Jogada10
·28 de maio de 2023
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O Flamengo mostrou mais uma vez – no empate por 1 a 1 com o Cruzeiro – que não disputa o Brasileiro para ser campeão, mas quem sabe por vaga em torneios sul-americanos, o que já será, levando-se em conta a mediocridade atual, um ótimo negócio. É interessante frisar que uma derrota para a Raposa seria normal. Mais uma frustração, em tantas, e as vaias ao fim da festa, são a evidência do fracasso.
Na realidade o Rubro-Negro ainda tem possibilidade, dadas as circunstâncias, de brigar na Copa do Brasil e na Libertadores, mas necessita de mudança absolutamente urgente, ou seja, trocar treinador e por extensão o modelo de jogo, antes do Fla-Flu, na próxima quinta-feira.
Público recorde para mais um jogo decepcionante do Flamengo – Paula Reis / CRF
Se o Andarilho de Santa Fé, uma espécie de Vitor Pereira em versão portenha, permanecer na Gávea, vai tudo por água abaixo. Eliminado pelo Tricolor, hipótese bastante provável, restará uma chance de título, em oito que oferecia a temporada. E ainda estamos em maio.
O Flamengo ainda dormia em campo quando Bruno Rodrigues meteu calcanhar para Marlon, que invadiu a área e mandou um balaço para fazer 1 a 0. Quatro minutos. O Cruzeiro considerou a vantagem mínima excelente, recuou excessivamente e acordou o time carioca, que mesmo afobado saiu em busca do empate. Aos 15, Igor Formiga fez pênalti em Pedro. E Gabriel cobrou na trave esquerda. A equipe de Minas mal arriscava o contra-ataque, mas o quando o fazia, confundia a zaga do adversário, que como ocorre habitualmente, tinha a bola, e hoje até criava chances, mas não marcava.
Aos 32, Wesley cruzou da direita e Ayrton Lucas, como um centroavante, igualou: 1 a 1. E como registro, até o intervalo, apesar a contusão de Léo Pereira, mais uma, para a entrada de David Luiz.
Os rivais iniciaram o segundo tempo centralizando as ações no meio, apostando quem errava mais passes, o que impedia a sequência das jogadas. Se o Flamengo já não mostrava intensidade, o Cruzeiro não priorizava a retaguarda, mas nada de interessante ocorria. A impressão era a de que ambos disputavam um amistoso, e o treinador português Pepa começou a promover mudanças, procurando acelerar o ritmo. Na prática, o time estrelado, como visitante, ganhou maior consistência, e em dois momentos, com Henrique Dourado e Stênio, criou e desperdiçou duas chances excelentes.
O Flamengo tem um técnico que caminha por quilômetros à beira do campo, e é claro, não vê a partida. Logo, troca as peças sem ter muita certeza do que faz – Éverton Cebolinha substituiu Matheus França – e não consegue modificar o cenário, que já era, ali, desanimador. Tanto que o Cruzeiro quase marca em outras três ocasiões. Aos 36, saiu Thiago Maia e entrou Vitor Hugo. Quando Vitor Hugo é a salvação da lavoura, nada de favorável acontecerá, Pode sair do estádio antes do fim, pois o dinheiro do ingresso está irremediavelmente perdido.
E a coisa ficou assim. Mais uma frustração, em tantas, é a evidência do fracasso.