik.
Seu lance de mais qualidade, porém, foi um passe. Aos 36 minutos, deu um tapa de primeira perto do bico esquerdo da grande área para acionar Maele, que se projetava em diagonal. O ala ficou cara a cara com Vaclik e até ajeitou bem para a finalização, mas o goleiro fez a defesa com as pernas.
Em 31 minutos em campo, Poulsen finalizou três vezes, exigiu duas defesas de Vaclik, criou uma boa chance e foi uma ameaça constante aos tchecos. Fez o suficiente para mostrar ao treinador que o problema físico que o retirou das oitavas de final ficou para trás. A bola agora está com Hjulmand.
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