
Gazeta Esportiva.com
·18 de setembro de 2025
Flamengo apresenta projeto revisado para construção do estádio no Gasômetro

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·18 de setembro de 2025
O Flamengo apresentou, nesta quarta-feira, ao Conselho Deliberativo, um diagnóstico técnico detalhado e um novo plano para a construção do estádio do Gasômetro. A apresentação foi conduzida pelo presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, acompanhado de representantes da RRA Consultoria e da FGV Conhecimento.
O estudo, realizado ao longo dos últimos sete meses, incluiu sondagens do solo, análise topográfica, levantamento patrimonial, avaliação da contaminação do terreno e estudos de viabilidade. Segundo o clube, a meta é viabilizar o estádio sem que o Flamengo precise se tornar uma SAF e sem comprometer o desempenho esportivo.
O relatório apontou distorções no projeto anterior, como subestimação de custos e superestimação de receitas. Enquanto a proposta antiga estimava R$ 1,9 bilhão, a análise da FGV calculou que o custo real chega a R$ 3,1 bilhões.
Os prazos originais também se mostraram irreais. De acordo com o Rubro-Negro, o cronograma ignorava etapas essenciais, como a relocação da subestação da Naturgy, que ocupa 55% do terreno, e a descontaminação do solo. A previsão revisada indica que a obra só poderia começar em seis a sete anos, com conclusão a partir de 2034, bem além da data anterior de dezembro de 2029.
O novo projeto prevê um estádio otimizado para 72 mil lugares, com foco na redução de assentos premium. O custo revisado é de R$ 2,2 bilhões, incluindo contingências, terreno, custo de capital e infraestrutura do entorno. O financiamento será baseado na geração de recursos internos, sem impactar o desempenho esportivo do clube.
Segundo a diretoria, a conclusão mínima do projeto está prevista para julho de 2036, dependendo do andamento de fatores externos, como remanejamento da Naturgy e aprovação de licenças ambientais e municipais. A gestão também reforça que o estádio terá perfil mais popular e conectado à identidade do Flamengo.
Entre os próximos passos, o clube destaca o acompanhamento do remanejamento da Naturgy junto à Prefeitura, a demolição e limpeza do terreno, a aprovação legislativa das CPACs e a assinatura de termos com AGU, Caixa e Prefeitura. A longo prazo, será estruturado o projeto executivo da obra.