Portal dos Dragões
·26 de setembro de 2025
Fábio Silva recorda a saída do FC Porto e os empréstimos no Wolverhampton

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Fábio Silva, avançado do Borussia Dortmund, disse ao diário alemão Ruhr Nachrichten que recorda a saída do FC Porto e os anos mais recentes da carreira, em que, enquanto jogador do Wolverhampton, foi enviado por empréstimo para várias equipas.
O internacional sub-21 português saiu do FC Porto por 40 milhões de euros quando tinha 18 anos. Reconhece que a mudança foi prematura e contra a sua vontade e explicou essa decisão à publicação germânica: «Toda a minha família e eu somos do FC Porto – desde criança que esse é o meu clube. Fui ao estádio sempre que pude, adoro o clube e toda a gente sabe disso. Já quando vencemos a Youth League com o FC Porto tive propostas de grandes clubes. Mas recusei, porque queria concretizar o sonho de jogar pela equipa principal. Queria que a minha família me visse no estádio e consegui. Mas depois chegou a grande proposta de Inglaterra», explicou Fábio Silva.
Durante cinco temporadas em Inglaterra foi sucessivamente emprestado, representando clubes como PSV, Anderlecht e Las Palmas – uma realidade que não foi a ideal. O avançado sintetizou: «Claro que é difícil. Como jogadores, procuramos estabilidade. Gosto de estar num sítio e construir algo. No Wolverhampton não foi assim tão simples. Quis sair mais cedo, mas não me deixaram. E também não tinha qualquer perspetiva. Por isso, o empréstimo acabou por ser a única opção. Não era, obviamente, o meu plano andar todos os anos emprestado. Mas não tinha outra escolha. E também teve o seu lado positivo: aos 23 anos já acumulei muita experiência e hoje consigo lidar com muitas situações», afirmou.
A última cedência revelou-se a mais bem-sucedida: ao serviço do Las Palmas marcou 10 golos e registou três assistências em 25 encontros. Sobre essa temporada, disse: «Foi um clube muito especial para mim. Quando, aos 18 anos, se vai para Inglaterra, para a melhor liga do mundo, criam-se enormes expectativas. No início sentimo-nos grandes. Depois, por vezes, as coisas não correm como se espera. Aí é fácil perder um pouco da confiança. Por isso é que é tão importante ter boas pessoas à volta: a minha família, os meus amigos. A época passada foi decisiva para mim, porque desde o primeiro dia senti uma enorme confiança, do treinador, do diretor desportivo, do presidente e dos meus colegas de equipa. A cada jogo que passava, tornava-se mais fácil mostrar o meu verdadeiro valor», adicionou.
Atualmente vinculado ao Dortmund, o jogador de 23 anos ambiciona afirmar-se no novo clube. «Apesar da sua dimensão, é um clube muito familiar. Desde o primeiro dia que toda a gente aqui tentou ajudar-me, mesmo durante a minha lesão. De fora, talvez não se perceba isso. Mas o clube apoiou-me de forma incrível nesse período, até em coisas do dia a dia em casa, para que eu me adaptasse bem aqui. Sente-se, assim que se entra pelas portas, que é um grande clube. Essa sensação torna tudo mais fácil para nos sentirmos bem. Espero ficar muito tempo no Borussia Dortmund e construir algo com o clube», completou.
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